Vivemos à beira da bancarrota se é que já não estamos lá, mas no entanto para certas autarquias das duas uma ou têm um saco azul sem fundo ou um pote cheio de ouro no fim do arco-íris.
Discute-se no Sabugal, a criação de uma rede de municípios com
tradições tauromáquicas. Ora isto não é de borla, alguém vai pagar esta
rede, sim porque por exemplo, o município de Vila Franca de Xira faz
parte da rede internacional de municípios com tradições tauromáquicas e
para isso paga quotas mensais, já para não falarmos das recepções,
almoçaradas, jantaradas e etc. Ora de onde é que vem o dinheiro? Dos
municípes, pois claro.
Estamos fartos de obscenidades, estamos fartos de ver os dinheiros
públicos serem desbaratados em supostas tradições que só envergonham
este país. Isto mais não é que pão e touros. Querem enfardar as pessoas
com touros, porque pão elas não têm.
Se alguém se der ao trabalho de ler as actas das reuniões municipais
destas cidades, aperceber-se-á das carências económicas das mesmas, mas
para estas aberrações dinheiro não falta.
Regiões e cidades, declaram a tauromaquia como património cultural e
imaterial do excremento e o povo das mesmas paga. Sim, porque na
realidade essas declarações, não o são sem mais, têm contrapartidas. E
essas passam por esbanjar o dinheiro dos municípes.
O governo obriga os portugueses a apertar o cinto, esmifra-os do
pouco que recebem através de impostos e esta ralé gasta o dinheiro dos
orçamentos municipais nestes debates da treta e nestas declarações
mafiosas.
Isto não é Portugal, é Poortugal, onde o Zé Povinho sofre e desespera
por uma vida melhor e onde o poder instalado, desde o central até ao
local goza e se enpaturra a gastar o dinheiro que não lhes pertence.
Chega de imoralidade, chega de gozar com quem trabalha para poder pagar as contas no fim do mês.
Senhor Primeiro Ministro, Senhor Secretário de Estado da Cultura para
quando acabar com estas indecências e demitir toda esta gente que não
tem competência para desempenhar o cargo que ocupa?
Prótouro
Pelos touros em liberdade
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