quarta-feira, 30 de outubro de 2013

= PEGAS E DROGAS =


Repare-se no olhar deste touro! Os forcados não sentem compaixão pelos animais e são tão maus para estes como qualquer outro interveniente nas touradas.

Numa corrida de touros à portuguesa, uma pega é isto:    = A PEGA – Parte 1 =


Recentemente, alguém se lembrou de organizar, para decorrer em breve caso obtenha a aprovação da IGAC, um espetáculo de demonstração de pegas sem que estas se sigam à debilitação dos bovinos por cavaleiros tauromáquicos. Ora, se os bovinos não estiverem já extremamente debilitados nos momentos das pegas, como é que os forcados vão conseguir atirar-se para cima deles?
Será que os touros vão ser previamente drogados? Não seria a primeira vez:   PJ INVESTIGA UTILIZAÇÃO DE DROGAS NOS TOUROS

Esperemos que a IGAC tenha o bom senso de não permitir este espetáculo não tipificado de humilhação dos animais, que não deixa de implicar sofrimento para estes e que é ainda mais perigoso para os forcados do que os tradicionais.

Ou esperemos que, no mínimo, logo após cada pega, sejam feitos aos bovinos testes para detecção de drogas!

Fonte:  Marinhenses Anti-touradas

= A PEGA – Parte II =


- Efeitos dos puxões nos rabos dos bovinos -

Conforme referido no ponto “Pega de Caras” em “A PEGA – Parte I” (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=471009412932627&set=a.433770216656547.101053.215151238518447&type=3&theater), o rabejador dá vários puxões ao rabo da vítima: para a destabilizar e travar, numa primeira fase, e para a obrigar a mover-se em círculos, numa segunda.

A cauda dos bovinos é um prolongamento da sua coluna vertebral. É composta, na sua estrutura óssea, por uma sequência de vértebras, chamadas coccígeas ou caudais, que se articulam umas com as outras. Ora, ao ser puxada, isso provoca, muitas das vezes, luxação das vértebras, ou seja, perda da condição anatômica de contato entre elas, e ruptura de ligamentos e de vasos sanguíneos. Chega a ocorrer desinserção da cauda da sua conexão com o tronco. Como a porção caudal da coluna vertebral está na continuação dos outros segmentos da coluna vertebral e diretamente ligada à região sacral, afecções que ocorrem primeiramente nas vértebras caudais podem repercutir-se mais para frente, comprometendo inclusive a medula espinhal que está contida dentro do canal vertebral. Estes processos patológicos são extremamente dolorosos.

Um dos sinais, muitas vezes presente, de que ocorreram lesões na coluna vertebral dos bovinos durante a pega, é a notória falta de estabilidade e força nas patas traseiras, enquanto o seu rabo está a ser puxado e logo após esse triste momento.

Fonte:  Marinhenses Anti-touradas

= A PEGA – Parte 1 =



- Momentos pré-pega para os bovinos -

Transporte ganadaria-praça, que lhes causa muito stress e os faz perder muito peso;
Embolação, que inclui o corte e limagem dos cornos sem anestesia, e os deixa ainda mais stressados e debilitados Embolação1

Lide por cavaleiro tauromáquico que dura cerca de 10 minutos e inclui o cravar de arpões de 6 a 8 ferros/bandarilhas, e que os deixa exaustos, devido à sua fraca resistência física e às fortes hemorragias que os ferimentos provocam.

- Estado dos bovinos no momento imediatamente antes da pega -

Assustados, feridos, febris, com dificuldades respiratórias, esgotados e à beira de um colapso.

- PEGA DE CARAS -

Os peões de brega – aqueles indivíduos que ao longo da lide vão saltando para a arena com uns panos cor-de-rosa e que cansam ainda mais os touros - preparam o bovino para a pega, colocando-o no sítio em que o cabo (chefe) dos forcados manda, para então se dar início ao cobarde ato, no qual os intervenientes são oito homens, ou oito mulheres, que desconhecem o significado da palavra compaixão.

Um desses oito forcados provoca o touro, vociferando e batendo palmas. Os restantes, estão colocados em fila indiana, escondidos atrás daquele, para que o touro não os veja.

Enquanto o touro é instigado a investir, evidencia sinais de exaustão, medo e tristeza, como sejam: língua caída, respiração ofegante, emissão de berros, e, muitas vezes, choro. Nas touradas televisionadas, os berros são propositadamente abafados por palavras proferidas pelos comentadores de serviço, e as lágrimas não são mostradas, optando-se nesses momentos pela transmissão de imagens de sorrisos de crianças inocentes ou de poses de figuras públicas que se encontram nas bancadas.

Muitos dos bovinos demonstram uma grande falta de vontade de investir. Alguns chegam a escavar a terra com uma das patas dianteiras, olhando na direção do forcado que os provoca, talvez na esperança de que isso funcione como um aviso de investida que faça, por si só, o homem-ameaça ir-se embora dali.

Quando, finalmente, o animal corre em direção ao homem-ameaça, este salta-lhe para a cara, conseguindo, muitas das vezes, agarrar-se ao seu pescoço ou aos seus cornos. O bovino sacode a cabeça na esperança de se ver livre daquilo, mas aparecem, de imediato, mais 7 indivíduos para o imobilizar. São os chamados “ajudas”, um dos quais é “rabejador”. Este último, começa por dar vários puxões fortes ao rabo da vítima, para a destabilizar e travar, e após a imobilização, quando já não está nenhum dos seus colegas em cima dela, remata esta cena triste fazendo com que o touro se mova em círculos, para que os colegas possam abandonar o local sem correr qualquer risco de investida.

- Uma das variantes da pega de caras – “AGARRAR” -

Por diversos motivos, como o touro ser mais manso do que o desejável, ou a falta de habilidade dos forcados, quando se está a tornar difícil concretizar a pega, uma das opções de recurso, algumas vezes tomada, é o grupo, todo em “molho”, atirar-se para cima do animal. Em linguagem tauromáquica, chama-se a esta cruel variante: “agarrar”. Imagine-se o estado em que o bovino fica, com vários homens a caírem sobre os ferros terminados em arpões que tem cravados no corpo! Veja-se esta foto: http://www.touroeouro.com/index.php/page/news/3/98

- Vivo para os currais -

Existem outras variantes da pega de caras e outros tipos de pegas, como a de cernelha, mas, por vezes, após várias tentativas falhadas, nenhuma chega a ser consumada. Quando assim é, diz-se que o touro “volta vivo aos currais”. Esta expressão diz tudo!

Fonte:  Marinhenses Anti-touradas

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Tourada, uma tradição sem futuro


Quem vendeu (e quem comprou) a mentira de que os animais não sofrem e de que não são possuidores de sentimentos, cometeu e disse uma mentira colossal e nada inteligente.

E se agora alguém nos agarrasse e privasse da nossa liberdade? E se alguém se apoderasse da nossa vida, como se faz a um mero objecto pessoal, e nos torturasse? E se alguém nos levasse para um ambiente estranho e nos humilhasse, tratando-nos como um corpo sem alma? E se alguém nos matasse, a troco de umas meras palmas, desprovidas de qualquer sentimento de compaixão e de piedade? E se nos fizessem isto tudo em nome de uma tradição sanguinária e sem escrúpulos, cujo nome é conhecido por tourada? Tenho mais uma pergunta: gostariam de estar nesta situação? Eu respondo: não!

E os touros? Gostariam de estar nesta situação, ou será que são animais que retiram prazer da dor e, como tal, são sadomasoquistas? Eu volto a responder: não! Pois bem, é deste modo que eu classifico as touradas: uma tradição violenta, medieval e completamente desajustada da “suposta” evolução do homem e das sociedades.

Se nós, humanos, seres sencientes, não somos (não somos, não devemos, não podemos…) expostos a actos violentos para fins de lazer, porque é que os outros animais, também eles sencientes, podem estar sujeitos a barbaridades destas? Quem vendeu (e quem comprou) a grande mentira de que os animais não sofrem e de que não são possuidores de sentimentos, cometeu e disse uma mentira colossal e nada inteligente.

Apesar de não ser necessário, realizaram-se inúmeras investigações científicas para mostrar àqueles que têm um campo de visão estreito que, de facto, os animais não humanos (neste caso, os touros) são sensíveis à dor, têm sentimentos e, como tal, não devem ser usados e abusados com o intuito de alimentar a maldade interminável de alguns seres humanos.

Muitas vezes, nós, os defensores da abolição das touradas (em Portugal e no resto do mundo), somos acusados de sermos extremistas. Pois bem, para mim, extremismo é defender um “espectáculo” que junta e atrai pessoas para assistir à morte e humilhação pública de um animal, numa “luta” desigual e cobarde.

E o que dizer de um país que subsidia uma actividade que viola o direito dos animais? Portugal tem centenas de milhares de desempregados, famílias a passar fome, idosos a morrer sozinhos em casa, crianças sem material escolar, artistas (artistas a sério, daqueles que conseguem emocionar as pessoas sem terem de recorrer a uma bandarilha) que não têm trabalho... Torturar um animal é mais importante que tudo isto? Felizmente, cada vez há mais pessoas activas e cientes da decadência e obscuridade desta prática selvagem, ao mesmo tempo que as praças de touros vão estando cada vez mais vazias.

É tempo de acabar com este atraso cultural e deixar esta tradição viver apenas nos livros de História. Chega de vitimar touros, cavalos e pessoas em nome de uma prática sem defesa. É hora de darmos as mãos e liquidar toda esta violência gratuita (contra um ser que apenas se limitou a nascer), promovendo uma atitude de respeito pelos outros seres vivos que partilham o universo connosco. Juntos, chegaremos à abolição!

in  p3.publico

domingo, 13 de outubro de 2013

Feira de outubro 2013 UM FRACASSO!

PODIA TER ACONTECIDO O PIOR!

Encierro Feira de Outubro 2013- Vila Franca de Xira
Touros com Cornos Inteiros (são "embolados" na praça). Este vídeo revela a IRRESPONSABILIDADE da organização e da empresa "Tauroleve" que deveriam zelar pela segurança de quem assistia. 

Este touro do encierro de sábado dia 5 de outubro(mais uma cópia dos espanhóis) para a corrida, que foi mais um fracasso de bilheteira(como se pode ver nas fotos em baixo) apesar de levarem fado e flamengo para actuar nas bancadas da praça.
... os touros estavam no largo ... o encierro, imitação de Pamplona.. 
o que se vê nos corno do touro é uma bocado de rede para coberturas que tapava as tranqueiras no largo onde foram soltos(como se pode ver no vídeo)
. Este foi o 2º touro a sair da camionete e começou com investidas aos cabrestos e ao outro touro(como se pode ver no vídeo).

FRACASSOS de bilheteira
Corrida dia 5 de outubro
Corrida dia 5 de outubro.. CRIANÇAS?!!!
Corrida dia 5 de outubro.. CRIANÇAS?!!!
Mais um forcado que precisou de ser assistido...


O "sector" sol  VAZIO mas à sombra não estava melhor!

Corrida de 6 de outubro
Nem o Fado e Flamengo trouxeram mais gente à praça...
Corrida de 6 de outubro
Corrida de 6 de outubro