sexta-feira, 11 de novembro de 2011

C.M. de Alcochete - Subvenções, Apoios, Subsídios?

Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete,
esbanja dinheiro dos seus munícipes!

Acta nº22 de 2/11/2006 Assim, e para fazer face às despesas inerentes, propõe-se a atribuição de subsídio ao Aposento do Barrete Verde, no valor de 22.500,00  euros.»
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/365/Acta_n__22_06_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_02_de_Novembro_de_2006.pdf

Acta nº 11 - 14/05/2008
Pelo exposto, propõe-se a atribuição de subsídio, no valor total de 1.500 euros ao Clube Taurino de Alcochete.”

Pelo exposto, propõe-se a atribuição de subsídio, no valor total de 4.000 euros ao Grupo Forcados Amadores de Alcochete, a atribuir em 2 tranches de 2.000€, a serem pagas a primeira em Junho e a segunda no 4º trimestre.”

Pelo exposto, propõe-se a atribuição de subsídio, no valor total de 4.000 euros ao Aposento do Barrete Verde, a atribuir em 2 tranches de 2.000euros, a serem pagas a primeira em Junho e a segunda no 4º trimestre.”
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/300/Acta_n.__11_08_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_14_de_Maio_de_2008.pdf

Acta nº 13 de 09/06/2010
Grupo de Forcados Amadores de Alcochete subsídio de 4.000,00 euros em duas tranches de 2.000,00 euros.
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/252/Acta_n.__13_10_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_9_de_Junho_de_2010.pdf

Acta nº 15 de 07/07/2010
Proposta de atribuição de um subsídio ao Aposento do Barrete Verde de 40.000,00 euros. Apesar das dificuldades e da crise económica que o país atravessa, a C.M. irá manter o mesmo montante de 45.000,00 euros mas por motivos de cabimentação, são propostos agora 40.000,00 euros e os restantes 5.000,00 euros em Agosto. Aceite.
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/254/Acta_n.__15_10_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_7_de_Julho_de_2010.pdf

Acta nº 18 de 01/09/2010
Subsídio ao Aposento do Barrete Verde 40.000,00 euros mais 5.120,00 euros, montante em falta para perfazer o mesmo valor de 2009.
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/257/Acta_n.__18_10_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_1_de_Setembro_de_2010.pdf

Acta nº 25 de 25/11/2010
10.000,00 euros para apoio à Direcção do Aposento do Barrete Verde.

Acta nº 11 de 11/05/2011
Grupo de Forcados Amadores 3.700,00 euros
Acta nº 22 de 12/10/2011
Subsídio de 3.700,00 euros ao Aposento do Barrete Verde para despesas decorrentes das suas actividades.
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/236/Acta_n.__22_11_-_Acta_da_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_12_de_Outubro_de_2011.pdf

Acta nº 25 de 25/11/2010
Atribuição de apoio financeiro ao Aposento do Barrete Verde 10.000,00 euros
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/264/Acta_n.__25_10_-_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_25_de_Novembro_de_2010.pdf

Submetida à discussão e votação, a Câmara deliberou aprovar a presente proposta, por unanimidade.

Total (2010 e 2011)= € 101.920

2012
Acta nº 15 de 04/07/2012
Propõe-se a atribuição de um apoio financeiro ao Aposento do Barrete Verde, destinado às despesas que se prendem com a preparação e organização das Festas do Barrete Verde e das Salinas, no valor de €36.000,00.
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/202/Acta_n.__15_12_-_Acta_da_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_4_de_Julho_de_2012.pdf

2013
Act nº 14 de 17/07/2013
Isentar o Aposento do Barrete Verde do pagamento das taxas aplicáveis no montante apurado de €11.624,76 (onze mil, seiscentos e vinte e quatro euros e setenta e seis cêntimos), como forma de apoio e incentivo à promoção e desenvolvimento de atividades e eventos relacionados com a dinamização da cultura e identidade local e da atividade económica de interesse municipal.»

Propõe-se a atribuição de um apoio financeiro ao Aposento do Barrete Verde, destinado às despesas que se prendem com a preparação e organização das Festas do Barrete Verde e das Salinas, no valor de €32.400,00 (trinta e dois mil e quatrocentos euros.»
http://www.cm-alcochete.pt/uploads/document/file/179/Acta_n.__14_13_-_Acta_da_Reuni_o_Ordin_ria_realizada_em_17_de_Julho_de_2013.pdf


2014
Acta nº 16 de 10/07/2014
Como forma de estímulo ao excelente trabalho que o Aposento do Barrete Verde faz na condução das Festas do Barrete Verde e das Salinas, momento Reunião de 2014.07.10 Ata n.º 16 17 verdadeiramente inegável de promoção do concelho, propõe-se a atribuição de apoio financeiro no valor de €32.400,00 (trinta e dois mil e quatrocentos euros)


2015
9 de julho
O Executivo Municipal aprovou, por unanimidade, na reunião de câmara, que decorreu a 8 de julho, nos paços do concelho, a atribuição de um subsídio no valor de €32,400, ao Aposento do Barrete Verde para apoiar a organização da 75ª edição das Festas do Barrete Verde e das Salinas, além de todo o apoio logistico qua anualmente a Autarquia assegura.
http://www.cm-alcochete.pt/frontoffice/pages/590?news_id=4083


 Actas:
http://www.cm-alcochete.pt/pages/159


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sangue e emoção(????) em Vila Franca V


largada de toiros da Feira Anual 2011
 A entrada de toiros hoje em Vila Franca de Xira, foi completamente limpa, e bonita de se ver os toiros bem encabrestados nas ruas da cidade ribatejana.
Depois de o dia de ontem ter havido alguns acidentes com os toiros do Engº Jorge de Carvalho, que resultaram em três feridos, um dos quais mais grave e também um acidente com um "curioso" dos que vestidos de lavradores acompanham os campinos, do qual resultou uma cornada numa égua, que teve de ser abatida nas boxes da Palha Blanco, devido aos ferimentos que apresentava, "curiosos".

A largada de hoje, foi algo sonsa mesmo sem sal, de toiros que não apresentavam trapio e eram mansos que logo muito cedo se encostaram, não reagindo ás chamadas de muitos curiosos. Alguns estavam demasiados magros e sem forças nas mãos, notorio logo á saída da praça de toiros.

in apaixaopelafestabrava

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tourada, Não! Abolição!

Tortura é Cultura? 

Sempre justificadas como tradição, as corridas de touros – vulgarmente conhecidas como touradas – são, na verdade, um dos costumes mais bárbaros de um sector minoritário e ultrapassado da sociedade portuguesa. Por trás da suposta bravura dos cavaleiros tauromáquicos, dos bandarilheiros, dos forcados e dos demais intervenientes neste espectáculo medieval e degradante, esconde-se uma triste e horrível realidade – a perseguição, molestação e violentação de touros e cavalos que, aterrorizados e diminuídos nas suas capacidades físicas, são forçados a participar num espectáculo de sangue em que a arte é a violência e a tortura é a cultura.

O Touro Bravo enfraquecido para a Tourada

A vergonhosa realidade das touradas começa no seu princípio, quando os touros – principais vítimas desta barbaridade (além dos cavalos e das vacas, assim como dos novilhos, quando são usados ainda enquanto bebés e jovens) –, depois de terem já perdido cerca de 10% do seu peso na viagem da ganadaria (onde são criados e onde estão habituados a uma vida tranquila) para a praça de touros, devido ao stress, são mantidos nos curros, até à hora de entrarem na arena, onde a angústia e o medo vão sendo cada vez mais crescentes. Junta-se a isto o sofrimento físico, que aqui começa, não só porque os animais são conduzidos com aguilhões e à paulada, mas também porque, entre outros métodos de preparação, sofrem o horror de terem os seus chifres serrados, a sangue frio, para serem embolados (nas touradas portuguesas, os touros não têm sequer os seus chifres inteiros e expostos, para terem uma oportunidade mínima de se defenderem).

Tourada é Cobardia, Não é Valentia


Ao entrar na arena, os touros vão já fortemente enfraquecidos e feridos (devido aos chifres serrados a sangue frio antes da tourada), além de apavorados. O pânico do touro é tão grande, que fugiria deste cenário aterrorizador, se tivesse essa possibilidade. Ao contrário do que os defensores das touradas alegam, é possível observar a expressão de medo e de confusão dos touros sempre que entram na arena, e que se agrava quando a tortura da tourada se acentua, à medida que as bandarilhas e os restantes ferros (que podem ter comprimentos variáveis entre os 8cm e os 30 cm, além de terem arpões na ponta, para se prenderem à carne e aos músculos dos animais, rasgando os seus tecidos e provocando-lhes um sofrimento atroz, além de febres imediatas, acrescidas de um enfraquecimento acentuado pela perda de litros de sangue).

Cavalos – As Outras Vítimas das Touradas

Se os touros adultos e os novilhos (bebés e jovens) são vítimas das horríveis touradas, também os cavalos são brutalizados neste espectáculo de perversão e divertimento cruel. Na tourada à portuguesa, os cavaleiros tauromáquicos fazem o comum toureio a cavalo, expondo o cavalo às investidas que os pobres touros tentam, embora em vão, sempre para se tentarem defender. A cobardia dos cavaleiros tauromáquicos é tal, que, montando cavalos, cravam os ferros enormes no dorso dos touros, sem se exporem a qualquer perigo, enquanto os cavalos tentam esquivar-se, sofrendo com o pânico de se confrontarem com os touros, sendo comum ficarem feridos pelos chifres e pelas pancadas dos touros. Além disso, ao usarem esporas e ao serem extremamente agressivos com os cavalos para os forçarem a dirigirem-se aos touros, os cavaleiros rasgam as costelas dos cavalos, que ficam severamente feridos, sangrando consideravelmente.

Tourada é Tortura, Não é Arte nem Cultura!

Todo o decorrer da chamada corrida de touros à portuguesa consiste na “lide” de seis touros, habitualmente. Cada um dos touros é primeiro toureado pelo cavaleiro tauromáquico, que lhe crava cerca de quatro ferros compridos e, como referido, com amplos arpões na ponta. Seguidamente, é comum entrar em cena o bandarilheiro, que faz o toureio a pé, “lidando” um touro já febril, brutalmente enfraquecido, confuso e assustado. O bandarilheiro espeta, habitualmente, mais quatro farpas no dorso do touro, que assim vai continuando a ser exposto a todo este horror. Segundo os defensores da tourada, este espectáculo – que de nada mais se compõe a não ser da crueldade contra touros (e cavalos) – é uma arte, património da cultura portuguesa. Não será antes, objectivamente, um acto de tortura?

O Público da Tourada Aplaude a Violência e Regozija-se com o Sofrimento

Enquanto o touro é brutalizado na tourada, e enquanto o cavalo é também vítima desta brutalização, enquanto o sangue de ambos os animais escorre e mancha a arena em que este acto deplorável acontece, não são apenas toureiros (cavaleiros tauromáquicos e bandarilheiros) que participam nesta festa de sacrifício de animais – existe um público presente que, por minoritário que seja na sociedade portuguesa, aprecia e aplaude a violência a que assiste, regozijando-se com o sofrimento bárbaro que ali é infligido aos animais.

Os Forcados e a Pega, Ou a Continuação da Tortura

Depois do toureio, vem a “pega”. Os forcados, um grupo de dez indivíduos que vem “pegar” o touro, são habitualmente considerados os mais “bravos” de todos os intervenientes na tourada, onde nada mais do que cobardia, perversão e indecência se encontra. A “pega” consiste em enfrentar um touro que tem cerca de oito ferros cravados no dorso, que está gravemente febril e que já perdeu muitos litros de sangue, com a “bravura” de dez indivíduos que atacam um animal nestas condições, puxando-o, empurrando-o, pontapeando-o e esmurrando-o, puxando-lhe o rabo, por fim. Na tourada, na altura da pega, o touro é já praticamente incapaz de se manter de pé de forma minimamente capaz, pelo que a bravura dos forcados e da pega é, na verdade, um aproveitamento indecente de um animal severamente ferido.

Associações Académicas, Instituições de Beneficência e Igreja Católica Promovem Tortura de Animais

O escândalo das touradas é maior do que a própria existência de um espectáculo destes ser permitida pela lei de um país supostamente civilizado e apoiado por um público, ainda que residual e certamente perturbado. Algumas associações académicas, como a Associação Académica de Coimbra e a Federação Académica do Porto, apoiam garraiadas (touradas com “garraios”, ou seja, touros jovens ou ainda não totalmente desenvolvidos), como a Garraiada Académica de Coimbra, ocorrida há alguns meses em Coimbra, na qual estas imagens foram captadas. E, como se o envolvimento de associações de estudantes universitários neste genocídio não fosse já suficientemente grave, a própria Igreja Católica, nomeadamente através da Rádio Renascença, apoia e organiza touradas em Portugal. Diversas instituições particulares de solidariedade social estão também envolvidas nesta vergonha, nomeadamente as Santas Casas da Misericórdia, sendo a maioria destas proprietárias da maior parte das praças de touros portuguesas

Depois da Tourada, A Violência e o Sofrimento Seguem-se nos Curros

Depois da tourada, com o toureio a cavalo, toureio a pé e pega, cada touro regressa aos curros, horrivelmente ferido, com um sofrimento agonizante, onde, uma vez mais a sangue frio, lhe será cortada a carne e os tecidos musculares para lhe serem arrancados os ferros com os seus arpões, que lhe foram cravados durante a tourada. A dor é indescritível. Tanto nas touradas à portuguesa, sejam corridas de touros ou garraiadas, como nas largadas, touradas à corda, ou mesmo nas sortes de varas, tentas públicas e touradas de morte que, embora ilegais, acontecem em Portugal com a permissão das autoridades, os touros (e os cavalos) são as vítimas de um espectáculo com características extraordinariamente cruéis, envergonhando Portugal, por ser um país em que cerca de 3.000 touros e 100 cavalos por ano sofrem indefesos o mal que é a tourada.




Sangue e emoção(????) em Vila Franca IV


Largadas em Vila Franca de Xira fazem três feridos( feira anual 2011)

Três pessoas ficaram feridas ontem à tarde na largada de touros de Vila Franca de Xira. O mais grave foi um adolescente que caiu de cima de uma grade e teve de ser imobilizado no local pelos bombeiros. Posteriormente foi transportado para o Hospital de Vila Franca de Xira. Os outros dois feridos são ligeiros e foram colhidos pelos touros. Receberam assistência no local e foram transportados para o hospital, apenas com algumas escoriações
Touros em pontas são soltos em vários pontos da cidade e fazem as delícias dos aficionados

in 'CM'

domingo, 2 de outubro de 2011

Touradas da Morte

A LUTA

 Uma tourada é dita como uma "luta de vida ou de morte", entre o homem e a besta. No entanto, a realidade é bem diferente – na verdade, o touro não tem a mínima hipótese. Antes de entrar na arena é às vezes "desfavorecido" – apesar de ser oficialmente ilegal – sendo os seus chifres limados para que falhe qualquer tentativa de marrar o matador. Normalmente, um cirurgião veterinário, que está presente antes, e durante a tourada, tem de declarar que cada touro cumpre as exigências necessárias, em relação a saúde, idade e peso. No entanto, alguns destes veterinários podem fazer parte do estabelecimento tauromáquico e portanto dirigirem eles mesmo algumas manipulações.

A maior parte das touradas tradicionais passam por severas fases distintas.

O Animal sai após estar encerrado numa jaula horas, sem comer, sem luz, de modo a que veja o sol e seja por ele ofuscado, um animal perdido no meio de estranhos ruídos. Aí aparecem os toureiros. A sua tarefa é "aquecer" o touro, fazendo-o correr à volta da arena, permitindo ao atento matador ter uma ideia das características do touro.

Nesta altura entra, e dá alguns passos com uma capa vermelha.

A seguir o picador, a cavalo, entra na arena. Tem a tarefa de ferir os músculos do dorso do touro com uma afiada lança de uns longos 14 cm. Mais de três ou quatro golpes serão desferidos. Isto deixa o animal com dores horríveis. O sangue jorra em grandes quantidades e a sua mobilidade é reduzida.

Na segunda fase da luta, os bandarilheiros entram na arena. Empunham as suas bandarilhas e tentam lançar seis delas nas feridas criadas pelo picador. Com cada movimento do touro, as bandarilhas também se movem, dilacerando a carne e os nervos. A terrível e tortuosa dor induzida pelas bandarilhas e a destruição dos músculos do pescoço dificultam ao touro a subida da cabeça acima de um certo nível.

Com a criatura neste estado, o matador entra na arena numa celebração de bravura e machismo.

Não chega a haver qualquer luta, já que neste momento o touro está exausto, confuso e a morrer lentamente por perda de sangue. O matador dá alguns passos com a sua capa vermelha (vermelha para esconder o sangue, não para provocar o touro, que é daltônico) e é suposto mostrar as suas capacidades, introduzindo uma longa espada no coração do touro.

No entanto, são poucos os matadores que têm a habilidade para matar o touro tão rapidamente.

Normalmente, a espada será repetidamente impelida no corpo do touro, com dores insuportáveis, enquanto cai, lutando até à exaustão pela sua sobrevivência. A maioria dos touros morrem sufocados no seu próprio sangue porque o matador perfura os pulmões em vez do coração. Se o animal ainda se encontra vivo, um punhal fará um golpe no seu pescoço para desunir o seu nervo espinal, paralisando o touro antes de o matar. Se o trabalho tiver "bem sucedido", poderão ser cortadas as orelhas e/ou a cauda do touro e atirá-la à audiência como recordação.


Texto ©WSPA

1. Lutar pelo fim das Touradas em Portugal e em todos os Países onde este bárbaro "espectáculos" se realize. 
2. Promover e apoiar medidas na defesa dos direitos dos Animais.
3. Criar condições para a realização de campanhas Anti-Touradas a nível Nacional e Internacional.
4. Evitar que sejam gastos dinheiros públicos na realização de Touradas.

sábado, 1 de outubro de 2011

"Os Toiros são a Festa mais culta que existe"

«Creo que los toros es la fiesta más culta que hay hoy en el mundo» (F.G. Lorca)

Só porque Lorca disse devemos todos seguir a imbecilidade?

"Eu compreendo perfeitamente que haja quem não goste de corridas de touros. Respeito isso.
Não compreendo, nem aceito a mobilização para as proibir. Compreendo que não se entenda o que se passa numa corrida e que não se consiga ver, nm perceber a beleza que atrai os aficionados. Mas já não compreendo que se insulte o que não se entende.
Quem não gosta de touradas pode, ao menos, ter o mínimo de objectividade e de respeito pelas outras pessoas, para ver e reconhecer que aqueles que gostam e estão a assistir não são "bárbaros", nem "selvagens", nem "sádicos". Mas apenas pessoas que gostam de touradas, que gostam do bailado a galope do cavalo e cavaleiro, que gostam das sortes e suas surpresas, que gostam da bravura e raça do toiro, que gostam da coragem e garbo dos forcados, que gostam do bailado à beira do absoluto risco do toureio a pé, que gostam da cor, da música, do cheiro, da emoção, da incerteza, do ambiente, da festa.
A mobilização para a proibição das touradas radica na ideia de que é legítimo impor uma ditadura do gosto ou uma tirania da sensibilidade oficial. Não é.
Aqueles que se auto-defendem afirmando tradições a que pertencem e que continuam protegem e afirmam alguns dos bens mais preciosos de qualquer civilização e sociedade: Liberdade e Cultura.
A "gente dos toiros" pertence ao mundo rural. E é justamente no mundo rural (ou no mar) que a relação entre homem e animal é mais pura e genuína, mais próxima e mais amiga, mais natural e mais livre.
O modo como as comunidades humanas se relacionam com os animais não é uniforme em todo o mundo e varia com latidudes e longitudes. Varia também com os animais. Isso faz parte da própria cultura dos povos, que são diferentes: os povos e as culturas.
É um absurdo querer impor um padrão único. E é um abuso confundir e equiparar o sofrimento humano com "sofrimento animal". Isso levar-nos-ia a extremos caricatos - quanto à pesca, à gastronomia, à criação animal para alimentação, àquilo que fazemos a espécies animais que, na nossa cultura, degradamos, como répteis ou insectos.
As corridas de toiros marcam a relação homem/toiro no modo próprio das culturas que as criaram e desenvolveram. O direito e a liberdade de as realizar e continuar merecem ser afirmados. São actos de Liberdade e de Cultura."

"Dois comentários adicionais apenas.
(1) Quando associo as corridas de toiros a mundo rural, estou totalmente consciente de que há muita gente urbana que as aprecia e segue.
(2) O erro básico de muitos dos ataques contra as touradas é assumir que correspondem a "o ser humano poder retirar prazer do sofrimento de um animal".
As touradas não têm nada a ver com isso. São outra coisa. Nem é isso que toureiros, cavaleiros e forcados fazem, nem é isso que o público afiionado está a ver. Compreendendo embora quem não gosta, a verdade é que olhar assim as touradas é o mesmo que olhar o futebol apenas pelas sarrafadas, caneladas, rasteiras e cotoveladas que acontecem. Chega a haver pernas partidas e lesões gravíssimas. Mas o futebol não é isso."

Publicado no dia 30 de setembro de 2011 na página de José Ribeiro e Castro
Grupo Parlamentar do CDS-PP

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

“Se investíssemos em ciência como investimos em futebol seríamos os melhores do mundo”

Carlos Lima Costa reside em Vila Franca de Xira e é investigador e neurologista no Hospital de Egas Moniz em Lisboa


fotoÉ na pacata localidade do Badalinho, em Vila Franca de Xira, que vive um dos médicos e investigadores portugueses mais reconhecidos internacionalmente. Carlos Lima Costa, neurologista e investigador no Hospital de Egas Moniz em Lisboa, é coordenador de uma equipa responsável por devolver aos doentes paraplégicos e tetraplégicos a possibilidade de voltar a caminhar através de uma técnica inovadora que usa células da mucosa olfactiva para tratar lesões da medula espinal. Chegou a Vila Franca de Xira na juventude, foi premiado pelo seu trabalho em várias partes do mundo e recebeu o prémio de mérito cultural da cidade de Vila Franca em 2005. Nesta entrevista diz-se alarmado com a fuga de jovens investigadores para o estrangeiro, lamenta que Portugal seja um país que não olha para a ciência e confessa que Vila Franca de Xira anda deprimida. Para Carlos Lima o novo hospital da cidade é uma mais-valia. Só lamenta que tenha gestão privada.

Trabalha desde Junho de 2001 no desenvolvimento de uma técnica que permite que pessoas tetraplégicas e paraplégicas voltem a recuperar os movimentos. Como se chega a este resultado?

Com muito trabalho e dedicação, ainda hoje continuamos a aperfeiçoar a segurança e a eficácia do procedimento. Nós fazemos um transplante de células do tecido do nariz, que sabemos ser um tecido que continua a produzir neurónios novos no estado adulto e colocamos na zona da lesão da medula espinal. Mas só isso não chega para que a pessoa se levante da cadeira. Além da operação é preciso fazer muitos anos de reabilitação a seguir. Um doente que faça esses exercícios com regularidade volta a caminhar. Fomos os primeiros investigadores no mundo a demonstrar isso e foi quando tivemos a maior projecção internacional, em 2003.

Quantos doentes já se submeteram ao vosso tratamento experimental?

Até hoje já operámos 150 doentes e continuamos a monitorizá-los. De todos eles cerca de um terço já consegue andar com o auxílio de um andarilho, o que é uma grande evolução face à cadeira de rodas. Mas por enquanto ainda não temos nenhum que ande sozinho sem apoio. Actualmente temos várias colaborações em curso com outros países, um deles com a universidade de Osaka, no Japão, e vamos iniciar outra colaboração em breve na Nova Zelândia.

Esta intervenção pode ser feita a qualquer pessoa ou existem requisitos especiais?

Não. Existem regras e o projecto ainda tem limitações. Filtramos a quantidade de doentes que podem entrar no estudo. Mas mais tarde ou mais cedo será possível fazer esta operação em qualquer hospital da União Europeia.

E quanto vai custar?

A operação em si é gratuita para os doentes portugueses porque é comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde. Os doentes estrangeiros já têm que pagar. Demora entre quatro a cinco horas. O problema é que os hospitais portugueses não estão virados para a investigação, estão virados para a assistência e isso dificulta-nos a vida.

Portugal não é país para investigadores?

De maneira nenhuma. Até é muito difícil investigar em Portugal porque as coisas não estão feitas para isso. É como remar contra a maré. Somos muito limitados, não temos os meios que os outros têm, como é o caso dos Estados Unidos. Trabalhamos com grupos de lá. Curiosamente o último doente que tivemos foi um veterano da guerra do Afeganistão que foi operado no nosso hospital e voltou para os Estados Unidos.

Nos últimos anos os nossos jovens investigadores têm abandonado o país…

Isso é algo dramático que vai sair muito caro a Portugal. Temos uma fuga de cérebros impressionante porque aqui não há condições. Tenho estado em contacto com muitos jovens investigadores que me pedem a possibilidade de voltar e não posso oferecer nada porque um hospital público não está desenhado para isso. Talvez quando o conceito da Europa avançar e funcionarmos como comunidade isso seja possível...

O que se poderia fazer para travar essa fuga de jovens cérebros?

Temos de investir. No que é que somos bons? É no futebol. Eu vou a qualquer lado e de Portugal só me falam do Ronaldo e do Mourinho. Se se investisse em ciência como se investe em futebol garanto-lhe que teríamos grandes cientistas e seríamos os melhores do mundo. A ciência pode dar lucro mas não no imediato. É mais complicada que o futebol e não alimenta as massas. E elas teriam de se elevar intelectualmente para poder compreender o que é a ciência. Infelizmente somos um país que não olha para a ciência. Temos de começar a incutir nas crianças e na escola a importância da ciência. Temos de começar a atrair mais jovens para ela. Que é o que não está a ser feito.

A sua equipa foi recebida no Vaticano pelo Papa há pouco tempo. A religião ainda atrapalha a ciência?

Não acho. Temos muitos católicos que são cientistas. A religião já não colide connosco. Pensou-se que assim seria porque a ciência poderia dar resposta a um conjunto de perguntas que todos fizemos e não as deu. Nem nunca saberemos se vai dar. Por isso aprendemos a viver cada um no seu canto. A religião vive a sua vida e nós vivemos a nossa.

É um crítico das células embrionárias. Estamos a assistir a um embuste da medicina?

Os proponentes das células embrionárias, a maioria dos Estados Unidos, passam a vida a dizer que daqui a 10 anos vão ter resultados. Eu estou contra essas células não apenas por aspectos morais ou éticos mas porque elas não funcionam. As células embrionárias foram feitas para fazer bebés. Quem não compreender isto não vai a lado nenhum. Podem ter algum efeito mas é um efeito indirecto. Por exemplo, se as crianças têm paralisia cerebral, resultado de uma lesão que foi provocada por falta de sangue e se vamos introduzir células que vão fazer novos vasos é natural que haja alguma melhoria. Mas para reparar o sistema nervoso você precisa de células estaminais do sistema nervoso e essas serão as do nariz, como temos provado. Temos de pensar como é que a natureza funciona e fazer o nosso trabalho de acordo com as leis da natureza.

Cultivar células em laboratório era algo que sonhava fazer?

Sempre tive muito interesse no estudo da mucosa olfactiva. A dada altura decidi avançar com investigação. Já publiquei dois trabalhos sobre este processo. Tenho a noção que tenho um trabalho completamente diferente da maioria das pessoas. Trabalho oito horas por dia mas às vezes tenho de fazer umas horas a mais quando temos doentes ou quando estamos a investigar. Neste momento estou um pouco preocupado porque é fim-de-semana e tenho um cultivo de células em curso no hospital. Elas são como as flores, temos de estar sempre atentos senão algo corre mal. E o fim-de-semana preocupa-me sempre porque não temos lá ninguém.

Agora que já têm os primeiros resultados desta experiência já têm outra em mente para o futuro?

É importante que comecemos a usar estas células para outro tipo de doenças. Começámos agora um pequeno ensaio exploratório em doentes com esclerose lateral amiotrófica, que é a doença que vitimou o Zeca Afonso. É uma doença terrível. Estamos a fazer um esforço com essas células dadas a esses doentes. Embora ainda seja precoce avançar com resultados estamos satisfeitos com as primeiras indicações.

É um investigador que trabalha num hospital público. Sente a pressão dos grupos privados?

Nesse campo sentimos muita concorrência com esses grupos americanos que são extremamente fortes e querem fazer crer que as células embrionárias é que vão resolver muitos problemas. Falo de grupos farmacêuticos mas também de empresas ligadas à biotecnologia. O problema é que as pessoas vêem demasiados filmes e vivem num mundo virtual que não tem nada a ver com a realidade.

Já foi convidado para integrar um grupo privado mais poderoso?

Se quisesse ir para os Estados Unidos tinha vários sítios por onde escolher. Hoje em dia graças à internet perdemos a ideia de periferia. Podemos estar em todo o lado do Mundo. Acho que é possível continuar a trabalhar aqui colaborando com o estrangeiro.

Registou recentemente uma patente que lhe permite trabalhar em Portugal.

Sim, tem a ver com os reagentes que se usam para cultivar essas células olfactivas. Fomos nós que descobrimos a maneira de fazer, ou seja, o cozinhado que é preciso para que essas células se possam cultivar. Há uma semelhante nos Estados Unidos e outra na Austrália mas nós temos diferenças em relação a qualquer uma delas, sobretudo na forma de colheita do tecido e da maneira como o cultivamos. Recolhemos sempre em pessoas vivas.


Limitou-se demasiado o número de médicos

No concelho de Benavente existe uma grave carência de médicos que tem prejudicado o atendimento aos doentes. A classe médica tem lidado mal com este problema?

Não podemos fechar os olhos e ignorar os problemas. Há falta de médicos. Tivemos uma política muito errada durante anos e ainda continuamos a ter que é uma limitação nos números de médicos que lançamos para o mercado anualmente. Essa limitação na formação é errada e acho que devíamos dar acesso a toda a gente que queira ser médico, para poder estudar e tirar o curso. Depois logo se veria, a filtragem seria feita depois e não antes. Este procedimento actual levou-nos ao actual estado de coisas. Perdemos nestes anos todos imensos médicos que poderiam ter dado excelentes clínicos. Custa-me também ver os médicos que se reformam logo aos 50 anos e deixam de servir a causa pública.

Se todos ganhavam por que motivo os médicos têm continuado a insistir no anterior modelo?

Não sei. Esta é a minha opinião e é o que acontece noutros países como na Alemanha e Espanha. Primeiro tiram o curso e depois é que entram na concorrência. Ganha-se sempre porque mesmo tendo profissionais que não ficam aqui podem ir trabalhar para outros países onde são muito necessitados. Já não falo na Líbia mas em Angola ou em outros países são necessários.

Como vê o nascimento de um novo hospital em Vila Franca de Xira?

Um dos problemas da cidade foi sempre o velho hospital que não tinha condições físicas para funcionar. O director clínico, Carlos Rabaçal, além de ser um grande amigo, é um excelente profissional e vai fazer um óptimo trabalho.

E concorda com a gestão privada do Grupo Mello?

Choca-me um bocadinho mas apesar de tudo temos de ver quais são os condicionamentos para que se tivesse optado por essa solução. Pelo que sei as coisas nem estão a correr mal. Só o futuro o dirá.

O que acha da localização?

É razoável. É um pouco afastado mas hoje em dia um hospital grande não deve ficar no centro de uma cidade mas sim nas redondezas. Por uma questão prática de espaço.


Células e Rock & Roll

António Carlos Viana Lima Costa nasceu em 1955 em Ponte da Barca. Chegou a Vila Franca ainda na juventude quando o pai foi nomeado para chefiar os correios da cidade. Vivia no próprio edifício dos CTT. Hoje vive numa casa mais espaçosa no Badalinho porque confessa ser uma pessoa recatada que não gosta de se expor. Fez uma especialidade de neuropatologia - o estudo do cérebro “anormal”, como diz - e há cerca de dez anos iniciou a investigação de reparação da medula espinal com células do nariz em doentes paraplégicos e tetraplégicos. A sua equipa foi a primeira no mundo a tentar o feito clínico, o que foi alcançado com sucesso. “Nessa altura ainda se começava a falar dos primeiros transplantes de células estaminais”, explica. Já teve dois artigos publicados em revistas internacionais de ciência.

Desloca-se todos os dias de carro para Lisboa e durante a viagem ouve as notícias. Tem um piano na sala onde nos concedeu a entrevista e um busto de Beethoven. Contudo assume-se como um fã de rock pesado. Deep Purple, Whitesnake ou ZZ Top.

“Quando era novo montei com uns amigos um grupo musical em Vila Franca, os Erupção, na altura tocávamos tudo e mais alguma coisa”, conta. Era o vocalista e foi o único a enveredar pela medicina. Os colegas de banda ainda hoje são músicos de profissão. Vasco Gil (pianista), Tó Andrade (baixista) e Carlos Augusto (guitarrista).

Nos tempos livres gosta de nadar. Garante que é o seu hobby favorito. “De resto tenho tanta coisa para fazer que acabo sempre em coisas ligadas à profissão, leio muito”, partilha. Na sua biblioteca tem, além dos livros, as várias distinções que recebeu, incluindo a da cidade de Vila Franca de Xira, em 2005. O que o irrita solenemente é a estupidez. “Às vezes vejo coisas tão aberrantes e estúpidas que custa a acreditar que estejam a acontecer à minha volta”, diz. Custa-lhe ver o estado a que o país chegou. Foi um partidário do 25 de Abril que viveu fervorosamente a revolução mas que hoje está desiludido. “E andei de cravo ao peito”, confessa.

Não é um fã de touradas embora dê valor à tradição da festa brava. “Compreendo que há uma tradição e que as coisas não podem ser terminadas de um momento para o outro. Mas a Catalunha já aboliu as touradas portanto há aqui alguma coisa que está a mudar. Acho a tourada portuguesa mais humana ao não matarmos o toiro e ao colocar os forcados e o toiro em conflito directo, honesto e claro”, defende.


Vila Franca de Xira é uma cidade “deprimida” que precisa de ideias novas

Vila Franca de Xira é uma cidade “deprimida a todos os níveis”, na opinião de Carlos Lima Costa. “Eu estive na Alemanha em 1995 e quando voltei fui ao centro comercial que nasceu em frente ao tribunal. Aquilo era uma festa tremenda, sentia-se uma emoção. Hoje vamos ao centro e ficamos muito preocupados. Compreendo que não é a presidente da câmara que tem a culpa porque há muitos factores externos a Vila Franca mas há coisas que me custam a ver”, refere a O MIRANTE.

O médico e investigador considera que Maria da Luz Rosinha foi determinante em muitos aspectos da política municipal e do desenvolvimento da cidade mas lamenta que hoje em dia só venha à cidade quem precisa. “Para atrair as pessoas temos que oferecer alguma coisa que seja única e de momento não temos muito. A parte relacionada com os cavalos atrai muita gente, Vila Franca tem experiência e muito para mostrar nesse campo. A tauromaquia a mesma coisa. Mas há que pensar em coisas de futuro. É preciso ideias novas”, refere.

Quando tem que deslocar-se ao centro da cidade vai de mota para evitar o trânsito e estacionar com mais facilidade. O clínico defende que quando as obras de requalificação da frente ribeirinha estiverem concluídas a cidade vai ganhar qualidade de vida. “Não esqueço as raízes minhotas mas vivo em Vila Franca há tantos anos que já me considero um vilafranquense”, refere.


O Mirante


Morreu o investigador Carlos Lima Costa

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sangue e emoção(????) em Vila Franca III

 Quatro feridos ligeiros nas largadas do Colete Encarnado (2011)

As largadas de toiros do Colete Encarnado 2011 originaram quatro feridos ligeiros. Segundo António Pedro Lopes, comandante dos Bombeiros de Vila Franca de Xira, a corporação assistiu e transportou ao Hospital Reynaldo dos Santos dois feridos ligeiros colhidos na largada de sábado e outros dois no decorrer da largada da manhã de domingo. Tudo situações sem gravidade de maior. Os bombeiros vila-franquenses assistiram igualmente 4 pessoas que se sentiram mal quando se encontravam nas bancadas a assistir aos espectáculos do Colete Encarnado. Houve ainda um ou dois casos de transporte para assistência de indivíduos mais embriagados mas, segundo Pedro Lopes, esta terá sido uma das edições mais calmas dos últimos anos no que diz respeito ao trabalho dos bombeiros.  

in 'Voz Ribatejana'

terça-feira, 5 de julho de 2011

Touradas em Portugal

Nas touradas ditas á portuguesa, os touros sofrem tanto como nas francesas e espanholas, embora os toureiros digam o contrário.
Os cavaleiros que actuam nas touradas á portuguesa, treinam em praças privadas, torturando inúmeros touros. Também obrigam os cavalos a árduos treinos para que os mesmos se tornem dóceis e obedientes.
Nas touradas á portuguesa, o touro é brutalmente expulso do curro para a arena onde tem que enfrentar o cavaleiro que lhe espetará várias bandarilhas.
Devido ao enorme sofrimento, o touro tenta sem sucesso perseguir o cavaleiro , pois é a sua única defesa, mas claro quem acaba por sofrer os seus "ataques"é o cavalo, apesar de o touro ter os cornos embolados.


Quando o touro está exausto, com o tórax perfurado por várias bandarilhas que lhe causam dores atrozes, uma vez que destroem os muscúlos, entram na arena os forcados. Estes homens desafiam o touro e quando o mesmo investe uma vez mais para se defender, atiram-se contra ele numa tentativa de o imobilizar. Um deles agarra o rabo do touro , puxando o mesmo.


Depois da pega, o touro regressa ao curro onde aguardará numa tremenda agonia a abertura do matadouro (as bandarilhas são arrancadas a força do seu corpo deixando enormes buracos e feridas).
É frequente o uso de sal nas feridas após a retirada das bandarilhas, como forma de tratamento! uma vez que muitos destes touros são posteriormente utilizados noutras touradas.


AÇORES

Nas touradas realizadas nos Açores aparece a figura do picador espanhol, tal como nas touradas espanholas. A lei portuguesa nº19/2002 de 31 de Julho, artigo 3º, nº 3 proíbe expressamente a sorte de varas , mas como habitualmente , as autoridades nada fazem.



"FESTAS POPULARES"

Touro á corda
Uma corda é atada aos cornos do touro e este é largado nas ruas. Uma multidão persegue o mesmo, usando todos os meios para o torturar. Como exemplo mais conhecido, o touro á corda de Ponte de Lima (zona norte).
Também os Açores primam pela mesma barbaridade.

Largadas/Esperas de touros
Várias aldeias ou vilas no Ribatejo têm estas "festas" durante o Verão. Os touros são largados nas ruas para serem perseguidos e martirizados por populares. Não raramente vários acidentes ocorrem e várias pessoas são gravemente feridas ou mortas.


Capeias (região de Guarda)
As capeias são uma barbaridade muito sui generis praticada na região da Guarda.
Vários homens escudados por uma armação pontiaguda feita com toros de madeira, chamada forcão, enfrentam com "bravura" um touro.



Chegas de bois
Estas lutas, são prática comum na região de Trás-os-Montes, e a luta é travada entre dois bois de raça barrosã. A luta termina quando um dos bois vence o outro.





"Festas populares" em pequenas vilas com morte dos touros

Barrancos
Muito conhecida esta vila de 3000 habitantes, que todos os anos em Agosto , nas festas em honra da Santa Padroeira da vila, matam durante três dias 6 touros e uma vaca. A matança é sempre feita por aprendizes de matadores espanhóis. A tourada é feita na praça central da vila, numa arena montada para a ocasião. Os touros são toureados por toureiros/matadores espanhóis que após espetarem várias bandarilhas no touro, tentam matá-lo com a espada (algumas vezes após dez ou onze tentativas).
Estas touradas estavam proibídas desde 1928, no entanto em 11 de Julho de 2002, a Assembleia da República decidiu legalizá-las, após o recado dado pelo Presidente Aficionado da República Portuguesa , aquando da sua visita áquela vila.
Outras aldeias tais como Aldeia da Luz e Monsaraz, também matam o touro. Uma vez mais desrespeitando completamente a lei.

Monsaraz 2010
Elementos da Comissão de Festas escondem-se por debaixo de uma lona preta para matar o touro e assim evitarem ser identificados pela GNR.

Espectadores com crianças de tenra idade tocam o touro morto ilegalmente.



Câmaras Municipais que apoiam e patrocinam touradas em Portugal.
Protestem: Enviem emails/cartas/faxes

ALANDROAL
Câmara Municipal do Alandroal
Praça da República
7250 - 116 Alandroal
Portugal
Fax: 00 351 268440042
Email: cm-alandroal@mail.telepac.pt


ALBUFEIRA
Câmara Municipal de Albufeira
Rua do Município
8200-863 Albufeira
Portugal
Fax: 00-351- 289 599 511
Email: presidencia@cm-albufeira.pt
geral@cm-albufeira.pt


ALCACÉR DO SAL
Câmara Municipal de Alcácer do Sal
Praça Pedro Nunes
7580-125 Alcácer do Sal
Portugal
Fax: 00-351- 265 610 059
Email: chefe.gap@m-alcacerdosal.pt


ALCOCHETE
Câmara Municipal de Alcochete
Paços do Concelho - Largo de S.João
2894 - 001 Alcochete
Portugal
Fax: 00-351 - 212 348 690
Email: geral@cm-alcochete.pt


ALJUSTREL
Câmara Municipal de Aljustrel
Av. 1º de Maio
7600 - 010 Aljustrel
Portugal
Fax: 00 - 351 - 284 601 611
Email: jfaljustrel@mail.telepac.pt


ALMEIRIM
Câmara Municipal de Almeirim
R. 5 de Outubro
2080-052 Almeirim
Portugal
Fax - 00-351 - 243 594 138
Email: assembleia.cma@almeirimdigital.com


ALTER DO CHÃO
Câmara Municipal de Alter do Chão
Largo do Município
7440-026 Alter do Chão
Portugal
Fax: 00 - 351 - 245 612 431
Email: geral@cm-alter-chao.pt


ARRONCHES
Câmara Municipal de Arronches
Praça da República- Apartado 8
7340-012 Arronches
Portugal
Fax: 00 - 351 - 245 580 081
Email:cmarronches@ptnetbiz.pt


ARRUDA DOS VINHOS
Câmara Muncipal de Arruda dos Vinhos
Largo Miguel Bombarda
2630-112 Arruda dos Vinhos
Portugal
Fax: 00-351-263 976 586
Email: presidente@cm-arruda.pt
cm-arruda@cm-arruda.pt


AZAMBUJA
Câmara Muncipal da Azambuja
Praça do Município, nº 19
2050-315 Azambuja
Portugal
Fax: 00-351-263 401 271
Email : gap@cm-azambuja.pt
geral@cm-azambuja.pt


BARRANCOS
Câmara Municipal de Barrancos
Praça do Município, 2
7230 - 030 Barrancos
Portugal
Fax: 00-351-285 950 638
Email:geral@cm-barrancos.pt


BEJA
Câmara Municipal de Beja
Praça da República
7800-427 Beja
Portugal
Fax: 00 - 351 - 284 322 300
Email:geral@cm-beja.pt


CARTAXO
Câmara Municipal do Cartaxo
Praça 15 de Dezembro
2070-050 Cartaxo
Portugal
Fax: 00-351- 243 700 269
Email:gap@cm-cartaxo.pt


ELVAS
Câmara Municipal de Elvas
Rua Isabel Maria Picão - Apartado 70
7350-953 Elvas
Portugal
Fax: 00-351 - 268 624 334
Email:gabinete.informacao@cm-elvas.pt


ESTREMOZ
Câmara Municipal de Estremoz
Rossio Marquês de Pombal
7100-513 Estremoz
Portugal
Fax: 00-351- 268 332 663 /268 334 010
Email:cmestremoz@cm-estremoz.pt


ÉVORA
Câmara Muncipal de Évora
Praça do Sertório
7000-509 Évora
Portugal
Fax: 00-351- 266 702 950
Email: cmevora@mail.evora.net


FIGUEIRA DA FOZ
Câmara Municipal da Figueira da Foz
Av.Engº Saraiva de Carvalho
3084-501 Figueira da Foz
Portugal
Fax: 00-351- 233 403 310
Email: municipe@cm-figfoz.pt


IDANHA-A-NOVA
Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
Largo do Município
6060-163 Idanha-a-Nova
Portugal
Fax: 00 -351- 277 202 723/277 200 580
Email:cmidanha@iol.pt


LAGOS
Câmara Municipal de Lagos
Edifício dos Paços do Concelho
Praça Gil Eanes
8600-668 Lagos
Portugal
Fax: 00-351- 282 769 317
Email: cmlagos@mail.telepac.pt
expediente.geral@cm-lagos.pt


LISBOA
Câmara Municipal de Lisboa
Praça do Município,1º
1100-365 Lisboa
Portugal
Fax: 00-351-213 236 259
Email: aml@cm-lisboa.pt
gab.presidencia@cm-lisboa.pt


MOITA
Câmara Municipal da Moita
Praça da República
2864-007 MOITA
Portugal
Fax: 00-351-212894928
Email:cmmoita@cm-moita.pt


MONFORTE
Câmara Municipal de Monforte
Praça da República - Apartado 4
7450-115 Monforte
Portugal
Fax: 00-351- 245 573 423
Email:cmmonforte@mail.telepac.pt


MONTIJO
Câmara Muncipal do Montijo
R. Manuel Neves Nunes de Almeida
2870-352 Montijo
Portugal Fax: 00-351-212327608
Email:geral@mun-montijo.pt


MOURA
Câmara Municipal de Moura
Praça Sacadura Cabral
7860-207 Moura
Porugal
Fax: 00-351-285 251 702
Email:cmmoura@cm-moura.pt


NAZARÉ
Câmara Municipal da Nazaré
Av.Vieira Guimarães, 54
2450-951 Nazaré
Portugal
Fax: 00-351- 262 550 019
Email: presidente@cm-nazare.pt


NISA
Câmara Muncipal de Nisa
Praça do Municipio 6050-999 Nisa
Portugal
Fax: 00-351-245 412 799
Email:geral@cm-nisa.pt


PORTALEGRE
Câmara Muncipal de Portalegre
R.Guilherme Gomes Fernandes, n.72
7300 - 186 Portalegre
Portugal
Fax: 00-351-245 307 470
Email:municipio@cm-portalegre.pt


PÓVOA DO VARZIM
Câmara Municipal da Póvoa do Varzim
Praça do Almada
4490-438 Póvoa do Varzim
Portugal
Fax: 00-351- 252 611 140
Email: pvarzim@cm-pvarzim.pt


REGUENGOS DE MONSARAZ
Câmara Muncipal de Reguengos de Monsaraz
Praça da Liberdade
7200-370 Reguengos de Monsaraz
Portugal
Fax : 00-351- 266 508 059
Email:geral@cm-reguengos-monsaraz.pt


SABUGAL
Câmara Muncipal do Sabugal
Praça da República
6324-007 Sabugal Portugal
Fax: 00-351- 271 753 408
Email:geral@cm-sabugal.pt




SALVATERRA DE MAGOS
Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
Praça da República
2120-072 Salvaterra de Magos
Portugal
Fax. 00-351- 263 500 029
Email: c.m.salvaterramagos@mail.telepac.pt


SANTARÉM
Câmara Municipal de Santarém
Praça do Município
2000-027 Santarém
Portugal
Fax: 00-351- 243 304 299
Email: press@cm-santarem.pt




SETÚBAL
Câmara Municipal de Setúbal
Paços do Concelho
2901-866 Setúbal
Portugal
Fax: 00-351- 265 541 546
Email:gapc@mun-setubal.pt


SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
Câmara Muncipal de Sobral de Monte Agraço
Praça Dr. Eugénio Dias, 4
2590-016 Sobral de Monte Agraço
Portugal
Fax: 00-351-261 940 310
Email:geral@cm-sobral-monte-agraco.pt


SOUSEL
Câmara Municipal de Sousel
Praça da República, 1
7470-220 Sousel
Portugal
Fax: 00-351-268 550 115
Email:geral@cm-sousel.pt


VILA FRANCA DE XIRA
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Praça Afonso de Albuquerque,2
2600-093 Vila Franca de Xira
Fax: 00-351- 263 276 002
Email: presidencia@cm-vfxira.pt
gap@cm-vfxira.pt
gabimprensa@cm-vfxira.pt


VILA NOVA DA BARQUINHA
Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
Praça da república
2260-411 Vila Nova da Barquinha
Fax: 00-351- 249 720 368
Portugal
Email: presidente@cm-vnbarquinha.pt


VILA VIÇOSA
Câmara Municipal de Vila Viçosa
Praça da República
7160-207 Vila Viçosa
Portugal
Fax:00-351- 268 980 604
Email:geral@cm-vilavicosa.pt
cultura@cm-vilavicosa.pt


AÇORES


ANGRA DO HEROÍSMO
Câmara Municipal de Angra do heroísmo
Praça Velha
9701 - 857 Angra do Heroísmo
Açores
Portugal
Fax: 00-351- 295 212 107
Email:angra@cm-ah.pt


GRACIOSA
Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa
9880-352 Santa Cruz da Graciosa
Açores
Portugal
Fax. 00-351- 295 732 300
Email: presidente@cm-graciosa.pt
geral@cm-graciosa.pt


S.JORGE
Câmara Municipal da Calheta
Rua 25 de Abril
9850-032 Calheta (S.Jorge)
Açores
Portugal
Fax: 00 - 351- 295 416 437
Email:cmcalheta@hotmail.com


Fonte: IMAB/IWAB

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eurodeputados acusam: Portugal utiliza fundos Europeus para financiar a tauromaquia

Em 2011
por filipehenriques
A Catalunha deu um exemplo importante (apesar de não ser a primeira região de Espanha a fazê-lo) ao proibir as corridas de touros. Agora, dois dos seus eurodeputados, questionam a Comissão Europeia sobre a legitimidade de Portugal utilizar fundos europeus para financiar a tauromaquia. Esses deputados são Oriol Junqueras (do partido Esquerra Republicana de Catalunya) e Raül Romeva (do partido Iniciativa per Catalunya-Verds), e a Comissão Europeia liderada por Durão Barroso tem entre 3 a 6 semanas para responder.
A primeira pergunta tem a ver com o uso de fundos europeus de desenvolvimento rural para obras em instalações taurinas e diz:
O Programa operacional para o desenvolvimento e diversificação económica das zonas rurais (PRODER) destina-se a apoiar e ajudar o sector rural em diferentes territórios europeus. No entanto, cidadãos alertaram-nos para o facto de em regiões como o Alentejo, em Portugal, mais concretamente na freguesia de Santo António das Areias, as autoridades terem utilizado fundos europeus não para apoiar essa zona rural mas para realizar obras de reabilitação de uma praça de touros, as quais já foram inauguradas e se estima terem ascendido a cerca de 41 000 euros.
Esta freguesia recorreu a fundos destinados ao fomento do desenvolvimento rural e, por extensão, à valorização da sua comunidade rural e ao apoio do trabalho digno dos trabalhadores das zonas rurais para realizar obras em instalações cuja única função consiste em oferecer espectáculos sangrentos tão contestados em toda a Europa. Esta utilização de dinheiros públicos para financiar a reabilitação de uma praça de touros constitui, simultaneamente, uma falta de respeito relativamente às regiões europeias onde se verificam maiores desigualdades económicas, que necessitam destes fundos para obras, projectos e infra estruturas inadiáveis.
É lamentável que um país com graves dificuldades económicas e que foi objecto de um duro resgate financeiro por parte da União Europeia, como Portugal, possa aceder a dinheiros públicos para reabilitar praças de touros, o que não é uma prioridade económica, para além de o espectáculo tauromáquico ser questionado, do ponto de vista ético, por uma ampla maioria da população europeia.
A Comissão tem conhecimento deste financiamento de instalações para espectáculos tauromáquicos com fundos destinados ao desenvolvimento rural? Considera reprovável que instalações tauromáquicas sejam financiadas com fundos comunitários? A reabilitação desta praça de touros é conforme ao Tratado de Lisboa, nomeadamente às suas disposições relativas ao bem-estar animal? A Comissão tem conhecimento de outras utilizações de fundos europeus em obras e projectos relacionados com a tauromaquia?
A segunda pergunta é sobre a utilização de fundos europeus para a reabilitação da praça de touros de Azambuja, e diz:
No passado dia 20 de Abril, responsáveis da Câmara Municipal da Azambuja anunciaram que a actual praça de touros vai ser reabilitada com fundos da União Europeia. A obra, a executar pela empresa municipal de infra‑estruturas, implica um custo de cerca de 600 000 euros. Parte desse dinheiro virá do programa comunitário POLIS, pois a Câmara Municipal da Azambuja recebeu 2,5 milhões de euros deste programa para melhorar a qualidade de vida nas cidades através de intervenções nas vertentes urbanística e ambiental, incluindo a construção de escolas em Alcoentre e na Azambuja; no entanto, parece que os fundos foram desviados para fazer obras na praça de touros.
Foram muitas as pessoas e as organizações que denunciaram esta situação, em que, aparentemente, fundos destinados à promoção da educação e à melhoria da futura situação da infância local estão a ser desviados para a reabilitação de uma praça de touros dedicada a um espectáculo que a maioria da sociedade portuguesa condena.
A Comissão Europeia tem conhecimento da situação na Azambuja? Considera correcto que os Estados‑Membros reabilitem praças de touros com fundos europeus em vez de os aplicar em finalidades conformes ao objectivo do referido programa? Tenciona a Comissão introduzir algum controlo específico para garantir que os fundos comunitários são efectivamente utilizados de acordo com o objectivo para que foram programados e a que se destinam?


Fonte: realrepublicablog

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DENÚNCIA: “Portugal utiliza fundos Europeus para financiar a tauromaquia”

“Portugal utiliza fundos Europeus para financiar a tauromaquia” - Eurodeputados | © DR 
15 | 06 | 2011
Dois deputados catalães, Raul Romeva (ICV) e Oriol Junqueras (ERC), pediram hoje à Comissão Europeia para parar o financiamento às instalações taurinas em Portugal com fundos comunitários do desenvolvimento rural. 
Os deputados acusam a Portugal de utilizar recursos para obras de desenvolvimento rural em instalações de tourada e preparam já uma série de perguntas a realizar na comissão:
A Comissão tem conhecimento deste financiamento de instalações para espectáculos tauromáquicos com fundos destinados ao desenvolvimento rural? Considera reprovável que instalações tauromáquicas sejam financiadas com fundos comunitários? A reabilitação desta praça de touros é conforme ao Tratado de Lisboa, nomeadamente às suas disposições relativas ao bem-estar animal? A Comissão tem conhecimento de outras utilizações de fundos europeus em obras e projectos relacionados com a tauromaquia?.” 
Para os dois deputados o uso de dinheiro público para financiar a reforma de uma praça de touros “implica uma falta de respeito para com as regiões europeias com maior desigualdade económica e que necessitam de tais fundos para realizar obras de infra-estrutura e projectos necessários”.

Destak.pt



Nota de VFXAT:
Foram muitas as pessoas e as organizações que denunciaram esta situação, em que, aparentemente, fundos destinados à promoção da educação e à melhoria da futura situação da infância local estão a ser desviados para a reabilitação de uma praça de touros dedicada a um espectáculo que a maioria da sociedade portuguesa condena.

É lamentável que um país, como Portugal, com graves dificuldades económicas e que foi objecto de um duro resgate financeiro por parte da União Europeia possa aceder a dinheiros públicos para reabilitar praças de touros, que não é uma prioridade económica, para além de o espectáculo tauromáquico ser questionado, do ponto de vista ético, por uma ampla maioria da população europeia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

TOURADAS EM PORTUGAL - Escolas de Tortura - A “ARTE” DE TORTURAR E MATAR

ESCOLAS DE TOUREIO – APRENDER A TORTURAR

Os futuros toureiros começam de tenra idade a ser preparados nestes antros de tortura aos quais se dá o nome de "escolas" de toureio.
Nestas escolas com a conivência dos pais começam bem cedo 6/7 anos a aprender como se torturam animais. Muitos deles acabam por abandonar os estudos para se dedicarem a esta suposta profissão. Tendo em conta a alta taxa de abandono escolar que se verifica no nosso país, muitos deles não chegam a completar a escolaridade obrigatória.

Muitas destas crianças provêm de familías com escassos recursos económicos que veem nesta "profissão" um modo de os seus filho/as atingirem fama, posição social e sobretudo ganharem dinheiro, muito dinheiro.

Começam por aprender toureio de salão que consiste na simulação de uma lide de capote e muleta em que o candidato a toureiro desenha lances com o capote e passes com a muleta.
Para os treinos é usada a chamada “tourinha”.



Mais tarde começam a treinar com bezerras e novilhos nas chamadas aulas práticas.
As aulas práticas passam também por visitas a ganaderias para participação em tentas.
No nosso país não há idade limite para tourear e muitas destas crianças começam a tourear em praças de touros aos 12 anos de idade.

Foto gentilmente "oferecida" pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira 
De acordo com dados fornecidos pelos tauromafiosos o nosso país contabiliza 8 escolas de toureio, Vila Franca de Xira, Moita, Azambuja, Santarém, Golegã, Palmela, Almeirim e Coruche.
Estas escolas são financiadas com os nossos impostos, nomeadamente através das Câmaras Municipais.
Uma das "escolas" de toureio mais conhecidas é a de Vila Franca de Xira.

Transcrevemos a publicidade que a Câmara Muncipal têm o descaramento de fazer na sua website:

"A Escola de Toureio “José Falcão” de Vila Franca de Xira foi fundada em 11 de Agosto de 1984, ano do 10º aniversário da morte do matador de toiros vilafranquense, José Falcão.
Em Outubro de 1996, foi constituída uma Sociedade entre a Câmara Municipal de V. F. Xira, o Clube Taurino Vilafranquense e a Junta de Freguesia de V. F.X..
É a única Escola de Toureio Portuguesa que faz parte da Federação Internacional de Escolas Taurinas, desde 2001.
Devido a esse facto, os alunos da Escola têm levado o nome da Cidade às principais praças de toiros de Espanha e França.
A 13 de Junho de 2003, no Salão Nobre da Câmara Municipal, foi assinado um protocolo entre a Companhia das Lezírias, na pessoa do seu Presidente do Conselho de Administração, Dr. Salter Cid, e a Sra. Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, para a cedência das instalações do tentadero e casa do Cabo à Escola de Toureio.
No dia 1 de Maio de 2004, após as obras de recuperação, foram inauguradas as referidas instalações".



CONTACTOS
Cabo da Lezíria
Apartado 10113
2601-909 Vila Franca de Xira
Telefone: 263 200 770 (Alexandra Moura)
E-mail: freguesia@jf-vfxira.pt
Horário de Funcionamento: 2ª a 6ª feira, 10h-12h30



TOURADAS
Nas touradas ditas á portuguesa, os touros sofrem tanto como nas francesas e espanholas, embora os toureiros digam o contrário.
Os cavaleiros que actuam nas touradas á portuguesa, treinam em praças privadas, torturando inúmeros touros. Também obrigam os cavalos a árduos treinos para que os mesmos se tornem dóceis e obedientes.
Nas touradas á portuguesa, o touro é brutalmente expulso do curro para a arena onde tem que enfrentar o cavaleiro que lhe espetará várias bandarilhas.
Devido ao enorme sofrimento, o touro tenta sem sucesso perseguir o cavaleiro , pois é a sua única defesa, mas claro quem acaba por sofrer os seus "ataques" é o cavalo, apesar de o touro ter os cornos embolados.


Quando o touro está exausto, com o tórax perfurado por várias bandarilhas que lhe causam dores atrozes, uma vez que destroem os muscúlos, entram na arena os forcados. Estes homens desafiam o touro e quando o mesmo investe uma vez mais para se defender, atiram-se contra ele numa tentativa de o imobilizar. Um deles agarra o rabo do touro , puxando o mesmo.


Depois da pega, o touro regressa ao curro onde aguardará numa tremenda agonia a abertura do matadouro (as bandarilhas são arrancadas a força do seu corpo deixando enormes buracos e feridas).
É frequente o uso de sal nas feridas após a retirada das bandarilhas, como forma de tratamento! uma vez que muitos destes touros são posteriormente utilizados noutras touradas.




AÇORES
Nas touradas realizadas nos Açores aparece a figura do picador espanhol, tal como nas touradas espanholas. A lei portuguesa nº19/2002 de 31 de Julho, artigo 3º, nº 3 proíbe expressamente a sorte de varas , mas como habitualmente , as autoridades nada fazem.




"FESTAS POPULARES"

Touro á corda
Uma corda é atada aos cornos do touro e este é largado nas ruas. Uma multidão persegue o mesmo, usando todos os meios para o torturar. Como exemplo mais conhecido, o touro á corda de Ponte de Lima (zona norte).
Também os Açores primam pela mesma barbaridade.

Largadas de touros
Várias aldeias ou vilas no Ribatejo têm estas "festas" durante o Verão. Os touros são largados nas ruas para serem perseguidos e martirizados por populares. Não raramente vários acidentes ocorrem e várias pessoas são gravemente feridas ou mortas.

Capeias (região de Guarda)
As capeias são uma barbaridade muito sui generis praticada na região da Guarda.
Vários homens escudados por uma armação pontiaguda feita com toros de madeira, chamada forcão, enfrentam com "bravura" um touro.








Chegas de bois
Estas lutas, são prática comum na região de Trás-os-Montes, e a luta é travada entre dois bois de raça barrosã. A luta termina quando um dos bois vence o outro.




"Festas populares" em pequenas vilas com morte dos touros
Barrancos
Muito conhecida esta vila de 3000 habitantes, que todos os anos em Agosto , nas festas em honra da Santa Padroeira da vila, matam durante três dias 6 touros e uma vaca. A matança é sempre feita por aprendizes de matadores espanhóis. A tourada é feita na praça central da vila, numa arena montada para a ocasião. Os touros são toureados por toureiros/matadores espanhóis que após espetarem várias bandarilhas no touro, tentam matá-lo com a espada (algumas vezes após dez ou onze tentativas).
Estas touradas estavam proibídas desde 1928, no entanto em 11 de Julho de 2002, a Assembleia da República decidiu legalizá-las, após o recado dado pelo Presidente Aficionado da República Portuguesa , aquando da sua visita áquela vila.
Outras aldeias tais como Aldeia da Luz e Monsaraz, também matam o touro. Uma vez mais desrespeitando completamente a lei.

Monsaraz 2010



Elementos da Comissão de Festas escondem-se por debaixo de uma lona preta para matar o touro e assim evitarem ser identificados pela GNR.



Espectadores com crianças de tenra idade tocam o touro morto ilegalmente.

Câmaras Municipais que apoiam e patrocinam touradas em Portugal.
Protestem: Enviem emails/cartas/faxes

ALANDROAL
Câmara Municipal do Alandroal
Praça da República
7250 - 116 Alandroal
Portugal
Fax: 00 351 268440042
Email: cm-alandroal@mail.telepac.pt

ALBUFEIRA
Câmara Municipal de Albufeira
Rua do Município
8200-863 Albufeira
Portugal
Fax: 00-351- 289 599 511
Email: presidencia@cm-albufeira.pt
geral@cm-albufeira.pt

ALCACÉR DO SAL
Câmara Municipal de Alcácer do Sal
Praça Pedro Nunes
7580-125 Alcácer do Sal
Portugal
Fax: 00-351- 265 610 059
Email: chefe.gap@m-alcacerdosal.pt

ALCOCHETE
Câmara Municipal de Alcochete
Paços do Concelho - Largo de S.João
2894 - 001 Alcochete
Portugal
Fax: 00-351 - 212 348 690
Email: geral@cm-alcochete.pt

ALJUSTREL
Câmara Municipal de Aljustrel
Av. 1º de Maio
7600 - 010 Aljustrel
Portugal
Fax: 00 - 351 - 284 601 611
Email: jfaljustrel@mail.telepac.pt

ALMEIRIM
Câmara Municipal de Almeirim
R. 5 de Outubro
2080-052 Almeirim
Portugal
Fax - 00-351 - 243 594 138
Email: assembleia.cma@almeirimdigital.com

ALTER DO CHÃO
Câmara Municipal de Alter do Chão
Largo do Município
7440-026 Alter do Chão
Portugal
Fax: 00 - 351 - 245 612 431
Email: geral@cm-alter-chao.pt

ARRONCHES
Câmara Municipal de Arronches
Praça da República- Apartado 8
7340-012 Arronches
Portugal
Fax: 00 - 351 - 245 580 081
Email:cmarronches@ptnetbiz.pt

ARRUDA DOS VINHOS
Câmara Muncipal de Arruda dos Vinhos
Largo Miguel Bombarda
2630-112 Arruda dos Vinhos
Portugal
Fax: 00-351-263 976 586
Email: presidente@cm-arruda.pt
cm-arruda@cm-arruda.pt

AZAMBUJA
Câmara Muncipal da Azambuja
Praça do Município, nº 19
2050-315 Azambuja
Portugal
Fax: 00-351-263 401 271
Email : gap@cm-azambuja.pt
geral@cm-azambuja.pt

BARRANCOS
Câmara Municipal de Barrancos
Praça do Município, 2
7230 - 030 Barrancos
Portugal
Fax: 00-351-285 950 638
Email:geral@cm-barrancos.pt 

BEJA
Câmara Municipal de Beja
Praça da República
7800-427 Beja
Portugal
Fax: 00 - 351 - 284 322 300
Email:geral@cm-beja.pt

CARTAXO
Câmara Municipal do Cartaxo
Praça 15 de Dezembro
2070-050 Cartaxo
Portugal
Fax: 00-351- 243 700 269
Email:gap@cm-cartaxo.pt

ELVAS
Câmara Municipal de Elvas
Rua Isabel Maria Picão - Apartado 70
7350-953 Elvas
Portugal
Fax: 00-351 - 268 624 334
Email:gabinete.informacao@cm-elvas.pt 

ESTREMOZ
Câmara Municipal de Estremoz
Rossio Marquês de Pombal
7100-513 Estremoz
Portugal
Fax: 00-351- 268 332 663 /268 334 010
Email:cmestremoz@cm-estremoz.pt

ÉVORA
Câmara Muncipal de Évora
Praça do Sertório
7000-509 Évora
Portugal
Fax: 00-351- 266 702 950
Email: cmevora@mail.evora.net

FIGUEIRA DA FOZ
Câmara Municipal da Figueira da Foz
Av.Engº Saraiva de Carvalho
3084-501 Figueira da Foz
Portugal
Fax: 00-351- 233 403 310
Email: municipe@cm-figfoz.pt

IDANHA-A-NOVA
Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
Largo do Município
6060-163 Idanha-a-Nova
Portugal
Fax: 00 -351- 277 202 723/277 200 580
Email:cmidanha@iol.pt

LAGOS
Câmara Municipal de Lagos
Edifício dos Paços do Concelho
Praça Gil Eanes
8600-668 Lagos
Portugal
Fax: 00-351- 282 769 317
Email: cmlagos@mail.telepac.pt
expediente.geral@cm-lagos.pt

LISBOA
Câmara Municipal de Lisboa
Praça do Município,1º
1100-365 Lisboa
Portugal
Fax: 00-351-213 236 259
Email: aml@cm-lisboa.pt
gab.presidencia@cm-lisboa.pt

MOITA
Câmara Municipal da Moita
Praça da República
2864-007 MOITA
Portugal
Fax: 00-351-212894928
Email:cmmoita@cm-moita.pt

MONFORTE
Câmara Municipal de Monforte
Praça da República - Apartado 4
7450-115 Monforte
Portugal
Fax: 00-351- 245 573 423
Email:cmmonforte@mail.telepac.pt

MONTIJO
Câmara Muncipal do Montijo
R. Manuel Neves Nunes de Almeida
2870-352 Montijo
Portugal Fax: 00-351-212327608
Email:geral@mun-montijo.pt

MOURA
Câmara Municipal de Moura
Praça Sacadura Cabral
7860-207 Moura
Porugal
Fax: 00-351-285 251 702
Email:cmmoura@cm-moura.pt

NAZARÉ
Câmara Municipal da Nazaré
Av.Vieira Guimarães, 54
2450-951 Nazaré
Portugal
Fax: 00-351- 262 550 019
Email: presidente@cm-nazare.pt

NISA
Câmara Muncipal de Nisa
Praça do Municipio 6050-999 Nisa
Portugal
Fax: 00-351-245 412 799
Email:geral@cm-nisa.pt

PORTALEGRE
Câmara Muncipal de Portalegre
R.Guilherme Gomes Fernandes, n.72
7300 - 186 Portalegre
Portugal
Fax: 00-351-245 307 470
Email:municipio@cm-portalegre.pt

PÓVOA DO VARZIM
Câmara Municipal da Póvoa do Varzim
Praça do Almada
4490-438 Póvoa do Varzim
Portugal
Fax: 00-351- 252 611 140
Email: pvarzim@cm-pvarzim.pt

REGUENGOS DE MONSARAZ
Câmara Muncipal de Reguengos de Monsaraz
Praça da Liberdade
7200-370 Reguengos de Monsaraz
Portugal
Fax : 00-351- 266 508 059
Email:geral@cm-reguengos-monsaraz.pt

SABUGAL
Câmara Muncipal do Sabugal
Praça da República
6324-007 Sabugal Portugal
Fax: 00-351- 271 753 408
Email:geral@cm-sabugal.pt


SALVATERRA DE MAGOS
Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
Praça da República
2120-072 Salvaterra de Magos
Portugal
Fax. 00-351- 263 500 029
Email: c.m.salvaterramagos@mail.telepac.pt

SANTARÉM
Câmara Municipal de Santarém
Praça do Município
2000-027 Santarém
Portugal
Fax: 00-351- 243 304 299
Email: press@cm-santarem.pt


SETÚBAL
Câmara Municipal de Santarém
Paços do Concelho
2901-866 Setúbal
Portugal
Fax: 00-351- 265 541 546
Email:gapc@mun-setubal.pt

SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
Câmara Muncipal de Sobral de Monte Agraço
Praça Dr. Eugénio Dias, 4
2590-016 Sobral de Monte Agraço
Portugal
Fax: 00-351-261 940 310
Email:geral@cm-sobral-monte-agraco.pt

SOUSEL
Câmara Municipal de Sousel
Praça da República, 1
7470-220 Sousel
Portugal
Fax: 00-351-268 550 115
Email:geral@cm-sousel.pt

VILA FRANCA DE XIRA
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Praça Afonso de Albuquerque,2
2600-093 Vila Franca de Xira
Fax: 00-351- 263 276 002
Email: presidencia@cm-vfxira.pt
gap@cm-vfxira.pt
gabimprensa@cm-vfxira.pt

VILA NOVA DA BARQUINHA
Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
Praça da república
2260-411 Vila Nova da Barquinha
Fax: 00-351- 249 720 368
Portugal
Email: presidente@cm-vnbarquinha.pt

VILA VIÇOSA
Câmara Municipal de Vila Viçosa
Praça da República
7160-207 Vila Viçosa
Portugal
Fax:00-351- 268 980 604
Email:geral@cm-vilavicosa.pt
cultura@cm-vilavicosa.pt

AÇORES

ANGRA DO HEROÍSMO
Câmara Municipal de Angra do heroísmo
Praça Velha
9701 - 857 Angra do Heroísmo
Açores
Portugal
Fax: 00-351- 295 212 107
Email:angra@cm-ah.pt

GRACIOSA
Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa
9880-352 Santa Cruz da Graciosa
Açores
Portugal
Fax. 00-351- 295 732 300
Email: presidente@cm-graciosa.pt
geral@cm-graciosa.pt

S.JORGE
Câmara Municipal da Calheta
Rua 25 de Abril
9850-032 Calheta (S.Jorge)
Açores
Portugal
Fax: 00 - 351- 295 416 437
Email:cmcalheta@hotmail.com