A sentença do Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais é simbólica, mas defensores dos animais consideram-na um «primeiro passo»
O Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais condenou simbolicamente o ex-Presidente português Jorge Sampaio e o antigo primeiro-ministro e actual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, por atentados contra os direitos dos animais, sobretudo nas touradas.
O juri acusou-os ainda de tirarem «uma satisfação evidente da tortura de touros«, bem como de terem permitido a abolição parcial da legislação de 1928 que protegia a morte dos touros nas arenas, o que, no entender do tribunal, reflecte um recuo de Portugal «em 80 anos em matéria de protecção animal».
Contactado pela Agência Lusa, o gabinete de Durão Barroso escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre o assunto, mas associações defensoras dos direitos dos animais já se manifestaram «agradadas» com a «condenação», esperando que este «passo simbólico» seja o primeiro para acabar com os touros de morte em Portugal e na Europa.
O chefe de Governo espanhol, José Luís Zapatero, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, e seu primeiro-ministro, François Fillón, foram outros dos visados pela sentença simbólica proferida pelo órgão internacional sedeado em Genebra, na Suíça.
«Espero que este simbolismo se torne realidade e que haja outras forças políticas que se juntem a esta voz de condenação para que finalmente se possa acabar com a crueldade dos touros mortos», afirmou o presidente da Sociedade Protectora dos Animais, Tomé de Barros Queiroz.
Por sua vez, Rita Silva, uma responsável da ANIMAL que participou na votação final em Genebra, sublinhou que a sentença acaba por ser uma condenação pela «grande maioria da opinião pública portuguesa e europeia», que é «claramente contra esta prática de tortura».
Na sua sentença, o Tribunal incluiu também um pedido para que sejam fechadas as escolas de tauromaquia e para que o acesso às praças de touros seja proibido a menores de 16 anos. Solicitou ainda ao Parlamento Europeu que convoque um referendo para que os cidadãos da União Europeia se possam pronunciar sobre a abolição desta prática.
Fonte
sexta-feira, 4 de julho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
"Entre O Homem E O Touro"
NOTA DE IMPRENSA
Gabinete do Dep. José RIBEIRO E CASTRO
Delegação do CDS/Partido Popular no Parlamento Europeu
Críticas de Ribeiro e Castro por ocasião da Exposição "Entre o Homem e o Touro"
"É fundamental reagir. Restringir ou proibir a transmissão televisiva de touradas é atentado à cultura e à liberdade"
"A imposição judicial de restringir a transmissão de touradas na RTP é um sinal lamentável de activismo judiciário, uma decisão irresponsável que insulta gratuitamente todo o mundo taurino e que ofende uma componente importante da cultura portuguesa e de outros povos" - declarou o eurodeputado José Ribeiro e Castro, ontem ao fim do dia, em reacção à notícia da decisão tomada pela 12.ª Vara Cível de Lisboa.
Recorde-se que a juíza da 12.ª Vara Cível de Lisboa deferiu uma providência cautelar interposta pela Associação Animal de que resulta a proibição da transmissão em directo da 44.ª Corrida TV, que se realiza em Santarém às 17h00 do próximo domingo. Segundo o tribunal, o canal televisivo é obrigado a transmitir a corrida de touros apenas entre as 22H30 e as seis da manhã e com um identificativo visual apropriado - a "bolinha vermelha".
"Os tribunais não se fizeram para militâncias ideológicas" - prosseguiu Ribeiro e Castro. "Este tipo de pressões para restringir ou proibir a transmissão televisiva de touradas é um claro atentado à cultura, à inteligência e à liberdade.".
O deputado democrata-cristão acabava de participar na inauguração da exposição "Entre o Homem e o Touro" no Parlamento Europeu, em Bruxelas, promovida pela "Mesa del Toro" - confederação de 15 associações de 8 sectores tauromáquicos espanhóis - e pelo deputado do Partido Popular espanhol Luís de Grandes Pascual.
Este evento juntou centenas de participantes, entre os quais quatro ex-presidentes do Parlamento Europeu, o Presidente do Partido Popular Europeu, deputados ao Parlamento Europeu de diversos partidos e nacionalidades, ganaderos como Eduardo Miúra e algumas das maiores figuras do toureio como o espanhol Enrique Ponce, o português Victor Mendes, o colombiano César Rincón e o francês Sebastián Castella.
Na ocasião, Ribeiro e Castro cumprimentou os organizadores pela iniciativa e fez votos para que, num futuro próximo, a especificidade da Corrida à Portuguesa possa merecer divulgação em moldes idênticos.
"É fundamental que o mundo taurino se organize e reaja contra este gravíssimo sinal do tribunal de Lisboa. É um apelo que deixo a ganaderos, toureiros, forcados, aficionados, gentes das artes, cultura e comunicação, dirigentes de organizações sociais, profissionais e políticas" - alertou José Ribeiro e Castro.
E acrescentou "A tauromaquia é parte integrante do nosso património artístico e cultural. Constitui um veículo privilegiado de transmissão de valores e de saberes que não pode nem deve ser desvalorizado. Os crescentes ataques de que o Mundo Rural e as suas tradições vêm sendo alvo deveriam motivar uma reacção firme e coordenada por parte das suas principais associações."
"Assistimos presentemente a uma clara investida contra as corridas de touros assente em premissas ideológicas. O que aí se revela não é mais do que uma manifestação de totalitarismo cultural a que importa resistir e responder." - continuou o eurodeputado. "O evento organizado pela Mesa del Toro é um exemplo que temos que seguir também em Portugal, onde este vírus totalitário também já está a chegar e, pelos vistos, ao sítio que mais devia defender a liberdade e os direitos fundamentais: os tribunais."
Esta semana realizaram-se também em Bruxelas, no Parlamento Europeu, iniciativas visando impor a proibição das corridas de touros. A campanha anti-taurina chama-se "For a bullfighting-free Europe" (Por uma Europa sem corridas).
Comentando estas últimas iniciativas, o eurodeputado democrata-cristão declarou: "Só confirma o que acabei de dizer e demonstra o momento de perigo em que estamos. São forças organizadas e muito agressivas, a que importa saber responder. No ano que a União Europeia consagrou como o Ano do Diálogo Intercultural, é caricato e extremamente grave assistir a tentativas tão sectárias de impor uma cultura uniforme."
Para mais informações:
Gabinete do Deputado José RIBEIRO E CASTRO
Tel.: +32 (2) 2847783
Fax: +32 (2) 2849783
Email: jose.ribeiroecastro-assistant@europarl.europa.eu
Gabinete do Dep. José RIBEIRO E CASTRO
Delegação do CDS/Partido Popular no Parlamento Europeu
Críticas de Ribeiro e Castro por ocasião da Exposição "Entre o Homem e o Touro"
"É fundamental reagir. Restringir ou proibir a transmissão televisiva de touradas é atentado à cultura e à liberdade"
"A imposição judicial de restringir a transmissão de touradas na RTP é um sinal lamentável de activismo judiciário, uma decisão irresponsável que insulta gratuitamente todo o mundo taurino e que ofende uma componente importante da cultura portuguesa e de outros povos" - declarou o eurodeputado José Ribeiro e Castro, ontem ao fim do dia, em reacção à notícia da decisão tomada pela 12.ª Vara Cível de Lisboa.
Recorde-se que a juíza da 12.ª Vara Cível de Lisboa deferiu uma providência cautelar interposta pela Associação Animal de que resulta a proibição da transmissão em directo da 44.ª Corrida TV, que se realiza em Santarém às 17h00 do próximo domingo. Segundo o tribunal, o canal televisivo é obrigado a transmitir a corrida de touros apenas entre as 22H30 e as seis da manhã e com um identificativo visual apropriado - a "bolinha vermelha".
"Os tribunais não se fizeram para militâncias ideológicas" - prosseguiu Ribeiro e Castro. "Este tipo de pressões para restringir ou proibir a transmissão televisiva de touradas é um claro atentado à cultura, à inteligência e à liberdade.".
O deputado democrata-cristão acabava de participar na inauguração da exposição "Entre o Homem e o Touro" no Parlamento Europeu, em Bruxelas, promovida pela "Mesa del Toro" - confederação de 15 associações de 8 sectores tauromáquicos espanhóis - e pelo deputado do Partido Popular espanhol Luís de Grandes Pascual.
Este evento juntou centenas de participantes, entre os quais quatro ex-presidentes do Parlamento Europeu, o Presidente do Partido Popular Europeu, deputados ao Parlamento Europeu de diversos partidos e nacionalidades, ganaderos como Eduardo Miúra e algumas das maiores figuras do toureio como o espanhol Enrique Ponce, o português Victor Mendes, o colombiano César Rincón e o francês Sebastián Castella.
Na ocasião, Ribeiro e Castro cumprimentou os organizadores pela iniciativa e fez votos para que, num futuro próximo, a especificidade da Corrida à Portuguesa possa merecer divulgação em moldes idênticos.
"É fundamental que o mundo taurino se organize e reaja contra este gravíssimo sinal do tribunal de Lisboa. É um apelo que deixo a ganaderos, toureiros, forcados, aficionados, gentes das artes, cultura e comunicação, dirigentes de organizações sociais, profissionais e políticas" - alertou José Ribeiro e Castro.
E acrescentou "A tauromaquia é parte integrante do nosso património artístico e cultural. Constitui um veículo privilegiado de transmissão de valores e de saberes que não pode nem deve ser desvalorizado. Os crescentes ataques de que o Mundo Rural e as suas tradições vêm sendo alvo deveriam motivar uma reacção firme e coordenada por parte das suas principais associações."
"Assistimos presentemente a uma clara investida contra as corridas de touros assente em premissas ideológicas. O que aí se revela não é mais do que uma manifestação de totalitarismo cultural a que importa resistir e responder." - continuou o eurodeputado. "O evento organizado pela Mesa del Toro é um exemplo que temos que seguir também em Portugal, onde este vírus totalitário também já está a chegar e, pelos vistos, ao sítio que mais devia defender a liberdade e os direitos fundamentais: os tribunais."
Esta semana realizaram-se também em Bruxelas, no Parlamento Europeu, iniciativas visando impor a proibição das corridas de touros. A campanha anti-taurina chama-se "For a bullfighting-free Europe" (Por uma Europa sem corridas).
Comentando estas últimas iniciativas, o eurodeputado democrata-cristão declarou: "Só confirma o que acabei de dizer e demonstra o momento de perigo em que estamos. São forças organizadas e muito agressivas, a que importa saber responder. No ano que a União Europeia consagrou como o Ano do Diálogo Intercultural, é caricato e extremamente grave assistir a tentativas tão sectárias de impor uma cultura uniforme."
Para mais informações:
Gabinete do Deputado José RIBEIRO E CASTRO
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