Tourada polémica em Lousada depois de Vizela
Lousada: Grupo de jovens opõe-se a realização de tourada
Assim vai o "mundo dos toiros"!
Revolta popular em Lousada após anulação de uma tourada
Tourada cancelada em Lousada
Revolta popular em Lousada após anulação de tourada
Centenas protestam contra cancelamento de tourada e exigem dinheiro dos bilhetes
ESCANDALO EM LOUSADA
TAURONOVELA:
Dona Branca da Tauromaquia!
Revolta em Lousada criada pelo cancelamento da Tourada
Corrida de touros de Lousada vai acabar em tribunal
A corrida de touros que se devia ter realizado no sábado, em Lousada, vai acabar em tribunal, com o empresário ligado à organização e o representante de um dos toureiros a anunciarem processos entre si.
O empresário taurino João Oliveira disse, esta segunda-feira, à Lusa que vai interpor uma queixa-crime contra Ricardo Levesinho, o representante do cavaleiro Pedro Salvador, por alegado "roubo" de 1.000 euros. Ricardo Levesinho, também em declarações à Lusa, acusou João Oliveira de "ofender o bom nome das pessoas", garantindo que "esse senhor vai ter de responder no sítio próprio".
A corrida de touros estava marcada para sábado, em Lousada, organizada pela Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, apresentando-se o empresário taurino João Oliveira como intermediário.
Além de Pedro Salvador, estavam previstas as atuações dos cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço e dos grupos de forcados da Moita e de Arronches.
O espetáculo acabou por não se realizar, apesar de algumas centenas de pessoas terem comprado os seus bilhetes.
Quando a decisão de cancelamento da corrida foi anunciada aos populares, estes protestaram e tentaram entrar na praça que tinha sido montada num terreno próximo da escola secundária da vila. Na altura, foi necessária a intervenção de militares da GNR.
João Oliveira disse hoje à Lusa que a responsabilidade pelo cancelamento da corrida tem de ser imputada a Ricardo Levesinho.
O empresário ligado à organização garantiu que, a meio da tarde de sábado, quando a venda de bilhetes estava suspensa por ordem da direção da corrida, numa reunião realizada com todos, foi acordado pagar, com o dinheiro das bilheteiras, parte do cachê aos representantes de cada um dos três toureiros que estavam no cartaz, na condição desses atuarem. O restante cachê seria pago durante a corrida.
"Todos estiveram de acordo e reabriram as bilheterias", contou, garantindo haver 10 testemunhas, incluindo o diretor da prova.
Contudo, acrescenta João Oliveira, o representante de Pedro Salvador, ao qual tinha sido entregue uma verba de 1.000 euros, "acabou por não cumprir e mandou carregar os cavalos".
Esse comportamento, observou, "acabou por influenciar" os cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço a não atuarem, apesar daqueles terem recebido 1.000 e 600 euros, respetivamente.
Por isso, disse, houve necessidade de anunciar o cancelamento da corrida e proceder, com o que restava das verbas da bilheteira, a mais alguns pagamentos a outros intervenientes, incluindo o grupo de Forcados da Moita.
"Eu não trouxe um cêntimo das bilheteiras", garantiu.
João Oliveira disse também ter sentido a sua vida e a do seu filho, de 12 anos, em risco naquela tarde, quando os espetadores tentaram invadir a praça.
Ricardo Levesinho esclareceu hoje que a decisão de não atuar foi tomada em conjunto com os dois colegas.
"Entenderam os toureiros que não estavam reunidas as condições mínimas", afirmou, acrescentando: "Os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados".
O apoderado (representante) de Pedro Salvador disse que João Oliveira não pagou o total do cachê antes da realização da corrida, contrariando o que contratualizara com os cavaleiros.
Disse também que, após o recebimento do adiantamento, o valor sobrante nas bilheteiras não era suficiente para garantir a realização do espetáculo.
"Foi um processo de muita mentira e falsidade, que levou ao descredito dos organizadores", disse.
No sábado à noite, José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade coorganizadora do evento, disse à Lusa que as causas para o cancelamento deveriam ser perguntadas ao empresário João Oliveira.
"Foi ele que fez os contratos com os toureiros e que pediu todas as licenças. Não sabemos os que se passou em concreto", afirmou, lamentando o sucedido.
Detentores de bilhetes para tourada apresentam queixa na GNR
Quarenta pessoas que compraram bilhetes para a tourada que não se chegou a realizar em Lousada, no sábado, já apresentaram queixa no posto da GNR contra a organização do evento, disse hoje fonte policial.
Segundo a fonte, é provável que, nos próximos dias, haja mais pessoas a apresentar queixa.
Desde segunda-feira que dezenas de detentores de bilhetes para o espetáculo têm passado pela GNR, procurando saber qual o procedimento para apresentarem uma queixa formal.
Algumas dessas pessoas, segundo a autoridade policial, acabam por não formalizar a queixa, mas outras têm dado indicação para se avançar com pedido de procedimento criminal, juntando à sua identificação o bilhete que alegam terem adquirido.
Até ao final desta semana, a GNR de Lousada espera ter concluído o processo, encaminhando-o, de seguida para o Ministério Público.
A corrida de touros estava marcada para sábado à tarde, organizada pela Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, apresentando-se o empresário taurino João Oliveira como intermediário.
O evento acabou por não se realizar por falta de acordo relativamente a pagamentos dos cachês entre o empresário ligado à organização e os toureiros.
Quando a decisão de cancelamento da corrida foi anunciada aos populares, estes protestaram e tentaram entrar na praça que tinha sido montada num terreno próximo da escola secundária da vila. Na altura, foi necessária a intervenção de militares da GNR.
José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade organizadora do evento, disse à Agência Lusa que as causas para o cancelamento deveriam ser perguntadas ao empresário João Oliveira.
“Foi ele que fez os contratos com os toureiros e que pediu todas as licenças. Não sabemos o que se passou em concreto”, afirmou, lamentando o sucedido.
O caso vai acabar em tribunal, com o empresário ligado à organização e o representante de um dos toureiros a anunciarem processos entre si.
Pedro Pinto (na foto), um dos intervenientes na "história de Lousada" (o escândalo da corrida que não se realizou no sábado), onde estava na qualidade de apoderado da cavaleira praticante Verónica Cabaço, confirmou ontem no programa "3 Tércios" da Rádio Portalegre que o pagamento, por parte do organizador João Oliveira, de mil euros a cada cavaleiro profissional (Alberto Conde e Pedro Salvador) e de seiscentos euros à sua toureira, pressupunha, na verdade, "que a corrida fosse para a frente".
"Foi isso, de facto, o que apoderados e toureiros acordaram com o organizador da corrida. Recebíamos aquele dinheiro e dava-se a corrida. No final, acertavam-se as contas" - explicou o jornalista.
Miguel Alvarenga, que interviu ontem no programa precisamente para fazer um comentário a esta ocorrência, declarou que "aliás, outra coisa não seria de esperar, pois não estou a ver o organizador da corrida pagar aos apoderados uma parte dos cachet's se estive ciente de que a corrida não se realizaria, perdendo assim o dinheiro... e os toureiros!".
Alvarenga estranhou que "toureiros e apoderados e, ainda por cima sendo alguns os mesmos, se tivessem predisposto a tourear numa corrida organizada por um senhor que, por muito boas intenções que tivesse desta vez, já estivera envolvido, há três anos (2009) num caso de contornos pouco claros quando organizou uma corrida em Vizela".
Por outro lado, disse o director do "Farpas", e "por muito baralhadas que estejam, e estão, as versões sobre o assunto, não me parece credível que Ricardo Levesinho tenha sido aqui o 'mau da fita', recebendo mil euros do seu cavaleiro e pondo-se a andar, inviabilizando a corrida. Tenho Levesinho por um empresário sério e acima de qualquer suspeita. Digo mesmo que será, nos conturbados momentos que vivemos, um dos empresários mais sérios deste país".
Pedro Pinto explicou que "o problema" foi, "depois de recebermos o dinheiro, termos constatado que no final da corrida, o que houvesse não chegaria sequer para pagar ao ganadeiro os toiros e, assim sendo, mais valia não correr esse risco. Recebemos o que o organizador nos pagou e ficámos 'reféns', isto é, se a corrida fosse para a frente, íamos criar um prejuízo enorme ao ganadeiro e então, decidimos não o fazer".
"Mais valia, então, devolverem o dinheiro ao senhor. Não toureavam, mas também não eram acusados depois de terem recebido 'algum' e se terem ido embora...", disse Alvarenga.
"Mas havia despesas feitas por todos. O dinheiro foi dividido por todos, não ficámos com ele para nós. Dividimos o dinheiro pelo transportador dos toiros, pelos homens das camionetas de cavalos, etc. Todos tínhamos feito despesas para ir até Lousada, próximo do Porto", explicou Pedro Pinto.
Questionado por Hugo Teixeira se considerava que "este era o caso da semana", Miguel Alvarenga replicou:
"Infelizmente foi um dos casos da semana, mas pela negativa. [...]".
(farpasblog)
"Mano a Mano em tribunal" Quem vai sair em ombros? |
"Caso Lousada": Oliveira processa Levesinho e Levesinho processa Oliveira...
A corrida de toiros que se devia ter realizado no sábado, em Lousada, vai acabar em tribunal, com o empresário ligado à organização e o representante de um dos toureiros a anunciarem processos entre si.
O empresário João Oliveira disse hoje à Lusa que vai interpor uma queixa-crime contra Ricardo Levesinho, o representante do cavaleiro Pedro Salvador, por alegado "roubo" de 1.000 euros. Ricardo Levesinho, também em declarações à Lusa, acusou João Oliveira de "ofender o bom nome das pessoas", garantindo que "esse senhor vai ter de responder no sítio próprio".
A corrida de toiros estava marcada para sábado, em Lousada, organizada pela Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, apresentando-se João Oliveira como intermediário.
Além de Pedro Salvador, estavam previstas as actuações dos cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço e dos grupos de forcados da Moita e de Arronches.
O espectáculo acabou por não se realizar, apesar de algumas centenas de pessoas terem comprado os seus bilhetes.
Quando a decisão de cancelamento da corrida foi anunciada aos populares, estes protestaram e tentaram entrar na praça que tinha sido montada num terreno próximo da escola secundária da vila. Na altura, foi necessária a intervenção de militares da GNR.
João Oliveira disse hoje à Lusa que a responsabilidade pelo cancelamento da corrida tem de ser imputada a Ricardo Levesinho.
O empresário ligado à organização garantiu que, a meio da tarde de sábado, quando a venda de bilhetes estava suspensa por ordem da direcção da corrida, numa reunião realizada com todos, foi acordado pagar, com o dinheiro das bilheteiras, parte do cachet aos representantes de cada um dos três toureiros que estavam no cartaz, na condição desses actuarem. O restante cachet seria pago durante a corrida.
"Todos estiveram de acordo e reabriram as bilheteiras", contou, garantindo haver 10 testemunhas, incluindo o director da corrida.
Contudo, acrescenta João Oliveira, o representante de Pedro Salvador, ao qual tinha sido entregue uma verba de 1.000 euros, "acabou por não cumprir e mandou carregar os cavalos".
Esse comportamento, observou, "acabou por influenciar" os cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço a não actuarem, apesar daqueles terem recebido 1.000 e 600 euros, respectivamente.
Por isso, disse, houve necessidade de anunciar o cancelamento da corrida e proceder, com o que restava das verbas da bilheteira, a mais alguns pagamentos a outros intervenientes, incluindo o grupo de Forcados da Moita.
"Eu não trouxe um cêntimo das bilheteiras", garantiu.
João Oliveira disse também ter sentido a sua vida e a do seu filho, de 12 anos, em risco naquela tarde, quando os espectadores tentaram invadir a praça.
Ricardo Levesinho esclareceu hoje que a decisão de não actuar foi tomada em conjunto com os dois colegas.
"Entenderam os toureiros que não estavam reunidas as condições mínimas", afirmou, acrescentando:
"Os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados".
O apoderado (representante) de Pedro Salvador disse que João Oliveira não pagou o total do cachet antes da realização da corrida, contrariando o que contratualizara com os cavaleiros.
Disse também que, após o recebimento do adiantamento, o valor sobrante nas bilheteiras não era suficiente para garantir a realização do espectáculo.
"Foi um processo de muita mentira e falsidade, que levou ao descrédito dos organizadores", disse.
No sábado à noite, José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade co-organizadora do evento, disse à Lusa que as causas para o cancelamento deveriam ser perguntadas ao empresário João Oliveira.
"Foi ele que fez os contratos com os toureiros e que pediu todas as licenças. Não sabemos os que se passou em concreto", afirmou, lamentando o sucedido.
Corrida de touros de Lousada vai acabar em tribunal
A corrida de touros que se devia ter realizado no sábado, em Lousada, vai acabar em tribunal, com o empresário ligado à organização e o representante de um dos toureiros a anunciarem processos entre si.
O empresário taurino João Oliveira disse, esta segunda-feira, à Lusa que vai interpor uma queixa-crime contra Ricardo Levesinho, o representante do cavaleiro Pedro Salvador, por alegado "roubo" de 1.000 euros. Ricardo Levesinho, também em declarações à Lusa, acusou João Oliveira de "ofender o bom nome das pessoas", garantindo que "esse senhor vai ter de responder no sítio próprio".
A corrida de touros estava marcada para sábado, em Lousada, organizada pela Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, apresentando-se o empresário taurino João Oliveira como intermediário.
Além de Pedro Salvador, estavam previstas as atuações dos cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço e dos grupos de forcados da Moita e de Arronches.
O espetáculo acabou por não se realizar, apesar de algumas centenas de pessoas terem comprado os seus bilhetes.
Quando a decisão de cancelamento da corrida foi anunciada aos populares, estes protestaram e tentaram entrar na praça que tinha sido montada num terreno próximo da escola secundária da vila. Na altura, foi necessária a intervenção de militares da GNR.
João Oliveira disse hoje à Lusa que a responsabilidade pelo cancelamento da corrida tem de ser imputada a Ricardo Levesinho.
O empresário ligado à organização garantiu que, a meio da tarde de sábado, quando a venda de bilhetes estava suspensa por ordem da direção da corrida, numa reunião realizada com todos, foi acordado pagar, com o dinheiro das bilheteiras, parte do cachê aos representantes de cada um dos três toureiros que estavam no cartaz, na condição desses atuarem. O restante cachê seria pago durante a corrida.
"Todos estiveram de acordo e reabriram as bilheterias", contou, garantindo haver 10 testemunhas, incluindo o diretor da prova.
Contudo, acrescenta João Oliveira, o representante de Pedro Salvador, ao qual tinha sido entregue uma verba de 1.000 euros, "acabou por não cumprir e mandou carregar os cavalos".
Esse comportamento, observou, "acabou por influenciar" os cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço a não atuarem, apesar daqueles terem recebido 1.000 e 600 euros, respetivamente.
Por isso, disse, houve necessidade de anunciar o cancelamento da corrida e proceder, com o que restava das verbas da bilheteira, a mais alguns pagamentos a outros intervenientes, incluindo o grupo de Forcados da Moita.
"Eu não trouxe um cêntimo das bilheteiras", garantiu.
João Oliveira disse também ter sentido a sua vida e a do seu filho, de 12 anos, em risco naquela tarde, quando os espetadores tentaram invadir a praça.
Ricardo Levesinho esclareceu hoje que a decisão de não atuar foi tomada em conjunto com os dois colegas.
"Entenderam os toureiros que não estavam reunidas as condições mínimas", afirmou, acrescentando: "Os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados".
O apoderado (representante) de Pedro Salvador disse que João Oliveira não pagou o total do cachê antes da realização da corrida, contrariando o que contratualizara com os cavaleiros.
Disse também que, após o recebimento do adiantamento, o valor sobrante nas bilheteiras não era suficiente para garantir a realização do espetáculo.
"Foi um processo de muita mentira e falsidade, que levou ao descredito dos organizadores", disse.
No sábado à noite, José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade coorganizadora do evento, disse à Lusa que as causas para o cancelamento deveriam ser perguntadas ao empresário João Oliveira.
"Foi ele que fez os contratos com os toureiros e que pediu todas as licenças. Não sabemos os que se passou em concreto", afirmou, lamentando o sucedido.
JN
Depois de ontem ter dado uma entrevista exclusiva ao "Farpas", João Oliveira (na foto), organizador da polémica tourada que acabou por não se realizar, sábado passado, em Lousada (Porto), emitiu um comunicado onde praticamente reafirma e confirma tudo aquilo que ontem nos disse. Esperando pelas "cenas dos próximos capítulos", ele aqui vai na íntegra:
Venho por este meio repor a verdade dos factos passados no sábado na corrida de toiros de Lousada.
Desminto por completo todas as notícias vinculadas na Lusa, "Jornal de Notícias", "Diário de Notícias" e demais sítios de informação.
Está neste momento a ser preparada uma queixa-crime por roubo e falta de cumprimento de acordo por parte do apoderado cavaleiro Pedro Salvador, o Exmº. Sr. Ricardo Levesinho, empresário também das praças de toiros de Vila Franca e Salvaterra de Magos.
Este apoderado, em reunião tida com a organização da corrida de toiros de Lousada, comprimeteu-se em que se se pagasse 1.000 euros à cabeça a todos os cavaleiros do cartel (ou seja, pelo menos as despesas), a corrida se iria realizar.
Este acordo foi realizado por todos os cavaleiros à frente da organização da corrida, dos forcados, do director de corrida, montador da praça, emboladores e agentes da autoridade, havendo mais de 10 testemunhas desta situação.
Nesse momento, a venda de bilhetes estava suspensa por ordem da organização da corrida, até que se chegasse a um acordo.
A partir daquele momento, em que todos os cavaleiros aceitaram a situação, a organização dirigiu-se à bilheteira e pagou o estipulado no acordo: 1.000 euros ao cavaleiro Pedro Salvador, 1.000 euros ao cavaleiro Alberto Conde e 600 euros à cavaleira Verónica Cabaço (praticante), ficando acordado que a corrida iria para a frente e que se pagaria o restante durante a corrida.
Voltou-se então a colocar os bilhetes à venda, mas quando é o nosso espanto, que se verificou por todos, que, ao receber a quantia estipulada, o apoderado do cavaleiro Pedro Salvador mandou recolher os cavalos e o cavaleiro, dizendo que "já tinha o pagamento das despesas e que era para ir embora, pois não ia haver corrida".
Toda a gente que tinha estado nessa reunião ficou perplexa, pois não tinha sido isso o acordado, revoltando-se todos contra esse apoderado. Os espectadores, que se aperceberam que os cavalos estariam a ser colocados novamente dentro dos camiões, começaram, como é normal, a revoltar-se, imputando as culpas à organização, que estaria a vender bilhetes para roubar os espectadores, o que não corresponde à verdade, pois foi esse apoderado que, agindo de má fé, originou todo aquele problema e saíu de cabeça erguida, tendo ficado toda a responsabilidade na organização, que tudo fez para realizar a corrida, como os restantes cavaleiros, forcados, montador da praça e homem dos toiros e restante pessoal incluído na corrida.
Ou seja e para concluir: os cavaleiros receberam o acordado e em vez de tourear, levaram o dinheiro que pertencia aos espectadores e que, como se não deu a corrida, seria para devolver. E não tourearam.
A não se dar a corrida e não havendo dinheiro para pagar aos artistas, estes poderiam efectivamente colocar em tribunal a organização da corrida por faltar ao acordo estipulado.
Esta é a realidade dos factos que se passaram daquela porta para dentro e muito mais haveria para contar, pois reuniões para se resilver a situação foram pelo menos cinco.
Sem mais, por momento,
João Oliveira
in farpasblog
"Caso Lousada": Ricardo Levesinho enumera factos e acusa Oliveira
O blog "diário taurino" de Hugo Teixeira acaba de dar à estampa a versão de Ricardo Levesinho (na foto), apoderado do cavaleiro Pedro Salvador e representante da ganadaria Palha (cujos toiros não acabaram por ser embarcados "por falta de pagamento") na corrida que ontem não se realizou em Lousada (Porto). Já esta manhã (ler notícia anterior), Levesinho dera ao "Farpas" a sua versão dos factos. Aqui, conta tudo ao pormenor.
A versão do apoderado Ricardo Levesinho enviada ao Diário Taurino:
Enumero passos:
1. Janeiro de 2012. Contratação do Pedro Salvador por determinado valor a pagar na hora do sorteio e contratação de uma novilhada Palha (por mim gerida a pedido do Exmo. Sr. João Folque - proprietário da Ganadaria) por determinado valor a pagar no embarque.
Quem sempre concordou com o valor a a forma de pagamento foi o Senhor João Oliveira, que sempre disse e repetiu inúmeras vezes ao longo deste meses que era a palavra dele que estava em cima da mesa e que a situação de Vizela tinha sido algo por ele impossível de resolver mas que de forma a mostrar a sua seriedade os intervenientes recebiam conforme estipulado para não existir duvidas.
Solicitou igualmente o NIB para transferência para transferência bancaria de forma atempada do valor dos novilhos. Não le enviei no momento e o mesmo contactou me dois dias depois para repetr o pedido do NIB que lhe foi enviado de imediato.
2. Percurso de Janeiro a 22 de Julho. Informação do Senhor João Carlos Oliveira variadas vezes repetidas. Repetia e reafirmava a sua seriedade e que a corrida ia ser um sucesso de praça esgotada.
3. Dia 23 de Julho. A solicitar dados para deslocação dos animais e confirmar data e hora do embarque foi dito ao Sr. João Oliveira que como ate a data não tinha existido transferência era necessário que a mesma fosse efetuada ate a data ou que o próprio ou alguém pelo mesmo estivesse no embarque para por um lado aferir as boas condições dos animais e que procedesse ao pagamento dos mesmos.
O Sr. Oliveira ai colocou em causa o valor combinado e surgiu o seu ligeiro esquecimento sobre a forma de pagamento. O mesmo só se relembrou quando lhe foram dadas informações sobre momentos do negócio. Solicitou me tempo para falar com os membros da Associação de Produtores de Melão e Hortícolas que substituíam a parceria original que supostamente seria a Comissão de festas de Lousada.
No mesmo dia transmitiu me que a denominada Associação não entendia coerente que se pagasse os toiros na véspera e os restantes intervenientes ao sorteio. E que eu compreende--se.
De imediato transmiti-lhe a minha não concordância mas que a minha posição lhe era transmitida ate as 13 horas do dia seguinte de forma a ocultar opiniões devidas.
4. Foi transmitido ao Senhor Oliveira a não possível deslocação dos animais sem o negócio ser efetuado conforme o combinado. E todos os transtornos e custos inerentes que isso implicava na forma como estava a gerir o negócio. O mesmo sempre se desculpou com um tal de Jose Magalhães, Presidente da dita Associação.
Exigi saber o nome da ganadaria substituta de forma a transmitir ao cavaleiro que represento.
5. Dia 26 de Julho. O Sr. Oliveira transmitiu me como representante do cavaleiro Pedro Salvador que a ganadaria a lidar seria Francisco Luis Caldeira-
6. Dia 28 de Julho.
12:00 Sorteio realizado.
12:30 Solicita o Sr. Oliveira que o acompanhemos de forma a procedermos ao recebimento dos valores negociados e contratualizados.
13:00 Solicita o Sr. Oliveira que por atraso do representante da dita Associação aguardássemos até as 14 horas pois o dito senhor estava a almoçar e que regressássemos as 14:00. Foi transmitido ao Sr. Oliveira pelos 3 representantes dos toureiros que a situação estava a ser colocada de uma forma bem diferente da previamente combinada mas que e de forma a não sermos depois considerados impossibilitadores de algo aguardávamos ate essa hora.
14:00 O Sr. Oliveira por telefone diz para esperarmos que a situação estava a ser resolvida. Que o pagamento seria por cheque da dita Associação. Continuamos aguardando a chegada do Sr. Oliveira.
15:00 O Sr. Oliveira continuava a nos solicitar mas 10 minutos.
15:30 O Sr. Oliveira regressa a zona da Praça de Toiros e diz que esta ao telefone com a dita Associação e a resolver a questão.
Conseguimos o contacto do Sr. Jose Magalhães, que na presença de todos os intervenientes que fomos testemunha, transmitiu que não estava a Associação por ele presidida a tratar rigorosamente de nada e que a responsabilidade material era de inteira responsabilidade do Sr. Oliveira.
O Sr. Oliveira foi de imediato por todos nó colocado ao corrente do nosso conhecimento da suposta mentira sob a forma como estava a ser gerida a questão e ai o Sr. Oliveira começou a responsabilizar a dita Associação que culpava de estarem a fugir a responsabilidade.
16:00 Foram de imediato reunidos todos os intervenientes e analisado todo o processo.
Foi tentado chegar a uma solução de consenso que mais não seria do que apos uma avaliação dos valores contratualizados com todos os intervenientes se efetuasse um total do valor dos créditos e os mesmos fossem rateados conforme o valor realizado pela bilheteira no fim do espetáculo.
Neste momento não existiu consenso porque nas expectativas no momento existentes, o valor realizado na bilheteira era inferior a 3.000€ e entendia-se que pela forma como estava a decorrer as vendas a venda expectável teria possibilidade de fazer auferir entre 22% a 30% dos valores previamente combinado porque o Sr. Oliveira não possuía nenhuma verba suplementar e que ate tinha efetuado segundo palavras do proprietário da praça e ditas perante a autoridade lhe efetuado uma transferência bancaria inexistente já que os documentos comprovativos da mesma eram papeis forjados e totalmente falsos.
O consenso foi difícil de conseguir porque além das expectativas completamente defraudadas existiu um processo de muita mentira e falsidade o que levou ao descredito do processo e dos organizadores por parte dos intervenientes.
Foi pelo Sr. Oliveira solicitado varias vezes que a corrida seguisse em frente e efetuadas promessas de forma a cativar os toureiros a manterem-se na praça. Nesse passo foi dado aos toureiros profissionais um valor de 1.000€ e um valor de 600€ a cavaleira praticante. Estes recebimentos estão devidamente assinados e confirmado o seu recebimento.
Considerando que vários dos intervenientes não estavam de acordo com o rateio colocado como possível, foi pelos toureiros e de forma a defender interesses globais, decidido não tourearem. Sabendo que existem opiniões que se tem manifestado posteriormente diferentes porque o grau de responsabilidade e prejuízo a eles provocado e totalmente diferente. Mas e importante entender a Ganadaria que iria auferir por 6 toiros um valor ligeiramente superior ao valor de 1 (um) toiro!
Entenderam os toureiros não estarem reunidos as condições mínimas. E respeitando o público que foi lesado pela falta de devolução do valor dos bilhetes os toureiros pessoalmente deram a cara e transmitiram a todos os presentes através de sistema de som as suas razões e que foram aceites pela grande maioria dos lesados.
Acresce dizer que os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados. O valor do Pedro Salvador foi repartido com a empresa de transportes dos toiros.
As decisões foram tomadas de forma muito difícil e que ainda neste momento e normal existir um balanço e uma avaliação a efetuar dos acontecimentos e decisões. E sempre complexo estar envolvido numa situação tão difícil onde se existe caos, desordem e prejuízos significativos.
Entendo ate que o nosso erro foi ao não proceder a anulação da corrida demonstrando não vontade de ir para a frente com a mesma logo apos a hora do sorteio, hora onde estava estabelecido o pagamento contratualizado. Tentamos no entanto dar todas as condições e tempo para que a situação fosse resolvida demonstrando a nossa boa-fé.
E uma situação para a Tauromaquia completamente errada mas que ao darmos possibilidade que a mesma tivesse continuação continuávamos a contribuir para a degradação interna deixando continuar a existir comportamentos completamente errados e desencorajadores para o futuro. E penso não ser esse o caminho.
Uma palavra de pedido de compreensão e desculpas para o publico lesado manifestando o nosso completo apoio ao mesmo, já o demonstrado pessoalmente pelos artistas e mostrando nos completamente disponíveis conforme referido a autoridade presente para testemunharmos em sede própria.
Ricardo Levesinho
in diariotaurino
Lamentavelmente para a Tauromaquia e sobretudo para a Tauromaquia nortenha, que está a ter enorme animação nesta temporada, o incidente de ontem em Lousada (Porto) vem hoje contado ao pormenor em quase toda a imprensa nacional. Já a seguir, não perca aqui no "Farpas" a versão de alguns intervenientes. Nas redes sociais, circula mesmo um "cartaz" com a fotografia do organizador da corrida (que não se realizou), João Oliveira (foto ao lado), dizendo que se procura. Há versões contraditórias para explicar o anulamento da tourada (que já vamos aqui contar). Na foto de cima, do "JN" de hoje, a GNR quando chegava ao local, onde acalmou o público em revolta pela não realização do espectáculo. Para já, fique com as notícias dadas hoje à estampa pela agência Lusa e pelo "Jornal de Notícias" - nada abonatórias, diga-se de passagem, para a imagem da Tauromaquia:
A notícia da agência Lusa
Centenas de pessoas que compraram bilhetes para uma corrida de toiros em Lousada (norte) manifestaram-se este sábado contra o cancelamento do espectáculo e exigiram serem ressarcidas do valor dos ingressos.
Os protestos dos populares, que tentaram entrar numa praça de touros amovível montada em Lousada, obrigaram à intervenção de forças da GNR, segundo disse à Lusa um espetador.
O cancelamento da corrida foi anunciado pelo empresário responsável pelo espectáculo, João Oliveira, que informou, pela instalação sonora da praça, não existirem condições para a realização.
Um dos espectadores presentes, o autarca da freguesia de Nogueira, Lousada, António Ferreira, disse ter sido "uma vergonha o que se passou hoje (...) foi muito mau para a imagem de Lousada".
Alguns minutos depois, Pedro Salvador, um dos cavaleiros cuja actuação tinha sido anunciada, também usou a instalação sonora para informar os espectadores que não havia condições para a realização do evento, porque os cavaleiros não teriam sido pagos.
Além de Pedro Salvador, estavam previstas as atuações dos cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço e dos grupos de forcados da Moita e Arronches.
Apesar do descontentamento, os espectadores acabaram por abandonar as imediações da praça de toiros.
José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade coorganizadora do evento, confirmou à Lusa o cancelamento da corrida de toiros e os incidentes provocados pelos espetadores.
De referir que vários coletivos e activistas anti-touradas e de defesa dos direitos dos animais responderam ao apelo dum grupo de habitantes de Lousada e fizeram, no domingo anterior à realização desta tourada, uma concentração e marcha de protesto contra o espectáculo anunciado para o passado dia 28 de Julho que acabaria por não se realizar.
Na origem deste incidente esteve um empresário, da Póvoa de Varzim, que já antes tinha sido notícia do "JN", em 2009, por ter promovido um espectáculo tauromáquico, em Vizela, como angariação de fundos para uma criança com paralisia cerebral sem nunca ter entregado qualquer verba à família. Pelo contrário, esta adiantou-lhe ainda 2000 euros.
A notícia do “Jornal de Notícias”
Gritos de revolta, arremessos de pedras, empurrões, pessoas a forçar a entrada da praça de toiros com a GNR a tentar manter a ordem pública e centenas de pessoas a reclamar o dinheiro dos bilhetes.
Era esse o cenário que estava, ao final da tarde deste sábado, instalado em Lousada, onde a anulação de uma tourada provocou a ira do povo que pagou entre 15 a 25 euros os bilhetes do espectáculo. Pelos relatos feitos ao "JN", na origem da anulação estará a falta de pagamento.
"Paguei seis bilhetes a 25 euros e agora não há tourada. Os homens dos toiros não foram pagos pelo empresário que organizou isto e decidiram não actuar. Ficámos à porta e como o empresário já tem fama de ter burlado uma família de Vizela, organizando uma tourada cujos lucros deveriam ter revertido a favor de uma criança doente, mas que ficaram no bolso dele, o povo desconfiou e revoltou-se", explicou ao "JN", um dos revoltados.
A tourada, que foi organizada à margem das Festas de Lousada por um empresário, já tinha causado polémica há dias, com uma centena de pessoas a participar numa marcha de protesto contra este tipo de evento.
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"Apesar de João Oliveira já ter estado envolvido, há três anos, num escândalo que deu muito que falar (a organização de uma corrida de toiros em Vizela a favor de uma criança com paralisia cerebral, sendo depois acusado de 'burlar' a família e não lhe ter entregue a receita do espectáculo), nós todos demos-lhe o benefício da dúvida e 'embarcámos' nesta corrida de Lousada" - começa por explicar-nos Ricardo Levesinho (na foto de cima, este ano no festival de Dona Maria, com Mestre David R. Telles e Inácio Ramos Jr., outro dos envolvidos na bronca de ontem em Lousada (Porto), onde se não realizou a corrida que estava agendada.
As versões diferem e nas redes sociais circula mesmo o cartaz que reproduzimos à direita, com a fotografia de João Oliveira, o organizador da corrida, que em entrevista exclusiva ao "Farpas", que publicaremos hoje, acusa Levesinho de "o ter roubado" e anuncia que vai avançar amanhã com uma queixa-crime "por roubo" contra o conhecido empresário, que ontem em Lousada representava, como apoderado, o cavaleiro Pedro Salvador. Uma entrevista bombástica para ler hoje aqui no "Farpas".
Nas declarações que esta manhã prestou ao "Farpas", Ricardo Levesinho recorda que "as negociações com o senhor João Oliveira começaram há cerca de quatro meses", ao longo dos quais "ele foi sucessivamente adiando os seus compromissos".
Levesinho foi também o intermediário entre Oliveira e a ganadaria Palha, propriedade de João Folque de Mendoça, cujos toiros (novilhos) estavam anunciados para a corrida de ontem em Lousada.
"Os toiros seriam embarcados durante o dia de sexta-feira e por várias vezes avisei João Oliveira que, por norma da ganadaria, eles não sairiam da Herdade da Adema sem serem pagos. Prometeu sucessivas transferências bancárias... que nunca fez. Na sexta, soubemos que tinha comprado toiros de Francisco Luis Caldeira, ao senhor de Santo Estevão que é proprietário da camada deste ano do ganadeiro de Campo Maior...", conta Ricardo Levesinho.
O acordo de João Oliveira com os toureiros - Alberto Conde, Pedro Salvador e a praticante Verónica Cabaço - era, segundo Levesinho, "pagar os cachet's combinados à hora do sorteio", ou seja, ao meio-dia. Ficara acertado, segundo também o apoderado de Pedro Salvador, um cachet de 2.500 euros para o seu toureiro, um valor igual para o cabeça de cartaz Alberto Conde (representado pelo apoderado Inácio Ramos Júnior) e um cachet inferior para a toureira praticante (cujo apoderado é o jornalista Pedro Pinto).
"A partir da hora do sorteio, João Oliveira foi-nos apresentando várias desculpas, dizia que quem vinha trazer os cheques eram os homens da Associação do Melão, que davam a cara como organizadores da corrida e que por volta das duas da tarde receberíamos. Fomos todos (apoderados, bendarilheiros, etc.) almoçar e mantivemo-nos unidos. Às duas regressámos à praça e nada de cheques..." - conta Levesinho.
Entretanto, prossegue o conhecido empresário e apoderado, "conseguimos obter o telemóvel do presidente da Associação do Melão e ficámos perplexos quando ele nos disse, e depois apareceu na praça e confirmou pessoalmente, que não tinha nada a ver com a corrida, que só dera o nome à organização, mas que materialmente não tinha quaisquer responsabilidade, que não ia passar cheques nenhuns".
No meio da confusão, o director de corrida Nuno Nery pretendia abrir as portas da praça para o público ir entrando e foi disso impedido pelo proprietário da desmontável, o também cavaleiro tauromáquico Agostinho Silva "porque ainda não recebera o dinheiro todo do aluguer da mesma". Este, exaltado, chegou a "ameaçar Nuno Nery" dizendo que a praça "era sua" e que "quem mandava era ele".
Agostinho Silva já recebera 3.250 euros. João Oliveira pagou-lhe "mais mil", com a garantia de que "abriria as portas e a corrida se dava". Perto da hora do início do espectáculo, segundo nos disse João Oliveira (entrevista exclusiva para ler aqui ainda hoje), os apoderados "aceitaram receber parte do dinheiro, assegurando a realização do espectáculo, aceitando também que receberiam o resto no final".
Levesinho e Inácio Ramos Jr. receberam (e assinaram um papel confirmando que tinham recebido) "mil euros cada", por conta dos cavaleiros que ambos apoderam, respectivamente, Pedro Salvador e Alberto Conde. E Pedro Pinto, apoderado da praticante Verónica Cabaço, "recebeu 600 euros".
E é aqui que as versões diferem. Ricardo Levesinho diz-nos que recebeu os mil euros "por conta das despesas" e que com esse dinheiro "pagou ao proprietário da camioneta de cavalos (alugada) que transportara as montadas de Salvador" e "dividiu o mal pelas aldeias, dando algum dinheiro ao proprietário dos toiros, que ia ser aquele que mais prejudicado ficaria, pois acabaria por receber também apenas mil euros pelo curro de toiros...".
"Se a corrida fosse para a frente, estávamos todos a dar uma corda ao proprietário dos toiros para se enforcar, pois não iria receber. Foi por isso que todos decidimos não ir para a frente com a corrida e viemos embora" - esclarece Levesinho.
Pedro Pinto, por seu turno, disse ao "Farpas" que "João Oliveira não tem a culpa toda":
"Não podem atirar as culpas todas ao homem e andar a circular na internet esse cartaz a dizer que é procurado, porque o homem não fugiu. Esteve sempre dentro da praça e deu a cara. Há que questionar também que responsabilidades tinha a tal Associação do Melão. Dão o nome, dão o número de contribuinte, assumem-se como organizadores da corrida e depois descartam-se e dizem que não têm nada a ver com aquilo?...".
O apoderado de Verónica Cabaço confirma ao "Farpas" que quando recebeu "os 600 euros" e quando os outros dois apoderados receberam "mil euros cada", foi "com o compromisso de que iríamos com a corrida para a frente e era essa a nossa disposição". E diz:
"Eu e o Inácio ficámos 'pendurados' depois de o Ricardo Levesinho se ter ido embora e ter mandado embarcar os cavalos do Pedro Salvador, decidindo que não toureava...".
Pedro Pinto lamenta o incidente e reconhece que o mesmo "em nada beneficiou a imagem da Festa Brava. Numa altura destas, com tantas forças contrárias, não devíamos dar estes tristes exemplos...".
Ricardo Levesinho, nas declarações prestadas esta manhã ao "Farpas", contradiz a versão de Pedro Pinto e assume que "a decisão de não realizar a corrida foi todos e não só minha".
Nuno Nery elaborou um relatório sobre o incidente, que amanhã de manhã entregará na Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). João Oliveira avança com uma queixa-crime "por roubo" contra Levesinho. E no meio desta trapalhada, espera-se, ansiosamente, pelas tomadas de posição, face ao sucedido, da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), da Associação Nacional de Toureiros (ANDT) e da Federação Prótoiro - que não podem, nem devem, existir "só por existir". Exige-se que tomem posição quando sucedem coisas destas - ou não?...
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"Olha quem ele é!" - foi assim que o empresário António Nunes (foto de cima) reagiu ao ler no "Farpas Blogue", há momentos, a entrevista de João Oliveira, o organizador da corrida que ontem não se realizou em Lousada (Porto).
"Perdi o rasto a esse senhor, mas desde 2009 que me deve o dinheiro dos toiros da ganadaria de Jorge Mendes e o cachet do Filipe Gonçalves, da célebre corrida que deu em Vizela em 2009 (cartaz ao lado) a favor do menino Tó-Zé. Ainda decorre em tribunal um processo por burla", garante Nunes.
Nessa corrida de 5 de Julho de 2009 em Vizela, António Nunes representava a ganadaria de Jorge Mendes (que substitui a anunciada de Pontes Dias) e também o cavaleiro Filipe Gonçalves, de que ao tempo era apoderado.
"Estupidamente, deixei embarcar os toiros sem receber primeiro. A corrida deu-se e o homem desapareceu, sem pagar aos toureiros, sem pagar os toiros", lembra António Nunes.
E acrescenta:
"Até hoje, o senhor Oliveira nunca mais me contactou, nem nunca mais me pagou. Estranhei que ontem em Lousada o cavaleiro Pedro Salvador estivesse anunciado, pois foi também um dos que ficou a arder em Vizela. E estranhei que também fosse o Alberto Conde, cujo apoderado, Inácio Ramos Júnior, era também nessa corrida de Vizela apoderado do cavaleira Isabel Ramos, que igualmente não recebeu...".
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Miguel Alvarenga - O que ontem aconteceu em Lousada, independentemente de as culpas serem acartadas a este ou aquele, confirma, infelizmente, a perturbante desorganização e a não menos inquietante desunião dos homens dos toiros. Num momento conturbado, em que a nível político e não só, aumentam assustadoramente os ataques à Tauromaquia, impunha-se e exigia-se uma postura diferente por parte de quem pulula neste meio. Mas continua sempre tudo ao contrário...
Primeiro: segundo constava, mas nunca se percebe bem, dado o secretismo em que decorre sempre o que se decide e não se decide em sede da chamada Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), haveria um acordo entre empresários, toureiros e ganadeiros para que não se deixassem contratar por "estranhos", isto é, por pessoas não associadas, não empresárias "à séria".
Segundo: por muito que alegue que foi "traído", que as culpas não são todas dele, a verdade é que o senhor João Oliveira, organizador da tourada de ontem em Lousada, é o mesmo João Oliveira de um escândalo em Vizela há três anos, em que, ainda há pouco o lembrou António Nunes, deu uma corrida e não pagou aos intervenientes. Assim sendo, há que culpabilizar também pelo sucedido de ontem, os toureiros e os apoderados, o ganadeiro e os forcados que acederam a voltar a deixar-se contratar pelo mesmo senhor. Se já sabiam do que "a casa gasta", esperavam o quê? Ou andam todos a dormir ou então continuam a "ir a todas", na mira de arrecadarem mais uns euritos, mesmo que para isso tenham que correr riscos...
Terceiro: é confrangedor o silêncio das associações tauromáquicas que pretendem sempre ter um protagonismo em tudo e depois se calam quando acontecem coisas destas. O que é que a Associação de Empresários, a de Forcados, a de Toureiros, a de Ganadeiros e a Federação Prótoiro têm a dizer sobre o caso de Lousada? Nada?
Por menos que isto de Lousada ontem, há não muitos anos, os homens dos toiros crucificaram na praça pública e obrigaram a que se afastasse de vez do meio um antigo e valoroso forcado, Paulo Graça (na foto) de seu nome (lembram-se?), que durante sete anos foi empresário de praças importantes, entre as quais as de Salvaterra, da Chamusca e da Barquinha, sempre honrando os seus compromissos, contratando as Figuras e dignificando a Festa, só porque um dia, no Pinhal Novo, foi organizador de uma corrida que não correu bem e ficou a dever algum dinheiro a um ganadeiro e a toureiros...
Hoje, muitos, e até alguns "consagrados", fazem exactamente o mesmo que Paulo Graça fez (ou foi obrigado a fazer) no Pinhal Novo... e ninguém os belisca.
O nosso meio taurino é fantástico, não é?...
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Bronca esta tarde em Lousada (Porto), para onde se anunciava (há vários meses) uma tourada integrada nas festas em honra do Senhor dos Aflitos - mas aflitos ficaram os muitos espectadores que tinham adquirido o seu bilhete e não reaveram o dinheiro, apesar de a corrida de toiros não se ter realizado. Mau para a Festa, sobretudo num momento em que a arte tauromáquica se começa a expandir, com êxito notável, a Norte. Protestada há vários dias por associações anti-taurinas (foto), a tourada de Lousada acabou mesmo por não se efectuar, mas não por acção destes grupos... o que é ainda mais laentável.
João Paulo Oliveira era, alegadamente, o organizador do festejo. E aqui importa questionar a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), sempre tão "atenta" a coisas de menor importância e que, depois, permite que se registem casos lamentáveis como o de hoje em Lousada. Pode "qualquer um", sem estar habilitado para tal, ser organizador de uma corrida de toiros? E os toureiros, forcados, ganadeiros e demais intervenientes, não se acautelam, deixam-se contratar "por quem quer que seja", sujeitando-se depois a casos como este? Haja ordem, senhores!
João Oliveira estivera já ligado, há poucos anos, trazido para a Festa pela mão de um jovem e conhecido empresário e apoderado, à organização de outros festejos que também "deram raia". O dito organizador do festejo de Lousada acusou os toureiros "de terem recebido o dinheiro e se terem recusado a actuar". Um dos cavaleiros anunciados, Pedro Salvador, explicou já na rua ao público que não fora isso que se passara, que os intervenientes se recusaram a tourear por "incumprimento" do organizador, que se comprometera a pagar os honorários "antes da corrida" e o não fez. Recebeu uma ovação do público.
Pedro Pinto, apoderado da cavaleira praticante Verónica Cabaço, disse ao "Farpas" que "a corrida não se deu por incumprimento do organizador, que ficou de pagar os cachet's à hora do sorteio, depois era uma hora depois, depois era mais tarde e chegou-se à hora da corrida e nada". Pinto confirmou, contudo, ao "Farpas", que a sua cavaleira "recebeu cerca de trezentos euros", o que "não dá nem para as despesas".
Estavam anunciados toiros da centenária ganadaria Palha, mas os toiros que estavam na praça eram de Francisco Luis Caldeira, o que muitos atribuem, também, "à falta de cumprimento" do organizador para com a ganadaria da Herdade da Adema, que "não terá deixado embarcar os toiros".
Agostinho Silva, cavaleiro tauromáquico e proprietário da praça portátil que estava montada em Lousada, também não terá recebido o estipulado com o organizador, tendo mesmo "recusado a fornecer a rampa dos curros" enquanto o dinheiro não aparecesse.
À hora do espectáculo e com as portas da praça fechada, o público revoltou-se e os ânimos só acalmaram graças ao Corpo de Intervenção da GNR. O organizador da corrida, alguns familiares, entre os quais um filho menor e outros membros alegadamente ligados à promoção da tourada, estiveram cerca de dias horas "fechados no interior da desmontável", só saindo graças à protecção das forças policiais.
Enfim, uma cena nada edificante, que até já teve "honras televisivas" e que em nada, mesmo nada, prestigia a Festa de Toiros. Altamente lamentável.
Certamente que agora surgirão comunicados, versões distintas e se levará "roupa suja". Mas o mal está feito. E em Lousada, esta tarde, a Tauromaquia não saíu minimamente dignificada.
Em 2009
Tourada solidária culmina em queixas-crime
Tourada solidária com criança acaba em Tribunal
Vizela: pai do pequeno Tozé acusa João Oliveira de "burla"
Câmara Municipal da Marinha Grande não autoriza tourada na Praia da Vieira de Leiria Organizada pelo empresário tauromáquico João Oliveira
De forma generosa JOÃO oLIVEIRA veio oferecer-se para apresentar graciosamente uma corrida de touros em Vizela com as receitas a reverter a favor desta criança.
... espectáculo tauromáquico vizelense, organizado pelo empresário João Oliveira, com as receitas a reverterem para "Tozé", menino vítima de paralisia cerebral.
Nega a tourada vale queixa em tribunal
A câmara de Braga não autorizou a realização de uma tourada organizada pelo empresário João Oliveira
João Oliveira nega envolvimento
E tinha este movimento?!?!????
PELA LIBERDADE DA TRADIÇÃO EM PORTUGAL
PELA DEMOCRACIA, LIBERDADE DE ESCOLHA,TRADIÇÃO E CULTURA ,DESTA TÃO NOBRE NAÇÃO QUE É PORTUGAL.
Meu nome é João Oliveira, nascido na linda cidade de Braga, e morador á 40 anos na não menos bonita cidade da Póvoa de Varzim ,cidade esta aliás uma das preferidas pelo nosso primeiro ministro Ex.Sr. Pedro Passos Coelho. Neste movimento, quero transmitir aquilo que nós maioria dos portugueses sentimos neste momento. Aquando das ultimas eleições legislativas , votei com consciência,com esperança,numa mudança de rumo,face a enorme crise mundial instalada neste inicio de século,mas votei também num governo que penso ,e tenho a certeza, que nos dá garantias de viver num pais onde a democracia,a liberdade de escolha, as tradições e culturas bem portuguesas, continuaram a ser democraticamente defendidas, respeitando opiniões divergentes mas que como num pais avançado, poderemos viver lado a lado, daqueles que tem uma visão diferente das nossas,mas teremos obrigação de respeitar,vivendo numa democracia. Não quero pensar , que um governo escolhido pelo povo, seja influenciado, por uma parcela habitacional,que tem uma visão diferente sobre o que é neste caso concreto a tauromaquia .Não preciso aqui de lembrar,aos nosso governantes tudo o que a tauromaquia traz de beneficio ao nosso pais,desde as centenas senão milhares de postos de trabalho,que estariam em causa, a fauna e flora,o desaparecimento mais que óbvio de uma raça animal, neste caso o touro bravo,os milhares de euros pagos de imposto por todos os intérpretes da festa brava em Portugal,as ajudas ás Santas Casas de Mesericordia, que muito á custa da tauromaquia vai continuando a poder ajudar muita gente carenciada, e muita delas se calhar pede para acabar com esta mesma tradição e cultura,e o mais importante uma arte devidamente institucionalizada,sem um unico apoio financeiro do governo ou seja,continua a ser um beneficio para os cofres do estado que neste momento tanto precisam , para combater a crise,não preciso de dizer aos nosso governantes, que a tauromaquia, a seguir ao futebol,é o espetáculo que mais gente leva ao recinto.Basta ir ás sondagens do INE.Mas mesmo assim, continua haver uma parcela de habitantes deste pais, que defendendo as suas ideologias,fundamentalistas e radicalistas,tentando com a suas boas vontades ,sobre os direitos dos animais,de quem eu sou um defensor,( dos animais )não não é contracenso,mas sim,a maneira correta de colocar a situação,respeitar os animais,sim, mas de forma coerente, compreendendo para que foram criados,uns para pertencerem a nossa cadeia alimentar,outros para serem nossos animais de estimação,outros para trabalhar na agricultura e felizmente para Portugal ,que temos duas espécies,que ao longos dos anos foram criados e aperfeiçoados, para a arte de tourear,que são o nosso cavalo de raça Lusitana, que muitos troféus alem fronteiras tem trazido para Portugal, e que pelos especialistas não há,nas variadissimas raças de cavalos, outros, com as mesmas caracteristicas, para a lide do touro bravo,a segunda espécie a que eu me referi em cima ,animal este unicamente criado e aperfeiçoado, ao longo dos séculos,pelos seus donos ,chamados de ganadeiros, que com muita paixão ,muito trabalho,muito empenho,dedicação,e muito investimento,conseguiram criar um animal de qualidade unica, bravo ,nobre e que não vira a cara a luta. Um animal que durante quatro anos vive no sua leziria,esperando o dia para numa praça de touros, mostrar a sua bravura,a sua nobreza como animal de combate que é .O ganadeiro esse, após esses quatro anos de espera e de muito investimento feito,espera ver o seu touro a dignificar o seu nome , para lhe poder atribuir o prémio,de não ser morto ,e lhe devolver a boa vida no campo. Isto é a tauromaquia em Portugal,que muitos desconhecem , mas que criticam sem ter o minimo conhecimento de causa,isto é aquilo que eu defendo,eu e muitos milhares de portugueses que querem acreditar que temos um governo que não é influenciado por minorias radicalistas e fundamentalistas, acreditar num governo de todos e para todos.
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