sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A diferença entre touro, boi, vaca, garraio, bezerro e caresto.


Os Romanos receberam da língua grega a palavra tauros, que converteram em taurus. É desta última palavra que surgiram as formas touro e toiro.



 Touro é o macho adulto combativo e corpulento destinado frequentemente para lutas com os seus semelhantes ou às touradas. Antes dos combates e das touradas, são inteiros ou não castrados. Depois das touradas, alguns voltam ao campo. Na maior parte dos casos, são destinados ao abate.


 Boi é uma palavra derivada do vocábulo latino bove-. Designa os machos destinados aos trabalhos agrícolas ou para a produção de carne. A maior parte dos machos mansos destina-se ao abate e não passa de bezerros ou de vitelos.


 Em Portugal, as fêmeas dos touros são conhecidas como vacas bravas, e as fêmeas dos bois são designadas como vacas mansas.


Cabresto é o macho castrado que, em conjunto com outros, guia as manadas de touros ou de bois mansos. Nas touradas, os cabrestos conduzem os touros para fora das arenas.


 Bezerro é o filho de vaca e touro ou boi com menos de um ano de idade até ser desmamado.


 Vitelo é o filho de vaca e touro ou boi com cerca de um ano de idade.


 Novilho é o filho de vaca ou boi com mais do que um ano de idade. Usa-se com maior frequência em relação aos touros jovens.


 Garraio é o filho de vaca brava e touro enquanto jovem e antes de ser corrido nas touradas.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ao ataque: 'bombásticas' e inesperadas...

Empresário Tauromáquico Ataca APET
 Rafael Vilhais publicou um post no Facebook onde afirma que a tauromaquia está podre e chama a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos de coveiro da festa.
E afirma também que há toureiros que pagam para tourear.
Mas que grande novidade, afinal ele só vem reafirmar aquilo que todo o mundo sabe, ou seja que há toureiros que pagam para tourear, ganadeiros que drogam bovinos, toureiros que drogam cavalos, forcados que pagam para abusar de animais e por aí fora já que entre esta gente e a máfia não existe qualquer diferença!
Prótouro
Pelos touros em liberdade

rafael vilhais post facebook

... declarações feitas por Rafael Vilhais, na sua página pessoal de Facebook, sobre a realização de Festivais Taurinos, fora do tempo acordado pelos membros da APET, procurou o TouroeOuro saber junto da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, qual a posição da mesma face ao escrito que agitou o meio taurino.
Paulo Pessoa de Carvalho falou ao TouroeOuro...

A propósito das afirmações de Rafael Vilhais na sua página de Facebook e que passamos a citar 'A tauromaquia em Portugal não está doente, está podre!!! A Associação de Empresários 'APET' (de coveiros da festa) à qual eu infelizmente pertenço e que não me sinto representada por ela! Em Assembleia Geral neste início de 2016, em que acordámos que não eram permitidos Festivais Taurinos, entre as datas de 25 de Abril, em Sobral de Monte Agraço e terça-feira nocturna de Vla Franca, em plena temporada para não prejudicar os eventos das empresas, bem como dos toureiros chamados de profissionais??? Todo o contrário!!! Está tudo dito!! Eu no que me diz respeito, até já terminei a época, a actividade empresarial! Uma vergonha quando isto está a ser apoiado com gente que deveria ser responsável ou não? Desde empresários que pagam para tourear. Há que pôr o dedo na ferida! Eu nasci nisto! E quem não serve tem um caminho, la calle!'.

A este desabafo do novel empresário, responde no mesmo espaço, Ricardo Levesinho, visto que a ilustração a este post, se fazia com os cartazes dos festivais do fim-de-semana passado, Carregado (com organização a cargo da Tauroleve) e Alandroal. Diz o empresário que 'Rafael Francisco Vilhais você pode dizer o que entender já que estamos num estado de direito democrático mas utilizar as palavras que utilizou referindo se a artistas onde estão Vitor Mendes, Ana Batista, Antonio João Ferreira, Manuel Telles Bastos, Marcelo Mendes e Cuqui só para me referir ao Festival previsto a mais de um ano no Carregado (antes da deliberação ocorrida já este ano) e devidamente autorizada pela Direcção da APET penso que além de não ser correcto é algo injusto para quem colaborou desintressadamente a favor de uma paróquia que possui a sua responsabilidade valências de solidariedade. E para mim e para a minha empresa foi uma honra estar integrado neste projecto e repito totalmente dentro do respeito pelas instituições conforme solicitações devidamente formalizadas e aceites. Se tem dúvidas coloque a quem de direito pois tem toda a legitimidade para tal mas recomendava se me permite que use estas plataformas com o uso da informação correcta pois é tão fácil alavancarmos temas que depois provocam comentários que aqui já circulam e que em nada beneficiam ninguém. Nem mesmo de quem os provocou pois a Tauromaquia e a Festa como estamos ambos totalmente de acordo são superiores a interesses e protagonismos colectivos e pessoais. Um abraço Rafael e estou totalmente disponível para debater consigo onde e quando quiser pois tenho a honra de o respeitar e de sentir reciprocidade.'

Sobre o pertinente tema, procurou saber o TouroeOuro junto da APET, qual a sua posição face à inflamação e sobretudo, querendo obter um esclarecimento sobre a legitimidade ou não da realização de Festivais Taurinos durante o auge da temporada. Paulo Pessoa de Carvalho, Presidente da Associação Portuguesa de Empresários Taurinos, respondeu da seguinte forma, 'Perante o que me pergunta e que sinceramente não vi e não sei se vou ver, o que me constou foi que haveria criticas duras sobre a não união ou respeito dentro da APET sobre regras definidas e assumidas. Algumas pessoas falaram-me sobre o que o Rafael Vilhais escreveu e sobre alguns infelizes comentários a esse texto. O que sei, é que recebi um telefonema do Rafael Vilhais ontem, a dizer-me que o que tinha escrito, não era nada referido a mim, mas sim a outras pessoas (associados APET) que em Assembleia Geral tomam posições e no terreno negam-nas completamente, através das suas atitudes. O que tenho sobre o assunto a dizer é pouco, entristece-me que se venha para os Facebook's da vida escrever estes desabafos, pois é um caminho que não nos leva a lado nenhum. Há espaços próprios para se tratar dos assuntos e acima de tudo, as pessoas devem quando têm intenções sérias em resolver problemas ou aclarar situações, esclarecer-se antes de opinar seja o que for, pois há sempre metade da história que lhes dá razão e outra metade (a não contada) que lhes tira a razão. Eu não conto histórias, mas a propósito deste assunto e sobre o qual também gastei algum tempo, apenas informo que antes dos festivais postos em causa deste último fim de semana (Carregado e Alandroal), houve pelos menos outros cinco, dos quais apenas tive conhecimento à posteriori da sua realização, pois a sua legalização é efectuada no Fundo de Assistência dos toureiros e daí em diante está tudo 'bem', nem nada nem ninguém tem 'força' para parar seja o que for, cabendo ao bom senso, palavra e idoneidade de cada um, fazer cumprir a palavra e os compromissos assumidos, ou pura e simplesmente porque outros interesses pessoais se levantam, ignorar. Assim e para Vosso conhecimento e dos interessados, houve cinco festivais antes destes dois da polémica (informação fornecida pela ANT) que abaixo indico, com o elenco participante e as empresas promotoras dos mesmos.'

touroeouro
«Rafael Vilhais acusa APET: "Associação de Coveiros da Festa"!» in farpasblogue

sábado, 27 de agosto de 2016

Becerrada Valmojado

A propósito de um vídeo filmado pelo PACMA que denuncia a barbaridade das bezerradas na localidade de Valmojado, província de Toledo, Espanha o autarca Jesús Agudo do Partido Popular, veio a público afirmar, que vai denunciar todos aqueles que se insurgiram e criticaram a brutalidade e atrocidade destas práticas.

Segundo o inqualificável o vídeo foi manipulado com a intenção de manchar e difamar o nome de Valmojado.
Para quem não viu o vídeo “manipulado”.
Ora tendo em conta que o referido vídeo já foi visto por mais de 11 milhões de pessoas é caso para perguntar se vai processar toda essa gente.
Mais um retardado que faria melhor figura se estivesse calado.

Prótouro 
Pelos touros em liberdade

[Imagens de Crueldade extrema]

domingo, 7 de agosto de 2016

Pérolas: A defesa do indefensável

Existem tantos outros sociólogos e professores que defendem a Nossa Causa, Abolicionistas. O sociolólogo Luis Capucha tem tanto direito como nós temos, de defender a Abolição dum espectáculo degradante. Ser sociólogo não lhe dá mais direitos.
Uma resposta que ficará para a História "Negra"  e sangrenta desta cidade e deste país.




«Carta Aberta à Diretora do “Público”

Em defesa do bom jornalismo e da liberdade cultural

Exma. Senhora Diretora

Resolveu V. Exa. no Editorial de ontem, 22 de julho, do “Público” alinhar com os argumentos anti-taurinos cujas materializações numa série de projetos de Lei foram chumbados recentemente na Assembleia da República, por uma maioria de deputados superior a 80%.

Sem reflexão ou justificação acusou os Partidos que chumbaram esses projetos de se moverem em função de meros interesses clientelares, entrando dessa forma numa linha de argumentação perigosamente populista. Melhor seria ter-se informado, como devem fazer os jornalistas e, por maioria de razão, os diretores de jornais, sobre os fundamentos dos factos que toma por verdades, quando na realidade não passam de puras falsidades. Como cidadã, a Diretora do Público pode ter a opinião que entende, incluindo sobre ideias erradas nos planos moral e ético, como o que se esconde atrás da ideia de “direitos dos animais” (embora ninguém explique quais são os correspondentes deveres). Mas não tem o direito de se servir do cargo para emitir meras opiniões assentes em puros e simples preconceitos. Passo a especificar aquilo que a Senhora Diretora deveria ter mandado investigar, ou ter procurado o contraditório antes de cair nos erros em que cai, em vez de alinhar pelas posições que alinhou.

Diz-se no referido Editorial que “quando um pouco por toda a parte tendências de comportamento e movimentos cívicos evidenciam uma crescente sensibilização aos direitos dos animais, a Assembleia da República mostra o quanto está distante dessas preocupações e desses avanços civilizacionais”. Estranho civismo este que esquece o mais importante: um pouco por todo o lado o que cresce é a violência, o autoritarismo, o ódio, o terrorismo, a injustiça social e económica, o recuo dos direitos humanos, as agressões ao ambiente. O recuo do humanismo, o avanço da misantropia e a transferência dos afetos para com os nossos semelhantes para os afetos para com os animais de companhia não fará parte do ambiente cultural em que vingam todos estes grande problemas humanos?

Diz-se depois que o projeto de Lei do PAN sobre financiamento à tauromaquia é o “mais bem fundamentado, com argumentos e muitos dados por certo desconhecidos da maioria dos portugueses”, e que é “…doloroso transcrever parte da descrição pormenorizada feita no documento do PAN sobre os efeitos que a lide taurina provoca num animal”. Com pouco esforço, facilmente poderia um estagiário da sua Redação constatar que os dados avançados pelo PAN são falsos, pura mistificação e mentira demagógica. Quer quanto aos dinheiros, quer quanto ao ritual de que o Toiro Bravo é o centro. Já é costume esse tipo de propaganda completamente indiferente à verdade dos factos e aos resultados da investigação científica por parte dos animalistas, mas a uma jornalista isso fico mal.

Não falta depois o vitupério contra os seus concidadãos que gostam de toiros, Senhora Diretora. Não é a “…exposição nua e crua da tortura animal” que os anima. São valores profundamente inscritos na cultura tauromáquica e que integram a sua identidade cultural. A Senhora Diretora não é melhor cidadã do que nós, e não compreendemos a presunção de superioridade para connosco que transparece do seu Editorial. Se não compreende nem conhece a tauromaquia e os seus valores, nem quer compreender ou conhecer, respeito essa opção. Mas nesse caso não julgue o que não entende, porque a ignorância não é boa conselheira.

Por fim, fecha essa a parte em apreço do Editorial com uma pergunta: “Ou será por acaso que os quatro partidos apoiantes das touradas são os únicos que dispõem de corte camarária?” Pergunto-lhe, Senhora Diretora, se pode pensar na resposta a outra pergunta: não será que os partidos sem presença nos municípios não estão nessa situação porque são incapazes de sair dos meios elitistas de que são originários para tentar compreender, de forma próxima e vivida, os sentimentos dos portugueses, naquilo que eles têm de especificamente local?»


Vila Franca de Xira, 23 de julho 2016
Luís Capucha, Sociólogo, Professor no ISCTE-IUL

terça-feira, 26 de julho de 2016

O Negócio das praças de Touros

A realidade da tauromaquia na região num périplo pelas praças de touros, onde há mais prejuízo do que lucro. A rentabilidade das corridas está longe dos seus tempos áureos, também por culpa da crise.

​ Empresário da Palha Blanco:
“Público de Vila Franca é o mais exigente do país”

O empresário Paulo Pessoa de Carvalho gere a praça de Vila Franca de Xira desde 2015. Sendo possível que se mantenha até 2017 se for vontade do empresário e da entidade proprietária- a Santa Casa da Misericórdia local. “Esta é uma relação que tem estado a correr bem. Sabemos que não podemos entrar em loucuras porque em termos económicos as pessoas já não aderem tanto à tourada. Tentam conter-se o mais possível”.

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O empresário fala de uma afición difícil

Este empresário não poupa nos elogios ao profissionalismo da entidade proprietária, nomeadamente, “no brio que tem” no que concerne às condições do equipamento, cuja cereja no topo do bolo é a enfermaria que tem à frente o cirurgião Luís Ramos, “um dos melhores médicos da Península Ibérica”, dotada de “condições excelentes”. “A praça de touros é cuidada de forma exímia pela Santa Casa” que naturalmente já se encontra adaptada à nova lei. O empresário que também gere as praças de Almeirim e da Chamusca, igualmente detidas pelas santas casas locais, não tem dúvidas em salientar que prefere gerir equipamentos desta natureza não pertencentes a Câmaras, “onde por vezes se anda ao sabor dos diferentes partidos, e dos seus interesses”. “Nas instituições como as santas casas, mesmo que a direção mude, a filosofia de gestão não se altera muito, é mais institucional, e as regras não mudam. A gestão é mais pura e dura”.

No que se refere aos lucros, “não são os desejáveis nem para mim nem para a Santa Casa. Estamos sempre aquém. Mas posso dizer que as coisas não estão a correr mal face às minhas expetativas”. O empresário, a par do de Azambuja, foi o único neste trabalho que não teve problemas em avançar com o valor da renda que todos os anos entrega à Santa Casa: 17 mil euros mais Iva.

O empresário das Caldas da Rainha refere que encontrou um público difícil em Vila Franca, muito opinativo e crítico, que nem sempre vai às corridas. “Percebemos que as pessoas escolhem muito bem as praças onde querem ir. Por outro lado, a conjuntura nacional também nos afeta”. Vender os preços dos bilhetes a preços mais económicos, na ordem dos cinco euros, como alguns defendem não é visto como solução, “visto não se traduzir como mais compensatório”. O valor mínimo cobrado em Vila Franca é de 12,5 euros. Com praça esgotada, consegue no máximo chegar a uma faturação a rondar os 90 mil euros.

Para Paulo Pessoa de Carvalho, a praça de Vila Franca é um desafio, “porque foi sempre uma praça séria. A empresa que esteve antes de mim fez ali um bom trabalho”. Por outro lado, o desafio é também a afición que lhe é inerente: “a mais exigente de Portugal, e isso nem sempre se traduz em público”. Nestas duas temporadas que leva de Palha Blanco, o empresário desabafa- “Ali já tive alegrias, sofri e transpirei. Já me trataram mal, e dirigiram-me impropérios. E algumas vezes tive que me calar, encolher os ombros, e ouvir com a maior das descontrações”. As críticas normalmente vão desde “a má apresentação do touro até ao desempenho dos artistas”. “Em Vila Franca qualquer coisa serve para ralharem connosco, quando tudo corre bem, e não nos dizem nada, então é sinal que correu mesmo tudo bem”. Imagem

​A Palha Blanco tem uma lotação de 3500 lugares, com quatro corridas principais por ano, duas no Colete Encarnado e duas na Feira de Outubro. Um dos itens do caderno de encargos do contrato com a Santa Casa constam as corridas com toureio a pé em que a cidade tem tradição. “Por vezes não é fácil encontrar nomes, mas faz parte e isso significa defender as raízes da terra”. Neste aspeto há que contratar fora do país: “Comercialmente o toureio a pé não funciona. Apenas com nomes espanhóis. O toureio ficou órfão de Pedrito de Portugal que de facto tinha uma mística, mas ainda assim não tinha o toureio profundo dos espanhóis”.

Questionado sobre a dificuldade de se ser empresário neste meio, garante que já pensou muitas vezes em desistir, até porque o setor é pouco unido. “Cada vez que nós trabalhamos, e nos pomos empenhadamente a fazer as coisas, esperamos o mínimo de retorno financeiro, mas muitas vezes no final temos de ir inventar dinheiro onde ele não há. Só mesmo um maluco é que paga para trabalhar”. Por outro lado, “há empresários que estão neste meio, porque acham piada, por brincadeira, e este é mundo muito difícil”.

A rentabilidade das praças de touros também pode passar por outro género de espetáculos, nomeadamente, musicais. Esta foi uma vertente que explorou enquanto esteve à frente da praça das Caldas. No caso da Palha Blanco vai receber em breve um espetáculo de José Cid.

Já no que às ditas “trocas”, refere que há cavaleiros melhores e piores, “mas nas bilheteiras valem todos o mesmo”. “Um cavaleiro tem todo o direito de pedir sete ou mil euros, mas a verdade é que esse toureiro, normalmente, vale quase tanto como um que vá lá por mil”. Como não há um nome sonante, “isso torna tudo mais difícil”. As “trocas” são algo “que limita bastante o trabalho. “Esta moda dos empresários apoderados tem sido algo complicado, em que essa pessoa só compra o meu toureiro se eu comprar o dele”. “Trata-se de uma grande promiscuidade, que é difícil para o empresário”, não tem dúvidas. No seu caso não é apoderado atualmente de nenhum toureiro. Paulo Pessoa de Carvalho não considera que esta forma de estar nos bastidores das touradas seja limitativa do aparecimento de novos valores, “porque quem tem de romper, rompe!”, mas não deixa de ser verdade “que muitas jovens figuras vão aparecendo não tanto pelo seu talento, mas por circunstâncias económicas que geram essas oportunidades”. E ilustra o quadro – “Por vezes esse toureiro não é grande coisa e anda-se ali numa grande mentira, com o apoderado a tecer elogios que não têm nada a ver”. “Antes as pessoas apareciam claramente por mérito, mas hoje desvirtuou-se essa realidade, que no fim de contas descredibiliza a festa”. Por outro lado, alguns toureiros “recusam-se a pegar touros mais imprevisíveis como os da ganadaria Palha”, ilustra para definir a crise de talento e empenho.

A nova lei que regula a atividade taurina no entender do empresário enferma de um grave problema tendo em conta que na sua feitura, o anterior Governo decidiu ouvir os movimentos antitaurinos, “o que não faz sentido”. “Não quer dizer que quem não goste da atividade taurina não possa opinar sobre a regulamentação da atividade, pois pode ter uma palavra a dizer pela sua experiência, o que não pode acontecer é que que quem queira matar a atividade tenha o direito de vir dizer alguma coisa”.


Leia aqui o artigo completo:
 CAPT: ABOLIÇÃO da tauromaquia em Portugal e no Mundo



sábado, 4 de junho de 2016

Carlos Anjos, o Aficionado Bafiento

carlos anjos

Carlos Anjos ex-inspector da PJ, presidente da Comissão de Protecção às Vítimas de Crimes, frequentador assíduo de touradas e escrevinhador no “Correio da Manhã” publicou um artigo intitulado “Ataque à tauromaquia”.

No longo e vomitativo artigo começa por afirmar que nunca deu importância aos anti-taurinos (prontos lá vem o espanholês) porque somos demasiado pequenos com toques ditatoriais e autoritários, só comemos ervas, não tomamos banho, não gostamos de caça e pesca mas gostamos de raves e de consumir drogas.

Nem sequer nos vamos dar ao trabalho de comentar estas alarvidades porque o que realmente nos chamou a atenção no artigo foi e citamos:
“Por última a questão de a tauromaquia tornar ou poder levar as pessoas para comportamentos desviantes, nomeadamente violentos. Nem sequer vou perder muito tempo com esta questão. Faço uma pergunta; Quantos toureiros, forcados, bandarilheiros, campinos, empresários taurinos, entre outras pessoas que participam na “festa brava” estão ou foram presos por crimes violentos? A resposta é Zero!!! E quantos foram presos por outro tipo de crimes, inclusive económicos? A resposta continua a ser Zero!!! Quantos é que morreram em situações e condução de desastres de automóveis, por excesso de velocidade e consumo excessivo de drogas de qualquer tipo? A resposta continua a ser Zero!!! Quantos estão presos por crimes sexuais? Zero. Por último, quantos estão ou foram presos na última década? A resposta continua a ser Zero!”

Ó Carlos Anjos você tem mesmo a certeza que toda a gente ligada à “festa” selvagem nunca cometeu qualquer tipo de crime? Tem mesmo a certeza que em todos os casos que enunciou a resposta é Zero?
É que nós assim de repente lembramo-nos de uns quantos casos como por exemplo Vitor Ribeiro ex-tauricida que se encontra em prisão preventiva por homicídio, Carlos Falé Filipe ganadeiro de touros de lide acusado de crime de corrupção, Ortega Cano tauricida condenado a dois anos e seis meses de prisão por homicídio negligente em virtude de conduzir completamente bêbado, o tauricida Gabriel Ruiz cabecilha de uma rede de tráfico de cocaína, forcados que completamente bêbados e quem sabe drogados se envolvem em rixas e partem e destroem tudo o que lhes aparece pela frente, aficionados que agridem aficionados e anti-touradas enfim a lista é ampla e estes só são alguns dos casos mais mediáticos porque muitos outros existirão que não fizeram manchete nos jornais.

Não tente tapar o sol com a peneira porque todos sabemos que a tauromaquia é um mundo de violência mundo esse que leva as pessoas a terem comportamentos desviantes e você como ex-inspector da PJ sabe isso melhor que ninguém.

Mais uma para provar que quando os aficionados abrem a boca…

Prótouro 
Pelos touros em liberdade

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Aluguer de Touros – Pagamos Todos!

VFX 55.000 euros para touros

A autarquia de Vila Franca de Xira celebrou um contrato por ajuste directo com a empresa Colina Fresca Agro-Pecuária, Lda. para o aluguer de touros e novilhos para as práticas bárbaras que decorrerão na vilória pela “módica” quantia de 55.000 euros.

Criminosamente, esta autarquia asquerosa, continua a não ter qualquer problema em roubar descaradamente milhares e milhares de euros aos contribuintes!

 Prótouro
Pelos touros em liberdade
https://protouro.wordpress.com/

sábado, 9 de janeiro de 2016

Vila Franca de Xira não quer mexidas na lei que regula as touradas

Presidente da câmara vai escrever ao primeiro-ministro a expressar a sua preocupação com o assunto.
Em causa a possibilidade, aventada por António Costa, de serem as autarquias a referendar a proibição de espectáculos tauromáquicos nos seus territórios.

 A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira está preocupada com a intenção do Governo em mexer na legislação que tutela os espectáculos taurinos, abrindo a possibilidade de serem as autarquias a referendar a realização de corridas nos seus territórios. Por isso, o líder da autarquia, Alberto Mesquita (PS), assumiu que vai escrever directamente ao primeiro-ministro, o também socialista António Costa, a vincar qual a posição do seu município.“Vou enviar um ofício ao primeiro-ministro a dizer que a cultura tauromáquica é importante para o país e que em Vila Franca de Xira, em particular, não passa pela cabeça que a lei seja alterada. Está bem tal como está. Esta diz que não cabe aos municípios decidirem se devem ou não ter touradas, mas sim promover o que são as tradições.

Acho, sinceramente, que o primeiro-ministro terá outras matérias mais importantes do que esta com que se preocupar no imediato. Não me parece que passar para os municípios a responsabilidade de fazer referendos sobre tauromaquia seja uma boa ideia”, frisou.

Recorde-se que o primeiro-ministro António Costa afirmou, no Parlamento, que “é uma boa regra confiar aos municípios o que devem ser as decisões relativas a esses espectáculos, como outros envolvendo animais”, em resposta ao deputado do PAN, André Silva. “A descentralização de competências é uma pedra angular da reforma do Estado. Essa descentralização abre a porta a que os cidadãos, por via do referendo local, se possam pronunciar sobre essa matéria”, defendeu governante.

O assunto foi abordado na última reunião de câmara pelo vereador da Coligação Novo Rumo, Rui Rei, que manifestou a sua preocupação. “Uma das primeiras coisas que este governo fez foi um ataque à tauromaquia, uma tentativa de acabar com a festa de touros. Estranho o silêncio do PS neste assunto, mas veremos como se posicionam alguns ilustres vilafranquenses”, atirou.

Também a Protoiro já se manifestou contra a possibilidade levantada por António Costa, dizendo, em comunicado, que “esta posição revela, antes de mais, um total desconhecimento da legalidade e da importância da tauromaquia no nosso país e para os portugueses. É o próprio Estado que define no Decreto-Lei 89/2014 de 11 Junho, que “a Tauromaquia é nas suas diversas manifestações, parte integrante do património da cultura popular portuguesa” sendo esta área tutelada pelo Ministério da Cultura.

A serem implementadas as medidas proferidas, tal constituiria uma grave violação dos direitos, liberdades e garantias constitucionais dos portugueses”, alertando ainda para os milhões de euros de impacto que a tauromaquia tem na economia portuguesa, além dos empregos que gera.

A Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira também se pronunciou, aprovando uma moção (com os votos favoráveis de CDU e Coligação Novo Rumo e abstenção do PS) onde exige que o primeiro-ministro “cumpra a legislação que regula a Festa dos Toiros em Portugal”.