A LUTA
Uma tourada é dita como uma "luta de vida ou de morte", entre o homem e a besta. No entanto, a realidade é bem diferente – na verdade, o touro não tem a mínima hipótese. Antes de entrar na arena é às vezes "desfavorecido" – apesar de ser oficialmente ilegal – sendo os seus chifres limados para que falhe qualquer tentativa de marrar o matador. Normalmente, um cirurgião veterinário, que está presente antes, e durante a tourada, tem de declarar que cada touro cumpre as exigências necessárias, em relação a saúde, idade e peso. No entanto, alguns destes veterinários podem fazer parte do estabelecimento tauromáquico e portanto dirigirem eles mesmo algumas manipulações.A maior parte das touradas tradicionais passam por severas fases distintas.
O Animal sai após estar encerrado numa jaula horas, sem comer, sem luz, de modo a que veja o sol e seja por ele ofuscado, um animal perdido no meio de estranhos ruídos. Aí aparecem os toureiros. A sua tarefa é "aquecer" o touro, fazendo-o correr à volta da arena, permitindo ao atento matador ter uma ideia das características do touro.
Nesta altura entra, e dá alguns passos com uma capa vermelha.
A seguir o picador, a cavalo, entra na arena. Tem a tarefa de ferir os músculos do dorso do touro com uma afiada lança de uns longos 14 cm. Mais de três ou quatro golpes serão desferidos. Isto deixa o animal com dores horríveis. O sangue jorra em grandes quantidades e a sua mobilidade é reduzida.
Na segunda fase da luta, os bandarilheiros entram na arena. Empunham as suas bandarilhas e tentam lançar seis delas nas feridas criadas pelo picador. Com cada movimento do touro, as bandarilhas também se movem, dilacerando a carne e os nervos. A terrível e tortuosa dor induzida pelas bandarilhas e a destruição dos músculos do pescoço dificultam ao touro a subida da cabeça acima de um certo nível.
Com a criatura neste estado, o matador entra na arena numa celebração de bravura e machismo.
Não chega a haver qualquer luta, já que neste momento o touro está exausto, confuso e a morrer lentamente por perda de sangue. O matador dá alguns passos com a sua capa vermelha (vermelha para esconder o sangue, não para provocar o touro, que é daltônico) e é suposto mostrar as suas capacidades, introduzindo uma longa espada no coração do touro.
No entanto, são poucos os matadores que têm a habilidade para matar o touro tão rapidamente.
Normalmente, a espada será repetidamente impelida no corpo do touro, com dores insuportáveis, enquanto cai, lutando até à exaustão pela sua sobrevivência. A maioria dos touros morrem sufocados no seu próprio sangue porque o matador perfura os pulmões em vez do coração. Se o animal ainda se encontra vivo, um punhal fará um golpe no seu pescoço para desunir o seu nervo espinal, paralisando o touro antes de o matar. Se o trabalho tiver "bem sucedido", poderão ser cortadas as orelhas e/ou a cauda do touro e atirá-la à audiência como recordação.
Texto ©WSPA
1. Lutar pelo fim das Touradas em Portugal e em todos os Países onde este bárbaro "espectáculos" se realize.
2. Promover e apoiar medidas na defesa dos direitos dos Animais.
3. Criar condições para a realização de campanhas Anti-Touradas a nível Nacional e Internacional.
4. Evitar que sejam gastos dinheiros públicos na realização de Touradas.
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