sexta-feira, 29 de junho de 2012

Spartacus, Touradas e Consciência

Ao ler o título poderá perguntar-se o que é que Spartacus tem a ver com Touradas e mais ainda, o que é que ambos tem a ver com a Consciência.

Espero ao longo das próximas linhas poder esclarecê-lo.

Spartacus e as Touradas são temas que me despertavam interesse na juventude e adolescência.

Spartacus porque sempre gostei bastante de assistir a grande produções cinematográficas.


As Touradas porque, talvez como uma grande maioria dos portugueses, era "obrigado" a assistir em minha casa. Nunca assisti um espetáculo de Tourada ao vivo. Porém como a minha família, em especial meu pai, assistia, eu assistia também embora com um sentimento contraditório!

Se meu pai, como meu exemplo, assistia, é porque era bom, então eu imitava-o, quase como qualquer criança que admira seus pais, esperando vir a gostar também. No entanto dentro de mim sentia que o espetáculo não era tão bom assim como aparentava. Era também ela uma grande realização, mas o que estava a ser transmitido por detrás daquelas aparências grandiosas e maravilhosas, ou seja a verdadeira mensagem do espetáculo não era o que parecia...

Com Spartacus a história é diferente. O escravo que luta com as mesmas armas dos outros, seja corpo a corpo, seja com armas idênticas, provocou em mim, por este motivo, uma admiração especial.

A admiração seria ainda maior no caso de Spartacus se tomasse em linha de conta o seu ideal de libertação da escravatura. Já no caso das Touradas continuo a ter dificuldade em encontrar algum motivo válido que justifique a sua realização.

Vivi aquele conflito durante muitos anos. Como a minha vida não dependia destas questões, nunca parei para refletir sériamente sobre o tema e tomar uma decisão clara, gostar ou não gostar de Touradas. Até ao final de Julho passado em que voltei a Portugal e quando dei por mim, uma das noites, estava junto de meu pai, como tantas outras vezes, sobretudo na infância e adolescência, a assistir a mais uma Tourada, na televisão.

Esta reflexão pretende questionar apenas as formas de luta (afinal bem vistas as coisas, a tourada é uma luta entre um homem e um animal) e não as suas motivações!

Como seria uma Tourada em que apenas se realizasse o toureio a pé e sem bandarilhas? Estaria mais de acordo com a luta entre escravos?


Porquê utilizar um nobre animal como o cavalo para fazer um espetáculo assim? Será que em nome da "racionalidade" o homem se serve da "irracionalidade" animal para sua própria diversão? Será que o fato de um homem se achar mais forte que um animal (afinal em que plano ele é mais forte?) lhe dá o direito de utilizar armas que reforçam mais o seu poderio? Que força é essa afinal?

Hoje já se chega ao ponto de proteger os chifres do animal, não para proteger esse mesmo animal mas sim o "ser humano" que lhe vai fazer frente.

Qual a relação que existe entre o que tenho comentado e a chacina dos indios pelos homens brancos com a utilização de armas? Será o mesmo tipo de "superioridade"?

Seria interessante prender os animais a alguma distância e matá-los através de tiros de espingarda? Quem sabe pode vir a tornar-se numa futura modalidade com interesse para os humanos!

A Consciência é um tema que entrou na minha vida apenas depois de ter alcançado a idade adulta e por uma necessidade de busca relacionada com a minha própria sobrevivência.

E ... será que Spartacus ou as Touradas tem alguma relação com a Consciência?

Fonte

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Porquê Touradas?

O titulo que eu escolhi foi sobre as criticas que têm surgido sobre as touradas ao longo destes últimos anos, mas porquê a tourada?
Existem muitos argumentos a favor das touradas e algumas delas são:

Tudo o que é tradição merece ser preservado, a tourada é tradição, logo, a tourada merece ser preservada.
Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.
Quem não gosta ou não concorda, não veja.
Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.
Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.
O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.
Os Touros nascem para serem lidados, são animais agressivos por natureza.
Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?
A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.
As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.

Depois destes argumentos válidos porquê quererem acabar com as touradas?
Se é para salvar os touros, então estão enganados pois se acabarem com as touradas, acabam com a raça dos touros, pois os touros são criados muito bem, são bem alimentados, têm uma vida de luxo que até algumas pessoas não o têm, para depois subirem para a arena.
Se acabarem com as touradas os touros já nem criados são.

Por isso a minha pergunta, Porquê as touradas?
Se depois disto tudo se percebe a importância das touradas.

Fonte

domingo, 24 de junho de 2012

A Presumível Raça de Lide


Luis Gilpérez Fraile
Vice-Presidente da ASANDA 
- Asociación Andaluza para la Defensa de los Animales.

Desaparecerá a raça de lide quando acabarem as touradas?

Aqui está uma pergunta que nós defensores dos animais fazemos a nós próprios muitas vezes , e que com um tom acusatório , nos fazem os aficionados como parte da argumentação para defender a sua indefensável afição. Para nos darmos, e poder dar uma resposta razoável, em primeiro lugar temos que partir da premissa será verdade que existe o chamado “touro de lide” como raça animal, se a resposta for negativa, a afirmação “sem touradas não há touros” carece de sentido, já que não pode desaparecer o que não existe. Porém, não adiantemos conceitos, porque senão ver-nos-emos envolvidos num emaranhado de vocábulos tais como “espécie”, “raça”, “variedade”, “casta”, etc, sem saber bem do que estamos a falar, que é ao fim e ao cabo o que fazem os aficionados.

CONCEITOS BÁSICOS DE TAXONOMIA

O “nome e apelido” de qualquer animal é definido pela zoologia, pelo seu género e espécie *1*. Todos os animais que pertencem a um mesmo género têm em comum uma série de características semelhantes (características genéricas). Logo, todos os animais pertencentes ao género canis, como o cão e o lobo têm características comuns suficientemente óbvias (é este o caso) mas também características diferenciadoras *2*. Por tal, o primeiro pertence à espécie familiaris (canis familiaris) e o segundo à espécie lupus (canis lupus) * 3*. Com os bovinos sucede o mesmo: a vaca e o zebu pertencem ao género Bos, porém a primeira é da espécie taurus (Bos taurus) e o segundo é da espécie indicus (Bos indicus). Podemos portanto, dizer em termos gerais, que os animais de uma mesma espécie , além de terem as características genéricas próprias, se assemelham entre si tantos como os seus pais, e distinguem-se das demais espécies do mesmo género, e se reproduzem entre si originando descendentes fecundos.
Porém ocorre com muita frequência , que grupos de animais de uma mesma espécie apresentem entre si características quer permitem claramente diferenciá-los (por exemplo , todos os cães são da mesma espécie, porém é possível diferenciar claramente um caniche de um mastim).
Neste caso estamos perante um facto que obriga a categorias inferiores dentro das espécies: são as espécies politípicas. E são nestas subdivisões que as normas taxonómicas se apresentam mais obscuras: as espécies podem dividir-se em sub-espécies e ou em variedades, e estas em sub-variedades ou biótopos. O uso do sinónimo “raça” por “variedade” é frequente e correcto. Continuando com o nosso exemplo canino, um galgo seria um Canis familiaris de raça galgo.
Estas normas taxonómicas, um tanto simplificadas para facilitar a sua compreensão, não têm outro objectivo para os nossos propósitos senão dar uma ideia de conjunto.
Porém é importante assinalar que as características que permitem classificar um grupo de animais dentro de uma mesma raça devem cumprir inexoravelmente as seguintes regras:

a) Que sejam diferenciadores face às demais raças da espécie (as características que aparecem numa raça não servem para descrever outra).
b) Que sejam estáveis, no sentido de confirmarem e perpetuarem com a descendência (uma característica que possa não aparecer nos descendentes, não serve para descrever uma raça).
c) Que sejam susceptíveis de descrição cientifíca (uma caracaterística como “proporcionado” não é válida para marcar uma característica própria de uma raça, pois é uma apreciação subjectiva).
Enquanto que c) é uma regra de racional, a) e b) são não só por conceito cientifíco, mas também por definição semântica do vocábulo “raça”: Cada um dos grupos em que se divide uma espécie orgânica , formada por indivíduos que têm certas características comuns que os distinguem dos outros de outros gupos da mesma categoria e que se transmitem por herança. (Maria Moliner)
Não há dúvida que estas regras se aplicam perfeitamente ao nosso exemplo canino, mas será que se aplicam também aos Bos taurus que se utilizam na lide ?
Antes de dar resposta , permito-me esboçar a origem e evolução dos ditos animais.

A ORIGEM DOS ACTUAIS TOUROS DE LIDE

O seu mais antigo predecessor conhecido é o Bos planitrons que viveu durante o plioceno (final do terciário). Dele descendem pelo menos duas espécies: o Bos primigenius (o uro europeu) e o Bos nomadicus (o uro afroasiático) o Bos primigenius cruzado possivelmente com alguma espécie de cornos curtos, aparece entre 10000-8000 a.c e o Bos taurus actual, o qual começa a diversificar-se de tal forma, que já no Neolítico ( cerca de 4.000 anos a.c.) se conheciam pelo menos três espécies. A partir de então e devido à sua domesticação, sofre constantes cruzamento, muitas vezes com a intervenção do homem, que procura variedades para carne, trabalho e leite. E para não remontarmos muito mais atrás, já nos encontramos na Espanha do séc.XIV, onde se encontram dados que os touros para a lide se comprar aos carniceiros *4* , os quais, devido ao seu ofício conhecem os touros que se mostram mais bravos de entre as vacadas que comercializam. Quer dizer , escolhem-se exemplares de raças criadas para carne, não para a lide. Entre estas raças espanholas eram frequentes a Berrenda, a Cárdena, a Salmantina, a Retinta,etc. São todas raças pertencentes à espécie Bos taurus, com características fixadas ao longo de séculos ou mesmo milénios.
Porém alguns ganadeiros apercebem-se que criar reses para a lide pode ser tão rentável ou mais do que para carne, e em meados do séc. XVIII começam a aparecer as primeiras ganaderias de touros para lide. Estes vaqueiros, seleccionam e cruzam as raças ao seu alcance e começam a produzir touros condenados desde o nascimento à lide. Criaram por isso uma nova raça de Bos taurus ? Agora estamos de novo no princípio.

EXISTE A RAÇA DE LIDE ?

Sinceramente, a resposta é NÃO , e podemos argumentar sobre o assunto.
Recordemos que para poder definir uma raça são precisas cumprir três regras, basta que uma delas, uma só não se cumpra, para não se poder falar em raça. Pois bem, o denominado gado de lide, não cumpre nenhuma das três:

a) Não existem características morfológicas próprias dos touros da hipotética raça de lide, já que estas (as características morfológicas dos touros de lide) são idefiníveis por díspares. Descreva-se qualquer exemplar de qualquer ganadaria das que criam touros para lide, e poder-se-á comprovar que tal descrição não é aplicável a outros exemplares de outras ganadarias que criam exemplares com o mesmo fim*5*. Tão pouco existem características diferenciadoras definíveis entre os touros da hipotética raça de lide face a outras raças da mesma espécie.

b) As características psicológicas diferenciadores, que se supõem na hipotética raça de lide (principalmente a difícil definição de “bravura”) não parecem perpetuar-se de forma regular com a descendência, a ponto de a imensa maioria carecer dela. Segundo denunciam os próprios tauromáquicos. Aliás se assim fosse, a prova de bravura, seria desnecessária e todos os touros nascido de pais “bravos” seriam igualmente bravos. Tão pouco parecem perpetuar-se as características morfológicas : observando fotografias de exmplares de touros bravos de épocas distintas, inclusivé das mesmas ganadarias, pode observar-se que apresentam características morfológicas muito diferentes.

c) Não conhecemos uma única descrição científica das características diferenciadoras da hipotética raça de lide. E isto, apesar de ter consultado uma ampla bibliografia. A razão é a seguinte: não se pode descrever o que não existe. E, tanto assim é que nem o próprio Regulamento de Espectáculos Tauromáquicos a descreve, limitando-se a proibir que se lidem reses que não estejam inscritas no Registo de Empresas Ganadeiras de Reses de Lide, e que as mesmas tenham as caracterísitcas zootécnicas da ganadaria a que pertencem *6*.

Pelo exposto, pode dizer-se que a raça de lide só existe como ideia ou objectivo a alcançar pelos ganadeiros interessados, e mesmo aceitando que existe um fenótipo *7* ideal, o qual não é certo tanto no conceito de “touro de lide” , tanto no aspecto morfológico, como no psicológico, este vem mudando ao longo dos tempos de acordo com as modas tauromáquicas de cada momento.
A afirmação que não existe raça de lide, não é evidentemente só nossa. Por exemplo, aquele que é possivelmente o mais completo e documentado estudo publicado sobre as raças autóctones espanholas *8* , diz sobre o assunto: “O gado de lide constitui em Espanha uma população bovina heterogénea que é bastante duvidosa integrar numa raça, já que a única caracterísitca comum que se pode assinalar é a sua capacidade para mostrar um temperamento agressivo, a que os aficionados da tourada chamam bravura…Por isso, é duvidoso integrar esta diversa população bovina dentro do conceito de raça”.

O QUE SÃO ENTÃO OS TOUROS DE LIDE ?

É indiscutível e já o assinalamos anteriormente que as actuais raças bovinas espanholas são o resultado de cruzamentos com outras raças mais antigas, e estas o resultado de cruzamentos e ou diversificação de espécies ainda anteriores. Quer dizer que num dado momento se partiu de animais mestiços até que as suas características (aquelas que os seus “criadores” consideraram idóneas para os seus fins) se fixaram por selecção artificial para dar lugar a uma raça propriamente dita. A razão pela qual as características das raças autóctones se fixaram e as dos touros de lide não, têm que se procurar não já no tempo que necessariamente tem que transcorrer para que ela ocorra ( com mais de dois séculos houve tempo suficiente para tal), mas sim nos próprios interesses do negócio taurino.
Se desde um primeiro momento (ou inclusive em tempos posteriores) se tivesse decidido o prótotipo do touro que se queria alcançar, seguramente que hoje existiria uma raça de touros de lide. Porém, as modas e os interesses conduziram a que os gandeiros continuassem mestiçando continuamente *9* , de forma a que os touros de lide de hoje não se parecem com os de ontem, estes com os de anteontem, e tão pouco se parecerão com os de amanhã se se continuar pelo mesmo caminho.
Finalmente: os touros de lide actuais não são senão animais mestiços que não pertencem a nenhuma raça determinada, e só para fixar um conceito que sirva de referência, permito-me defini-los da seguinte forma “animais pertencentes a diversas pseudo-raças de Bos taurus, com a característica frequente, indefinível cientificamente, de manifestar uma agressividade instintiva quando acossados”, característica que repartem com muitas outras espécies e inclusive com exemplares de outras raças bovinas.

SÃO SINCEROS OS AFICIONADOS QUANDO SE PREOCUPAM COM A SUA POSSÍVEL DESAPARIÇÃO ?

É evidente que aos aficionados o que os preocupa é o desaparecimento das touradas, não dos touros : os simples aficionados porque perdiam o seu divertimento ; os outros – ganadeiros, críticos , matadores, etc. – porque perdiam o seu negócio. Porém, nem a uns nem a outros, lhe interessa a sorte das pseudo-raças de lide. E para fazer esta afirmação baseio-me nos seguintes factos:

a) Muitas pseudo-raças perderam-se e muitas outras se perderão, de forma provocada, e quanta a essas eles não preocupam *10*.

b) Várias raças bovinas autóctones (verdadeiras raças) desapareceram nestes últimos anos (campurriana , pasiega, lebaniega, etc) e muitas outras encontram-se em perigo eminente de extinção ( albera, blanca cacereña , cachena , murciana, etc.) e não são os aficionados que reclamam a sua protecção.

DESAPARECERÃO AS PSEUDO-RAÇAS QUANDO ACABAREM AS TOURADAS?

Os touros bravos não existem porque existem touradas, antes pelo contrário: as touradas existem porque existem touros bravos.

Recordemos que os primitivos ganadeiros de bois, tentaram durante séculos erradicar essa característica brava do seu gado, seleccionando os animais mais mansos e consequentemente mais manejáveis.

E assim, no séc. XVIII os primeiros ganadeiros de reses de lide encontraram-se a braços com exemplares cujo gene de bravura não tinha desaparecido. Todavia hoje existem exemplares entre as ganaderias de touros de carne que manifestam uma agressividade instintiva quando provocados ou acossados *11*. Não se duvide pois que este carácter se perpetuará ainda durante muito tempo de forma natural, sobretudo se não se tentar seleccionar em sentido contrário.
Portanto é primordial conservar as raças bovinas autóctones espanholas, verdadeira riqueza zoológica e zootécnica do nosso país, em vez das pseudo-raças de lide. Calcula-se que 32% encontram-se em eminente perigo de extinção e 38% em perigo moderado de extinção *12*.

Quanto às pseudo-raças de lide, com um valor ecológico muito menor que as anteriores, a sua sobrevivência às touradas é um simples problema de vontade. Haveria que decidir que fenótipos se desejam perpetuar para impedir que os ganadeiros continuem a fazê-los desaparecer. Não esqueçamos que o próprio negócio tauromáquico é o seu pior inimigo. Uma vez estabelecidas as características diferenciadoras da raça de lide, só deveriam estar inscritos no livro genealógico de raça bovina de lide os exemplares que as tivessem e em pouco anos já se poderia falar de raça de lide.
E existindo uma raça de lide , a sua protecção em herdades para o efeito seria económico e simples. Muito mais que a protecção a outros animais em perigo de extinção (linces, lobos ou ursos *13*) se tem mostrado possível.

E também não podemos esquecer que sem ser utilizados para a lide, as actuais pseudo-raças de lide são economicamente rentáveis como produtoras de carne, ou pelo menos tão rentáveis como muitas raças espanholas de criação intensiva *14*. Quer dizer, são uma verdadeira alternativa de produção em terras que não permitem manter outras raças mais delicadas, embora o seu manuseamento seja mais complicado.
Em resumo: as pseudo-raças de lide não têm que desaparecer se se acabar com as touradas, e não há dúvidas que quem agora advoga a sua abolição, serão os que a partir de então lutarão pela protecção de tão belos e magnifícos animais.

NOTAS

*1* È a chamada nomenclatura binominal . Consiste em duas palavras latinas das quais a primeira se escreve em maiscúlas e designa o género, e a segunda em minuscúlas e designa a espécie. Estas normas internacionais estão reconhecidas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.
*2*Não tanto, como por exemplo entre o lobo e a raposa e o cão e a raposa. É por isso que as três espécies pertencem a uma mesma família (a dos canídeos), porém só o cão e o lobo são do mesmo género (a raposa pertence ao género Vulpes).
*3*A espécie é a mais representativa das categorias taxonómicas, e pode ser definida como “um conjunto de população natural que pode cruzar-se entre si, real ou potencialmente” (Mayr”. Em linguagem comum, a espécie designa-se por um substantivo concreto: cão, lobo, vaca, etc.
*4*Por exemplo em 1478, em Sevilha houve uma tourada “oito dos quais se compraram ao carniceiro Juan Ruíz , pagando 2.500 maravedís cada um” (Los Caireles de Oro, de Pascual Millán).
*5*A descrição normal de uma raça bovina inclui pelo menos a altura, peso médio, proporções, forma da cabeça, cornadura, pelo e cores. Como qualquer um pode comprovar , todas estas caracterísiticas são muito diferentes nos touros criados para lide. Para muito autores tauromáquicos, as características diferenciadoras dos touros de lide não são morfológicas, genéticas ou fisiológicas , mas sim psicológicas. Por exemplo para Filiberto Mira um touro de lide é aquele que tem uma “saída alegre e rápida do curro, vai ao encontro nos três esconderijos, dobra humilhado e no percurso ao ser toureado com a capa….etc”. Estes critérios são taxonomicamente inaceitáveis. Outros como Manuel Prieto y Prieto, assinalam aquelas que devem ser as características tipo das raças vacuns de lide, porém terminam como recomendação para as distinguir “os sinais ou marcas e as divisas”
*6*Há que assinalar que “características zootécnicas “ é um disparate semântico: zootecnia é “o conjunto de conhecimentos relativos à criação de animais domésticos e a prática desses conhecimentos”, portanto “características zootécnicas” não tem sentido. Também é de assinalar que para se inscrever no registo de Empresas Ganadeiras de reses de lide, não se exige ao interessado que conte com as reses da vaca de lide, mas sim com as reses inscritas no livro genealógico da raça bovina de lide, na qual se inscrevem as reses pertencentes às ganadarias de reses de lide. Uma pescadinha de rabo na boca, precisamente por não se poder definir cientificamente as características da hipotética raça de lide.
*7*Fenótipo: conjunto de propriedades genéticas, estruturais e funcionais de um organismo.
*8*Miguel A. Garcia Dory, Silvio Martinez Vicente e Fernando Orozco Piñan, Guía de Campo de las razas autóctonas españolas (Madrid, editorial : Alianza Editorial, 1990), 228.
*9*É do conhecimento geral que as “figuras “ do toureio escolhem ou vetam ganadarias consoante os touros se acomodam ou não à sua forma de tourear. E isto já acontece desde o aparecimento das primeiras ganadarias de touros de lide , sendo famoso o memorial escrito por Illo e Costillares (dois famosos matadores do séc.XVII) exigindo à autoridade que não comprasse touros da raça castelhana para os espectáculos onde iriam actuar. Estas exigências das “figuras” têm levado os ganadeiros a produzir touros ditados pelas modas.
*10*A tal ponto que das oito pseudo-raças do séc. XVII (dez, segundo outros autores) – e por pseudo-raças originárias referimo-nos às 8 ou 10 ganadarias que começaram a criar touros com a finalidade exclusiva de os dedicar à lide, e que estavam formadas por exemplares de raças autóctones espanholas – não há hoje uma só ganadaria que conserve exemplares que não sejam mestiços: quer dizer desapareceram todas. Pode mesmo afirmar-se que de algumas daquelas, até o sangue dos seus descendentes se extinguiu nas ganadarias que os tinham: por exemplo da vazqueña, da raso-portillo da jijonesa, etc.
*11*Tanto assim é, que em muitas festas populares, até à entrada em vigor do novo Regulamento Tauromáquico – que o proíbe para zelar pelos interesses dos poderosos ganadeiros de touro bravo – , vinham-se utilizando touros de ganadarias de carne, os quais, se eram bem escolhidos mostravam tanta bravura como os criados como bravos.
*12*Na actualidade restam 27 raças bovinas autóctones espanholas. De 9 delas restam menos de 1000 exemplares. Dados certos indicam que pelo menos 4 raças já desapareceram.
*13*Os ursos foram utilizados em Espanha, durante séculos e até ao séc.XX em espectáculos tauromáquicos. Abolida esta dita “manifestação cultural, os ursos não desapareceram.
*14*O rendimento da carne das reses de ganadarias de lide anda á volta de 57%. As de carne de pastagem, á volta de 55%.

O cheiro de morte e da morte!

Imagem curiosa?

Em Vila Franca de Xira, a dor e a morte de touros e pessoas quase partilham o mesmo espaço.
Carlos Drummond de Andrade disse, "A dor é inevitável; O sofrimento é opcional"
Mas não para todos os animais, para os touros:
A morte é inevitável, o sofrimento pode ser evitado.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Ferra


A ferra faz parte do processo de identificação dos animais. A tradição em Portugal ordena que os equinos e os bovinos sejam ferrados a fogo.

No chamado “Gado Bravo de Lide”, a ferra é usualmente feita da seguinte forma:

1.º Imobilização – duas formas distintas, mas igualmente stressantes

Alguns rapazes agarram o bezerro ou garraio pelas orelhas ou pelas ilhargas e derrubam-no. Caído no chão, são-lhe amarradas as patas;
O animal é imobilizado numa jaula, vulgarmente designada por caixão da ferra, sendo a sua cabeça presa numa abertura da portinhola. Fica com o lado esquerdo do corpo encostado a uma placa, preso por duas cordas ou por correntes amarradas no tronco, sendo ainda agarrado pelo rabo.

2.º Um Extra - Cortes nas Orelhas

Aproveitando a imobilização do animal, não é raro que se façam vários cortes nas orelhas, com uma faca afiada, com o intuito de se deixarem marcas diferentes de ganadaria para ganadaria.

3.º Marcação com Ferros em Brasa

São feitas as seguintes marcações, todas elas do lado direito: O ferro da ganadaria é marcado na nádega como símbolo da casa onde nasceu o bovino e tem as iniciais do ganadeiro ou o brasão de família. No dorso, é-lhe gravado o número de registo. O último algarismo do ano em que nasceu, é ferrado na espádua. No pescoço, é deixada a letra “P” com o ferro da Associação Portuguesa de Touros de Lide.

A ferra faz-se aos animais quando eles ainda são muito jovens, tendo alguns, menos de um ano de idade. A ocasião é aproveitada para separar os machos das fêmeas (igualmente marcadas com ferros em brasa), que não voltarão a pastar juntos. É feita entre Outubro e Março, quase sempre na presença de um número significativo de convidados e em ambiente de festa
http://www.youtube.com/watch?v=WPMjAITr4XI

Identificar os animais pode até ser importante, mas por via de golpes nas orelhas e de marcações com ferros em brasa, é inadmissível. Provocam-se dores insuportáveis e causam-se, muitas vezes, futuras infecções, pois nem sequer é administrada qualquer anestesia ou medicação. O ideal seria a opção pela identificação electrónica, mas esta parece estar fora de questão. Já existe um método considerado “inovador”, à base de azoto líquido, possível de ser utilizado em animais de pêlo escuro, em que pelo menos o processo é feito a frio e talvez um pouco menos doloroso. Este método já está a ser utilizado em alguns países, mas em Portugal a marcação de bovinos com ferros em brasa é (mais) uma tradição que se continua a manter.

Marinhenses Anti-touradas

Era também assim que se marcavam os escravos.
Estas práticas fazem parte de um processo de banalização da violência, abuso de poder e dessensibilização para o sofrimento alheio. Enquanto não as erradicarmos, não poderemos verdadeiramente evoluir.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A Tourada à Portuguesa ou nem por isso

Ao toque de uma corneta, deu-se início à função.


A multidão adivinha um bom espectáculo. Até a televisão pública está ali a transmitir em directo.
A «Festa Brava» vai começar!

Fizeram entrar na arena um touro de cornos embolados.
Assustado, o animal ainda deu umas corridas, meio estonteado com toda aquela parafernália de gente e de luz. Depois encostou-se resolutamente às tábuas.


Entretanto em Espanha....

Não havia outro remédio: entrou na arena um homem que trazia na mão uma longa vara que terminava numa ponta de ferro afiada, montado num cavalo protegido lateralmente por uma espécie de esteira.


Foi então que esse homem, o «picador» fazendo jus ao nome da sua profissão, começou a picar o touro com a longa vara. Dizem que é para o «espicaçar» e para o tornar mais «esperto» e bravo.


Contorcendo-se de dor e procurando defender-se, o touro investiu violentamente contra o cavalo. A princípio, a protecção da esteira foi eficaz a protegê-lo.
Mas uma cornada mais bem dirigida abriu-lhe um profundo golpe na barriga.
A multidão entrou em delírio à vista do cavalo a sair da arena a tropeçar nos seus próprios intestinos que arrastavam pelo chão: tínhamos touro!

Mas, como mais vale prevenir que remediar, o touro já vem dos curros, «preparado» para a arena...

Depois, entra um cavaleiro vestido num espectacular «traje de luces». Vão-lhe dando as "farpas", "bandarilhas", uns paus compridos, decorados com umas fitinhas de papel de cores garridas, dotados de uma ponta em ferro em forma de seta, o que impede a sua saída depois de espetado.

Resguardado pela sua montada, começa então o valente e garboso cavaleiro uma dança à volta do touro e, de cada vez que acha mais ou menos apropriado, espeta-lhe um daqueles ferros nas costas.
De cada vez que um ferro é espetado no animal, a multidão entra em delírio e aplaude entusiasticamente. Principalmente quando o touro se contorce com dor.

Não há touros de morte em Portugal.
A não ser, claro, que alguém entenda que a sua terra é uma excepção. Então basta desafiar o poder político durante meia dúzia de anos, e o direito a matar touros é «excepcionalmente» garantido.
Resultado de imagem para Não há touros de morte em PortugalBarrancos - Os touros de morte
Monsaraz, regime de excepção desde 2014               Barrancos, regime de excepção desde 2002

Então, como em Espanha, a população depois do ritual dos ferros nas costas do touro, ganha o direito a ver o animal a ser morto na arena à sua frente. Faz ainda parte da celebração da morte do touro o corte ritual das orelhas e do rabo, sempre sob o aplauso entusiástico do público.

Os «aficionados», como a si próprios se chamam, partilham entre si uma espécie de mística e uma sobranceria que os traz convencidos que gostar de touradas os torna superiores ao comum dos mortais.
Em vez de «touro» preferem o termo «toiro» e são frequentemente dotados de um «marialvismo fadista» e de uma fervorosa e fanática religiosidade, que conciliam perfeitamente com uma homofobia militante, o que até os leva a fazer de conta que os trajes dos toureiros não são efeminados.

Os adeptos das touradas dizem que é função nobre do touro e uma «honra» para o animal «combater» e ser lidado numa arena.
Não sei se algum deles alguma vez pediu a opinião do touro, ou até se prontificou a ser voluntário em tão nobre destino.

Dizem também que é graças às touradas que os touros não estão já extintos como espécie.
Também não sei se se preparam para realizar campanhas contra a extinção do panda ou do tigre promovendo espectáculos públicos em que lhes espetam ferros nas costas.


Não sei quando serão proibidas as touradas.
Decerto um dia o serão.

Mas talvez a solução definitiva para as touradas esteja numa rigorosa avaliação psicológica – e até mesmo psiquiátrica – não só de quem se dedica profissionalmente à tortura de animais e a espetar-lhes ferros afiados nas costas, mas também de quem se diverte a assistir e aplaude tão triste e lamentável espectáculo.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

9 milhões de impostos para a tauromaquia/tortura de animais para diversão

€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€ 

"NO ANO DE 2011 O IFAP ATRIBUIU SUBSÍDIOS NO VALOR DE €9.823.004,34 ÀS EMPRESAS E MEMBROS DAS FAMÍLIAS DA tauromaquia"
Mas em baixo, algumas noticias que atestam o despesismo...
Isto é uma vergonha, mesmo que abomines as touradas, mesmo que passes fome tens que pagar salários a estes senhores... e bem chorudos...
Quem mais teremos nós de sustentar, mesmo que sejamos contra o que representa, ou contra o parasitismo? Mesmo que achemos que todos devem lutar pelo seu sustento, em vez de o estado lho garantir sem, qualquer valor democrático. Em democracia as pessoas tem o direito e dever de provar que o seu trabalho ou negócio é sustentável!? Ou estarei a ver mal? Se o estado financia uns porque não financia outros? Serão as touradas são um bem essencial? Que subtrai ás artes, subtrai à saúde, ao ensino, subtrai aos portugueses? Não existe ajuda para os pobres e para os deficientes que perderam o direito a transportes e a consultas, mas existe para os ricos ?
Em tempo de crise, temos que assistir à falência de famílias, enquanto o estado mantém subsídios para torturar animais? Temos que sustentar luxos da igreja?E mesmo os subsídios para teatros deveriam ser mais comedidos. Creio que existem prioridades... Temos que aguentar e sustentar tudo isto, e ainda somar-lhe os desfalques que o governo faz ao país, para seu proveito próprio.
Não há carga fiscal que aguente tanta incompetência e injustiça na gestão dos nossos impostos.
Seguem-se algumas noticias sobre o assunto, para o caso de querer conhecer mais a fundo, como vivem bem, estes senhores das touradas, que cobram bilhetes para torturar animais, mas ainda recebem milhares de euros do estado... vergonha de um país pobre com um estado de gente incompetente.

1 -
2.600.000,00 € dos contribuintes gastos em subsídios para as Touradas nos Açores de 2004 a 2010!!
8.000,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Portaria n.º 416/2004 de 6/7)
8.000,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Portaria n.º 428/2004 de 1/6)
13.250,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Despacho n.º 399/2004 de 25/5)
2.000,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Despacho n.º 399/2004 de 25/5)
1.000,00 € - Mário Miguel Simão Fernandes Silva – Terceira (Despacho n.º 399/2004 de 25/5)
1.000,00 € - Tiago Sousa Pamplona Reis – Terceira (Despacho n.º 399/2004 de 25/5)
1.000,00 € - Jorge Humberto Ávila Silva – Terceira (Despacho n.º 399/2004 de 25/5)
66.000,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Portaria n.º 634/2005 de 13/12)
923,78 € - Luísa de Fátima Dias Cota Rocha – Terceira (Despacho n.º 1212/2005 de 25/10)
1.500,00 € - Tiago Sousa Pamplona Reis – Terceira (Despacho n.º 1212/2005 de 25/10)
1.500,00 € - Tiago Sousa Pamplona Reis – Terceira (Despacho n.º 1212/2005 de 25/10)
250,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Paia da Vitória em 2006)
1.250,00 € - Tourada Estudantes Sebastião Bendito (Município de Angra do Heroísmo em 2007)
1.000,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Angra do Heroísmo em 2007)
19.484,00 € - António Manuel da Rocha Ferreira - Aluguer de toiros de lide para Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
17.622,60 € - Transporte de 12 cavalos de lide, entre Lisboa e a ilha terceira, Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
25.000,00 € - Sanjoanionas 2007 (Listagem 1/2008 de 22/1)
8.740,00 € - Delegação dos Açores da Casa do Pessoal da RTP (Listagemº 1/2008 de 22/1)
109.448,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Portaria n.º 491/2008 de 24/7)
45.000,00 € - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (Portaria n.º 225/2008, de 15/4)
12.500,00 € - Casa do Pessoal da RTP da Ilha Terceira (Portaria n.º 486/2008 de 24/7)
250,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Paia da Vitória em 2008)
2.500,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Angra do Heroísmo em 2008)
750,00 € - Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande (Município de Paia da Vitória em 2008)
1.000,00 € - Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande (Município de Paia da Vitória em 2008)
22.885,60 € - Sociedade Tauromáquica Progresso Terceirense - Cedência da Praça de Toiros Terceira em 2009
6.000,00 € - Grupo de Forcados Amadores Tertúlia Tauromáquica Terceirense - Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
29.776,00 € - Aluguer de toiros de lide para a Feira de São João, Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
60.000,00 € - Contratação do toureiro El Juli para as Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
30.000,00 € - Contratação do cavaleiro tauromáquico Vítor Ribeiro, Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
24.000,00 € - Contratação do cavaleiro tauromáquico Manuel Lupi para as Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
25.000,00 € - Contratação do matador Pedrito de Portugal para as Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
25.520,00 € - Contratação do cavaleiro tauromáquico Marcos Tenório Bastinhas para Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
18.374,00 € - Oldemiro Mendes Toste - Aluguer de toiros de lide para Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
19.484,00 € - António Manuel da Rocha Ferreira - Aluguer de toiros de lide para Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
17.622,60 € - Transporte de 12 cavalos de lide, entre Lisboa e a ilha terceira, Sanjoaninas 2009 (Culturangra)
8.000,00 € - Tiago Sousa Pamplona Reis – contratação de toureiros 2009 (Culturangra)
1.452,55 € - Grupo de Forcados Amadores da TTT (Município de Angra do Heroísmo em 2009)
8.350,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Angra do Heroísmo em 2009)
21.500,00€ - Sociedade Tauromáquica Progresso Terceirense, SA (Culturangra, EEM - Sanjoaninas 2010)
30.228,00 € - António Manuel Rocha Ferreira (11 novilhos para a Feira de São João 2010 – Culturangra)
25.000,00 € - Contratação do cavaleiro Rui Fernandes para Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
40.000,00 € - Contratação do cavaleiro Luís Rouxinol para Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
25.000,00 € - Contratação do cavaleiro Tiago Carreiras para Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
25.000,00 € - Contratação do toureiro José António Ferrera San Marcos para as Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
25.000,00 € - Contratação do toureiro Ruben Pinar Rubio para as Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
57.500,00 € - Contratação do toureiro Miguel Angél Perera para as Sanjoaninas 2010 (Culturangra)
2.500,00 € - Grupo de Forcados Amadores da TTT (Município de Angra do Heroísmo em 2010)
7.700,00 € - Tertúlia Tauromáquica Terceirense (Município de Angra do Heroísmo em 2010)
1.745.394,30 € - Ganadaria Rego Botelho
(Subsídios do IFAP)

Se não há dinheiro para a tauromaquia em Portugal, que nome se dá a isto, então???

Diário da República, 2.ª série — N.º 185 — 26 de Setembro de 2011:

.CASA PRUDENCIO — SOCIEDADE AGRO -PECUARIA LDA . . . . 33 301,81
. FRANCISCO ANTONIO MOURA ROMAO TENORIO . . . . . . . . . . . 138 534,22
.JOAO ANTONIO ROMAO DE MOURA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 402,55

Diário da República, 2.ª série — N.º 235 — 6 de Dezembro de 2010

.CASA PRUDENCIO — SOCIEDADE AGRO -PECUARIA LDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156.551,63
FRANCISCO ANTONIO MOURA ROMAO TENORIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.368,8

Diário da República, 2.ª série — N.º 73 — 15 de Abril de 2010

.CASA PRUDENCIO — SOCIEDADE AGRO-PECUARIA LDA . . . . 123 130,27

Diário da República, 2.ª série — N.º 63 — 30 de Março de 2011

.CASA PRUDENCIO - SOCIEDADE AGRO-PECUARIA LDA . . . . . . . . 193 243,46

Diário da República, 2.ª série — N.º 73 — 15 de Abril de 2010

.IRMAOS TOSTE COELHO — SOCIEDADE AGRO PECUARIA LDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 199,57

Diário da República, 2.ª série — N.º 228 — 24 de Novembro de 2008

.CASA PRUDENCIO - SOCIEDADE AGRO-PECUARIA LDA . . . . . . . . 193 243,46

Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 2 de Março de 2009

.CASA PRUDENCIO — SOCIEDADE AGRO-PECUARIA LDA . . . . . 263 570,2


Subsídios em sistema de regabofe? Afinal Portugal é sustentado pelo estado? É assim que se promove a produtividade? A competitividade? A concorrência leal? Que se desgasta o erário público? Uma lista que se prolonga por mais de 10 páginas e onde muitos são toureiros ou criadores de touros. Veja neste link do Diário da Republica.

NÃO CAIAM MAIS NO RIDÍCULO de DIZER QUE NÃO HÁ SUBSÍDIOS PARA A TAUROMAQUIA EM PORTUGAL!!!
Deixamos aqui mais uns dados:

C.M. de Albufeira 2010
O Município de Albufeira pagou 15.000,00 € à Toiro das Sesmarias - Sociedade de Investimentos Hoteleiros e Similares, SA, para fazer publicidade à IV Grande Corrida RTP Algarve. (contrato de 17/08/2010)

C.M. de Alcochete 

Acta de 25/1/2010
10.000,00 euros para apoio à Direcção do Aposento do Barrete Verde.

Acta de 09/06/2010
Grupo de Forcados Amadores de Alcochete subsídio de 4.000,00 euros em duas tranches de 2.000,00 euros.

Acta de 07/07/2010
Proposta de atribuição de um subsídio ao Aposento do Barrete Verde de 40.000,00 euros. Apesar das dificuldades e da crise económica que o país atravessa, a C.M. irá manter o mesmo montante de 45.000,00 euros mas por motivos de cabimentação, são propostos agora 40.000,00 euros e os restantes 5.000,00 euros em Agosto. Aceite.

Acta de 01/09/2010
Subsídio ao Aposento do Barrete Verde 40.000,00 euros mais 5.120,00 euros, montante em falta para perfazer o mesmo valor de 2009.

Acta de 11/05/2011
Grupo de Forcados Amadores 3.700,00 euros
Clube Taurino de Alcochete 400,00 euros

Acta de 20/07/2011
Subsído de 35.000,00 euros ao Aposento do Barrete Verde.

Acta de 12/10/2011
Subsídio de 3.700,00 euros ao Aposento do Barrete Verde para despesas decorrentes das suas actividades.

Total = € 101.920

C.M. de Aljustrel
Acta de 10/08/2011
Irmandade Misericórdia N. Senhora da Assunção realização da tourada de 15/8/2011 250,00 euros.
Amareleja

A freguesia de Amareleja gastou 11.000,00€ para usar a Praça de Touros de Amareleja durante o ano 2010, pagos à Gestoiro Eventos, Lda em 16/07/2010.

C.M. de Arronches
Acta de 28/03/2011
Associação Cultural de Arronches "Amigos da Festa Brava" festival tauromáquico a favor do fundo de assistência do grupo de forcados 1.000,00 euros.

Acta de 23/05/2011
8.000,00 euros para os Bombeiros organizarem uma tourada.

Acta de 12/09/2011
Câmara paga o policiamento das corridas de touros que devia ser pago pelos "Amigos da Festa Brava". Não é referido o montante.

C.M. de Arruda dos Vinhos
Acta de 05/09/2011
Apoio de 3.075,00 euros ao Piriquita Associação Cultural para largadas de touros

C.M. da Moita
Acta de 24/09/2010
Adesão à União de Municípios Taurinos, inscrição 1.000,00 euros, quota mensal 60,00 euros.
Acta de 31/08/2011
2.300,00 euros para o Grupo Tauromáquico Moitense - entradas e largadas de touros.

Acta de 06/07/2011
Grupo tauromáquico 750,00 euros.
Acta de 13/04/2011
Grupo de forcados Aposento da Moita 1.100,00 euros
Grupo de forcados da Moita 800,00 euros
Grupo Tauromáquico Moitense 400,00 euros
Clube Taurino da Moita 600,00 euros


2 - 
Denúncia “Portugal utiliza fundos Europeus para financiar a tauromaquia” – "Dois deputados catalães, Raul Romeva (ICV) e Oriol Junqueras (ERC), pediram hoje à Comissão Europeia para parar o financiamento às instalações taurinas em Portugal com fundos comunitários do desenvolvimento rural."
Destak | destak@destak.pt
Os deputados acusam a Portugal de utilizar recursos para obras de desenvolvimento rural em instalações de tourada e preparam já uma série de perguntas a realizar na comissão:
“A Comissão tem conhecimento deste financiamento de instalações para espectáculos tauromáquicos com fundos destinados ao desenvolvimento rural? Considera reprovável que instalações tauromáquicas sejam financiadas com fundos comunitários? A reabilitação desta praça de touros é conforme ao Tratado de Lisboa, nomeadamente às suas disposições relativas ao bem-estar animal? A Comissão tem conhecimento de outras utilizações de fundos europeus em obras e projectos relacionados com a tauromaquia?.”
Para os dois deputados o uso de dinheiro público para financiar a reforma de uma praça de touros “implica uma falta de respeito para com as regiões europeias com maior desigualdade económica e que necessitam de tais fundos para realizar obras de infra-estrutura e projectos necessários”.

3 - 
A Escola do Toureiro José Falcão vai receber da Câmara Municipal de Vila Franca um apoio de 50 mil euros para ajudar a custear as obras de recuperação do Tentadero do Cabo.
Os trabalhos efectuados incluíram aterros e drenagens na zona envolvente para evitar inundações, construção de sanitários, substituição de curros, colocação de 10 burladeros e de novo piso no tentadero. A casa que alberga a escola e a vedação exterior, também foram recuperados num investimento total de 116 mil euros.
Na última reunião, a autarquia decidiu também atribuir um subsídio de 560 euros ao Clube Taurino Vilafranquense para apoio às refeições dos participantes da Semana da Cultura Tauromáquica. http://semanal.omirante.pt/index.asp?dEdicao=138&id=11413&idSeccao=1627&Action=noticia

4 - 
Assento Parlamentar (BE) por Leonardo Silva.
Touradas S.A. Foi anunciado que, por alturas da Feira de Santiago(julho de 2010), haveria uma tourada. Esta foi feita com dinheiros públicos, 15.000 € ofertava a Câmara Municipal de Setúbal com o apoio incompreensível do Vereador dos Verdes André Martins para um retrocesso civilizacional.
O Executivo presidido por Maria das Dores Meira visa reabilitar a Praça Carlos Relvas em sistema de Parceria Público Privada, sendo que em 216 000 € investidos pelo privado (Empresa Aplaudir) para gerir o espaço durante 12 anos, 120 000 € vêm do erário público municipal, pago em prestações "suaves" que comprometem os próximos 6 anos, ou seja, este e o próximo executivo.
... que pensar quando se sabe que esta verba permitiria atenuar com alguns dos problemas por que passa, a Associação de Apoio aos Deficientes e Amigos de Setúbal? Esta ainda aguarda resposta para os mais simples auxílios. Uma cadeira de rodas eléctrica custa 2600€, parece-nos que a exigência de apoio para adquirir pelo menos cinco, feita à Presidente, para funcionarem em sistema de partilha. os valores implicados nesta espécie de PPP são pornográficos e socialmente criminosos. Não podem usar o dinheiro de todos setubalenses, para manchar o chão da cidade com bárbaras torturas sobre os animais, nem o podem usar sem critérios sabendo das grandes necessidades desta nossa gente. A Câmara não deve e não tem de pagar mais de metade do investimento privado.
Pelos Animais e pelas Pessoas, não são tempos para usar dinheiros públicos em touradas. Haja decência!

5 -
Câmara Municipal da Moita apoia a Tauromaquia, " aprovou, na sua última reunião pública, a atribuição de subsídios de apoio, no valor total de 3150 euros.
Foram aprovados os respectivos subsídios: Grupo de Forcados Amadores da Moita, 800 euros; Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, 1100 euros; Grupo Tauromáquico Moitense, 500 euros e Clube Taurino da Moita, 750 euros. A Câmara Municipal deliberou ainda atribuir um apoio financeiro no valor de 500 euros, à Associação dos Romeiros para a Tradição Moitense."

6 - 
Câmara Municipal de Santarém gastou 104.763 euros em bilhetes para oferecer para as três corridas de toiros que se realizaram em Junho de 2009 na Monumental Celestino Graça. A aquisição foi feita à empresa que explora o recinto, a Aplaudir, e os ingressos distribuídos à população através da câmara e das juntas de freguesia.
A aposta do presidente da câmara, Francisco Moita Flores (PSD), em dar vida nova à velha praça de toiros tem sido feita também com a ajuda dos contribuintes, o que motiva críticas do candidato da CDU à presidência da câmara. “Assim é fácil encher praças de toiros. Os 65 mil habitantes do concelho não têm que pagar touradas a 4 ou 5 mil”, diz José Marcelino, referindo que desconhece os critérios para a atribuição dos bilhetes.
São comprados dois mil bilhetes, a preços entre os cinco e os 10 euros, sendo dados mil para serem distribuídos pelas juntas de freguesia. Os restantes são para o município oferecer. Mas os contratos por ajuste directo celebrados entre a autarquia e a empresa revelam números superiores: nas corridas de 6, 10 e 14 de Junho a câmara comprou bilhetes no valor de 33.334 euros, 42.857 euros e 28.572 euros, respectivamente.
Câmara não é uma agência de espectáculos”
Autarquia tem também apoiado as comissões de festas populares neste Verão pagando a contratação de artistas de nomeada. Alguns exemplos: Marco Paulo esteve na Ribeira de Santarém por 19 mil euros; Herman José recebeu 15 mil euros para actuar em Vaqueiros; Quim Barreiros actuou em Pernes e São Vicente do Paúl por 12 mil euros cada concerto; Susana Félix encaixou 15 mil euros para cantar em Abrã; a dupla Miguel e André actuou na Moçarria por 9 mil euros.
Pelas suas contas, a câmara gastou no primeiro semestre de 2009 cerca de um milhão de euros em espectáculos. “Esta não é seguramente a política cultural que pretendemos para o concelho. A Câmara de Santarém não pode ser uma mera agência de espectáculos”, refere.
E acusa o presidente da câmara de “não ter a menor noção do custo do dinheiro”. “Não sabe planear, não sabe controlar-se e as coisas são feitas em cima do joelho”, acrescenta, ressalvando: “Não tenho nada contra os grandes espectáculos, mas têm que se pagar a si próprios”.

7 - 
Câmara Municipal de Montijo realiza a sua reunião pública, hoje, dia 13 de Maio de 2009
PROPOSTA Nº. 1542/09 – Atribuição de um subsídio à Tertúlia Tauromáquica do Montijo, no valor de € 1.500,00.
8 - Nesta reunião, a Câmara Municipal da Moita aprovou a atribuição de uma verba, no valor global de 2 900 euros, ao Clube Taurino da Moita (600 euros), ao Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita (1 100 euros), ao Grupo de Forcados Amadores da Moita (800 euros) e ao Grupo Tauromáquico Moitense (400 euros). A atribuição desta verba vem na continuidade do apoio que a Câmara da Moita tem dado a este sector, garantindo o desenvolvimento de diversas iniciativas ligadas à tradição tauromáquica, muito enraizada no concelho da Moita.

9 - 
Dinheiros Públicos patrocinam Touradas! 
O uso dos nossos impostos para patrocinar um espectáculo degradante em que o homem maltrata cruelmente os animais.
Num Portugal em que a crise está para ficar, onde há fome e o desemprego aumenta diariamente, continuam alguns a gastar dinheiros públicos sem quaisquer escrúpulos, para o gáudio de um público sedento de ver sangue, tortura e morte de animais.

A Câmara Municipal de Elvas gastou mais de 75.000 Euros, dos quais 65.600 Euros para a aquisição de uma Praça de Touros desmontável para Vila Fernando, também o Município de Portel gastou 74.600 Euros para a compra de uma Praça de Touros amovível, no Alandroal o município gastou 40.000 Euros no aluguer de touros e contratação de Cavaleiros tauromáquicos, dos 92.000 Euros gastos na Azambuja mais de 76.000 foram gastos na aquisição de bilhetes para duas corridas de touros.

Mas os piores exemplos são os de Angra do Heroísmo, que através da Culturangra EEM gastou mais de 275.000 Euros em touradas, a maioria deste dinheiro nas Sanjoaninas de 2009 e da Câmara Municipal de Santarém que só na aquisição de bilhetes para oferta para Touradas e Espectáculos Tauromáquicos dispendeu 168,000 Euros!
Estas ou outras autarquias também gastaram milhares de euros em cada um dos seguintes casos: Na aquisição de ar condicionado para um núcleo tauromáquico, na compra de livros de toureiros, em contratação de touradas, nos cartazes para anunciar as corridas de touros.

10 -
ACTA N.º 30 Mandato 2009-2013 Reunião de 29 de Novembro de 2010
AQUISIÇÃO DE BILHETES PARA OFERTA - CORRIDA DE TOIROS DO DIA DEZOITO SETEMBRO DOIS MIL E DEZ – RATIFICAÇÃO -------------------
--- Pelo senhor Jaime Santos, Secretário do senhor Vereador António Valente
--- Três - Considerando ainda que a corrida de toiros em questão é organizada em apoio à Santa Casa da Misericórdia de Santarém. ------------------------------------------------------
--- Quatro - Assim, e em virtude da sua importância para o Concelho, deverá a Autarquia proceder à oferta de bilhetes aos funcionários do nosso Município e às Juntas de Freguesia do Concelho, como tem vindo a acontecer em anos e eventos anteriores
ACTA N.º 30 Mandato 2009-2013 Reunião de 29 de Novembro de 2010
pelo que se torna necessário proceder à aquisição de bilhetes. --------------------------------
--- Cinco - Considerando que a Corrida em questão irá realizar-se em recinto da Monumental Celestino Graça que está concessionado à empresa Aplaudir, pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém, proprietária do edifício, e que esta é a organizadora do referido evento, possuindo, por isso, os direitos exclusivos de venda de bilhetes, foi-lhes solicitado orçamento referente à aquisição dos bilhetes.
--- Considerando que o preço contratual apresentado na referida proposta é inferior a cinco mil euros, podendo a entidade adjudicante recorrer ao procedimento por ajuste directo, no seu regime simplificado, previsto no artigo cento e vinte e oito do Código dos Contratos Públicos.
--- b) A adjudicação do fornecimento em causa à empresa Aplaudir – Sociedade Unipessoal, Limitada, para a aquisição de bilhetes para a corrida de toiros a realizar no próximo dia dezoito de Setembro, na praça de toiros "Monumental Celestino Graça", no valor total de quatro mil novecentos e cinquenta euros, com IVA incluído à taxa de cinco por cento, distribuídos por bilhetes para os diferentes sectores da praça.

11 - 
 “A Protoiro tem a lata de afirmar que o financiamento público é um mito. Milhões de euros dos nossos impostos são gastos a alimentar esta barbaridade e a corja que dela vive. mas alguém acredita que sem esses subsídios as touradas ainda existiam! Eu dou-vos números e factos.
A Associação Portuguesa de Criadores de touros de lide recorre à CAP para obter apoios do Programa de - Desenvolvimento Rural e criou uma empresa que dá pelo nome de Bovibravo com a finalidade de recorrer a ajudas comunitárias.

- Praça de touros de Estremoz: 2,5 milhões de euros para recuperação, 80% dessa verba provem de fundos comunitários.
- Azambuja 600 mil euros para renovar a praça de touros uma vez mais com fundos comunitários.
- Praça de touros de Évora, autarquia gasta 2,5 milhões de euros em obras.
- Em 2009 a Câmara Municipal de Santarém gastou 9.000,00 euros na compra de 200 exemplares do livro "João Patinhas - Um Forcado". O dinheiro entrou nos cofres da Associação de Forcados Amadores de Évora. No mesmo ano, a mesma Câmara, gastou 150.000,00 euros na compra de bilhetes para quatro touradas. Novamente em 2009 dos cofres da Câmara Municipal de Coruche saíram 10.271,43 euros para a empresa de Artes Gráficas César Castelão & Filhos para pagar 500 exemplares do livro "António Telles - 25 Anos de Alternativa, uma Foto-biografia". A juntar a este montante a mesma autarquia paga à "Montra Cultural" a quantia de 23.994,00 euros para a realização de uma exposição do núcleo tauromáquico.

A câmara Municipal de Coruche deitou ao lixo € 85.000,00 do dinheiro retirado aos contribuintes em apenas 3 anos (2009-2011)

- 2009 - € 5.000,00 - Núcleo Tauromáquico
http://www.cm-coruche.pt/autarquia/documentacao/prestacao-de-contas/cat_view/49-documentos/86-prestacao-de-contas/51-2009
€ 25.000,00 - Divulgação do Município de Coruche na Corrida TV RTP
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml#58462
€ 8.865,00 - Aquisição de curros para largada de touros
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml#64584
- 2010- € 13.545,66 - Núcleo Tauromáquico
http://www.cm-coruche.pt/autarquia/documentacao/prestacao-de-contas/cat_view/49-documentos/86-prestacao-de-contas/52-2010
€ 5.427,00 - Fornecimento e montagem de 3 equipamentos de ar Condicionado para o Núcleo Tauromáquico de Coruche
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml#147169
€ 23.994,00 - Realização da exposição do Núcleo Tauromáquico de Coruche
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml#163127
- 2011 - € 2.554,00 - Núcleo Tauromáquico
http://www.cm-coruche.pt/autarquia/documentacao/prestacao-de-contas/cat_view/49-documentos/86-prestacao-de-contas/87-2011?start=5


- Em 2010 o Muncípio de Alandroal pagou à Lasix - Eventos Tauromáquicos, Lda a quantia de 7.000,00 euros pela actuação de João Salgueiro na corrida de touros de 6 de Setembro.
- Em 2010 o Município de Vila Real de Santo António contrata um espectáculo tauromáquico em Monte Gordo com a empresa Toirolindo - no montante de 20.000,00 euros.
- Em 13/4/2011 a Câmara Municipal da Moita atribui 2.900 euros de subsídios a várias associações tauromáquicas.
- A Câmara Muncipal de Setúbal apoiou financeiramente a empresa tauromáquica "Aplaudir" para a reabilitação da praça de touros. A autarquia financiará com 20.000 euros anuais a dita empresa durante 6 anos o que perfaz a quantia de 120.000 euros.
- A empresa tauromáquica "Aplaudir Unipessoal" do ex forcado João Pedro Bolota recebeu das Câmaras Municipais de Santarém, Setúbal, Crato e Azambuja cerca de 100.000 euros para financiar touradas. Desde 2009 que esta empresa já recebeu mais de 300.000 euros das Câmaras principalmente através da venda de bilhetes para touradas. Isto é só uma pequena amostra de como os dinheiros públicos são gastos a subsidiar a tauromaquia.”

12 - 
Dados de ajustes directos feitos pela Culturangra 20-12-2010, N.º Procedimento: 239820
Ajuste Directo, Listagem de entidades adjudicantes
NIF Nome entidade adjudicante 512099499 CULTURANGRA, EEM
Listagem de entidades adjudicatárias
NIF Nome entidade adjudicatária País 512009481 Sociedade Tauromáquica Progresso Terceirense – Promoção de Espectáculos Taurinos, S.A. Portugal
Objecto do contrato: Pagamento do estabelecido em protocolo para utilização de Praça de Toiros da Ilha Terceira durante a Feira de São João, inserida nas Sanjoaninas 2010.
Preço contratual: € 21.500,00
Prazo de execução: 10 dia(s) Local de execução:Portugal - Região Autónoma dos Açores - Angra do Heroismo http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=203253&lk=srch

13 - 
26-08-2010 N.º Procedimento: 198557
Tipo: Ajuste Directo
Listagem de entidades adjudicantes NIF Nome entidade adjudicante 512099499 CULTURANGRA, EEM
Listagem de entidades adjudicatárias NIF Nome entidade adjudicatária País
120044412 António Manuel Rocha Ferreira Portugal
Objecto do contrato:
Aluguer de 11 novilhos para a Feira de São João 2010 Data da celebração de contrato: € 30.228,00
Local de execução: Portugal - Região Autónoma dos Açores - Angra do Heroismo

14 - 
Data de publicação: 26-08-2010 . N.º Procedimento:198584 Tipo: Ajuste Directo . Listagem de entidades adjudicantes
NIF Nome entidade adjudicante 512099499 CULTURANGRA, EEM
Listagem de entidades adjudicatárias NIF Nome entidade adjudicatária País.
192562037 Maria Baldaya Câmara Rego Botelho Mendonça Cunha Portugal

15 -
 Objecto do contrato:Aluguer de 24 novilhos para Feira de São João 2010, inserida nas Festas Sanjoaninas 2010. Preço contratual: € 33.920,44 Local de execução: Portugal - Região Autónoma dos Açores - Angra do Heroismo.http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=177093&lk=srch

16 - 
 Data de publicação: 26-06-2010 N.º Procedimento: 178633 Tipo: Ajuste Directo Listagem de entidades adjudicantes
NIF Nome entidade adjudicante 512099499 CULTURANGRA, EEM
Listagem de entidades adjudicatárias
NIF Nome entidade adjudicatária País
507167058 Sociedade Agrícola Courela da Eira, Lda Portugal
Objecto do contrato: Contratação do cavaleiro Tiago Carreiras para Sanjoaninas 2010
Preço contratual: € 25.000,00 Prazo de execução: 70 dia(s)
Local de execução: Portugal - Região Autónoma dos Açores - Angra do Heroismo

17 - 
Data de publicação: 26-06-2010 N.º Procedimento: 178634 Tipo: Ajuste Directo
Listagem de entidades adjudicantes NIF Nome entidade adjudicante 512099499 CULTURANGRA, EEM
Listagem de entidades adjudicatárias NIF Nome entidade adjudicatária País
505700018 Luis Vicente, Lda Portugal
Objecto do contrato:
Contratação do cavaleiro Luís Rouxinol para Sanjoaninas 2010
Preço contratual: € 40.000,00
Prazo de execução: 70 dia(s)
Portugal - Região Autónoma dos Açores - Angra do Heroismo

CASO QUEIRA CONTINUAR POR ESTE MAR DE DESPESISMO CONSULTE ESTE SITE... CAPT - Denúncias

(Mail enviado ao blog) No passado dia 21/03/2012 foi publicada no Diário da República a lista dos subsídios atribuídos pelo IFAP no 2.º semestre de 2011, tal como se havia publicado a listagem relativa ao 1.º semestre de 2011 no dia 26/09/2011.

Ortigão Costa - 1.236.214,63 €
Lupi - 980.437,77 €
Passanha - 735.847,05 €
Palha - 772.579,22 €
Ribeiro Telles - 472.777,55 €
Câmara - 915.637,78 €
Veiga Teixeira - 635.390,94 €
Freixo - 568.929,14 €
Cunhal Patrício - 172.798,71 €
Brito Paes - 441.838,32 €
Pinheiro Caldeira - 125.467,45 €
Dias Coutinho - 389.712,42 €
Cortes de Moura - 313.676,87 €
Rego Botelho - 420.673,80 €
Cardoso Charrua - 80.759,12 €
Romão Moura - 248.378,56 €
Brito Vinhas - 53.686,78 €
Romão Tenório - 283.173,89 €
Sousa Cabral - 318.257,79 €
Varela Crujo - 188.957,35 €
Assunção Coimbra - 330.789,44 €
Murteira - 137.019,76 €
(Email que me foi enviado, ainda não confirmada a veracidade)

Mais os tachos:
Nos termos do disposto nos n.os 5 e 6 do artigo 4.º do Decreto Regulamentar n.º 35/2007, de 29 de Março, determina -se o seguinte:

1 — É criada a Secção de Tauromaquia como secção especializada permanente, no âmbito do Conselho Nacional de Cultura.
2 — A secção de tauromaquia é composta pelos seguintes elementos:
a) O inspector -geral das Actividades Culturais, que preside;
b) O director -geral das Artes;
c) O director -geral de Veterinária ou um representante por ele designado;
d) O director -geral da Saúde ou um representante por ele designado;
e) O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários ou um representante por ele designado;
f) Um representante da Associação Nacional dos Municípios Portugueses;
g) Um representante do Sindicato Nacional dos Toureiros Portugueses;
h) Um representante da Associação Nacional de Grupos de Forcados;
i) Um representante da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos;
j) Um representante da Associação Portuguesa de Criadores de Touros de Lide;
k) Um representante da Associação de Médicos Veterinários com Actividade Taurina;
l) Um representante da Associação Tauromáquica dos Directores de Corrida;
m) Um representante da União Internacional das Cidades e Vilas Taurinas;
n) Três individualidades de reconhecido mérito, tendo em conta a sua experiência e conhecimentos em matérias relacionadas com a tauromaquia.